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Itamaraty: Lula apoia denúncia da África do Sul contra Israel

Repro­dução: Agên­cia Brasil / EBC

 

País africano acusa israelenses de genocídio contra palestinos


Pub­li­ca­do em 10/01/2024 — 22:35 Por Pedro Rafael Vilela — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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O pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va man­i­festou o apoio do Brasil à denún­cia apre­sen­ta­da pela África do Sul con­tra Israel em 29 de dezem­bro de 2023, na Corte Inter­na­cional de Justiça (CIJ). O país africano acusa Israel de praticar um genocí­dio con­tra o povo palesti­no na Faixa de Gaza.

A infor­mação do apoio foi anun­ci­a­da pelo Palá­cio do Ita­ma­raty, em nota à impren­sa, horas após o pres­i­dente rece­ber o embaix­ador da Palesti­na no Brasil, Ibrahim Alzeben, para dis­cu­tir a situ­ação dos palesti­nos na Faixa de Gaza e na Cisjordâ­nia.

Após mais de três meses do con­fli­to entre Israel e Palesti­na, defla­gra­do em 7 de out­ubro do ano pas­sa­do, com ataques do grupo Hamas con­tra civis israe­lens­es e estrangeiros, a reação israe­lense deixou um ras­tro de mais de 22 mil mor­tos em Gaza, a maio­r­ia mul­heres e cri­anças.

“O pres­i­dente Lula recor­dou a con­de­nação ime­di­a­ta pelo Brasil dos ataques ter­ror­is­tas do Hamas em 7 de out­ubro de 2023. Reit­er­ou, con­tu­do, que tais atos não jus­ti­fi­cam o uso indis­crim­i­na­do, recor­rente e despro­por­cional de força por Israel con­tra civis. Já são mais de 23 mil mor­tos, dos quais 70% são mul­heres e cri­anças, e há 7 mil pes­soas desa­pare­ci­das. Mais de 80% da pop­u­lação foi obje­to de trans­fer­ên­cia força­da e os sis­temas de saúde, de fornec­i­men­to de água, ener­gia e ali­men­tos estão colap­sa­dos, o que car­ac­ter­i­za punição cole­ti­va”, diz a nota do Ita­ma­raty.

“À luz das fla­grantes vio­lações ao dire­ito inter­na­cional human­itário, o pres­i­dente man­i­festou seu apoio à ini­cia­ti­va da África do Sul de acionar a Corte Inter­na­cional de Justiça para que deter­mine que Israel cesse ime­di­ata­mente todos os atos e medi­das que pos­sam con­sti­tuir genocí­dio ou crimes rela­ciona­dos nos ter­mos da Con­venção para a Pre­venção e Repressão do Crime de Genocí­dio”, con­tin­ua o tex­to.

Ain­da de acor­do com o Palá­cio do Ita­ma­raty, Lula ressaltou, durante a reunião com o embaix­ador palesti­no, os esforços que fez pes­soal­mente com out­ros chefes de Esta­do e de gov­er­no pelo ces­sar fogo, pela lib­er­tação dos reféns em poder do Hamas e pela cri­ação de corre­dores human­itários para a pro­teção dos civis. Desta­cou a atu­ação do Brasil no exer­cí­cio no Con­sel­ho de Segu­rança por uma saí­da diplomáti­ca para o con­fli­to.

“O gov­er­no brasileiro reit­era a defe­sa da solução de dois Esta­dos, com um Esta­do Palesti­no eco­nomi­ca­mente viáv­el con­viven­do lado a lado com Israel, em paz e segu­rança, den­tro de fron­teiras mutu­a­mente acor­dadas e inter­na­cional­mente recon­heci­das, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordâ­nia, ten­do Jerusalém Ori­en­tal como sua cap­i­tal”, con­clui a nota.

Edição: Marce­lo Brandão

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