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Israel intensifica bombardeios em Gaza e prepara ofensiva terrestre

Repro­dução: © REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

Hamas mantém mais de 150 reféns


Pub­li­ca­do em 10/10/2023 — 22:57 Por Agên­cia Brasil* — Brasília

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Israel inten­si­fi­cou nes­ta terça-feira (10) os ataques aére­os à Faixa de Gaza. O min­istro da Defe­sa israe­lense infor­mou que prepara uma ofen­si­va total, inclu­sive ter­restre, à região. 

“Começamos a ofen­si­va pelo ar, depois ire­mos tam­bém pelo solo. Esta­mos con­trolan­do a área des­de o Dia 2 e esta­mos na ofen­si­va. Isso só vai se inten­si­ficar”, disse Yoav Gal­lant.

O Hamas rev­i­da os ataques com dis­paro de foguetes e ameaça exe­cu­tar mais de 150 reféns se Israel con­tin­uar a bom­bardear casas de civis palesti­nos.

Os mem­bros do gabi­nete políti­co do Hamas, Jawad Abu Sham­mala, e Zakaria Abu Maa­mar, foram mor­tos em um ataque aéreo em Khan You­nis, de acor­do com uma autori­dade do Hamas, con­forme reportagem da Agên­cia Reuters. Foram os primeiros líderes do Hamas mor­tos des­de que Israel começou a atacar o grupo.

Síria e Líbano

Forças israe­lens­es ati­raram morteiros con­tra a Síria nes­ta terça-feira. Infor­mações, de acor­do com a Agên­cia Reuters, é que uma facção palesti­na havia dis­para­do três foguetes con­tra Israel.

Os israe­lens­es tam­bém respon­der­am com mís­seis aos dis­paros de foguetes vin­dos do Líbano. Segun­do a força de segu­rança israe­lense, 15 foguetes saíram do sul do Líbano, sendo que qua­tro foram inter­cep­ta­dos e dez caíram em áreas aber­tas, de acor­do com reportagem da TV Brasil.

Os episó­dios ele­vam a pre­ocu­pação para uma escal­a­da da vio­lên­cia com a entra­da de gru­pos extrem­is­tas no con­fron­to, como o Hezbol­lah, do Líbano.

Mortos

Esti­ma-se que mais de 1,8 mil pes­soas mor­reram des­de o iní­cio do con­fli­to entre Israel e Hamas, sendo mil em Israel e 830 na Faixa de Gaza. A maio­r­ia das mortes é de civis.

Ao menos 200 mil palesti­nos deixaram suas casas e comu­nidades ten­tan­do escapar das con­se­quên­cias da con­traofen­si­va de Israel con­tra o grupo Hamas na Faixa de Gaza, no Ori­ente Médio.  Segun­do o Escritório das Nações Unidas para a Coor­de­nação de Assun­tos Human­itários (Ocha), o número de palesti­nos deslo­ca­dos já rep­re­sen­ta quase 10% dos cer­ca de 2,2 mil­hões de pes­soas que vivem em Gaza – um estre­ito pedaço de ter­ra de cer­ca de 41 quilômet­ros de com­pri­men­to por 10 quilômet­ros de largu­ra, ban­ha­da pelo Mar Mediter­râ­neo e con­tro­la­da pelo Hamas.

Comunidade internacional

O pres­i­dente dos Esta­dos Unidos, Joe Biden, disse nes­ta terça-feira que o país vai garan­tir que Israel pos­sa se defend­er dos ataques. De acor­do com ele, pelos menos 14 norte-amer­i­canos estão entre os mor­tos no con­fli­to, e out­ros são man­ti­dos pri­sioneiros pelo Hamas.  “Esse é um ato de pura mal­dade”, disse Biden.

A Sué­cia infor­mou que irá sus­pender a aju­da aos ter­ritórios da Palesti­na.  Os Emi­ra­dos Árabes Unidos anun­cia­ram o envio ime­di­a­to de US$ 20 mil­hões para os palesti­nos.  Já o gov­er­no alemão diz que pôr fim ao apoio ao povo palesti­no seria um erro.

O Min­istério da Saúde da Faixa de Gaza aler­tou que a fal­ta de supri­men­tos médi­cos vai levar os hos­pi­tais locais à uma “situ­ação cat­a­stró­fi­ca”. A Orga­ni­za­ção das Nações Unidas (ONU) pediu aju­da human­itária urgente à região e apelou à lib­er­tação ime­di­a­ta de todos os reféns.

A Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde solici­ta a cri­ação de um corre­dor human­itário para levar bens à pop­u­lação que vive na Faixa de Gaza. O gov­er­no de Israel recu­sou um pedi­do para levar ali­men­tos e supri­men­tos médi­cos para a Faixa de Gaza, disse Hus­sein Al-Sheikh, secretário-ger­al do Comitê Exec­u­ti­vo da Orga­ni­za­ção para a Lib­er­tação da Palesti­na (OLP), nes­ta terça-feira (10).

Brasil

Em entre­vista ao pro­gra­ma A Voz do Brasil, da EBC, o min­istro das Relações Exte­ri­ores, Mau­ro Vieira, que está em viagem ofi­cial ao Cam­bo­ja, reafir­mou a posição diplomáti­ca do gov­er­no brasileiro sobre o con­fli­to no Ori­ente Médio.

“A posição do Brasil é de que os atos vio­len­tos devem ser inter­rompi­dos, deve haver uma ces­sação de hos­til­i­dades. E, evi­den­te­mente, que nós con­de­n­amos a vio­lên­cia e o der­ra­ma­men­to de sangue”, desta­cou o chancel­er, ao comen­tar que vem man­ten­do con­ver­sas com o pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va sobre a escal­a­da de vio­lên­cia na Faixa de Gaza, e tam­bém sobre a oper­ação de repa­tri­ação de cidadãos brasileiros.

Este mês de out­ubro, o Brasil ocu­pa a presidên­cia do Con­sel­ho de Segu­rança da Orga­ni­za­ção das Nações Unidas (ONU). Uma reunião de emergên­cia foi real­iza­da no fim de sem­ana, con­vo­ca­da pela presidên­cia tem­porária brasileira, mas não hou­ve con­sen­so.

Ain­da no fim de sem­ana, em nota, o Palá­cio do Ita­ma­raty defend­eu o com­pro­mis­so com a solução de dois Esta­dos, com Palesti­na e Israel con­viven­do em paz e segu­rança, den­tro de fron­teiras mutu­a­mente acor­dadas e inter­na­cional­mente recon­heci­das.

* Com infor­mações da TV Brasil, Agên­cia Reuters e do repórter Pedro Rafael Vilela, da Agên­cia Brasil 

Edição: Car­oli­na Pimentel

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