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Janeiro de 2025 foi o mês mais quente do planeta

Pesquisa é do Serviço Copernicus para Mudanças Climáticas da UE

Fabío­la Sin­im­bú — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 06/02/2025 — 07:02
Brasília
Rio de Janeiro (RJ), 24/08/2023 - Rio de Janeiro (RJ), 24/08/2023 - Termômetro, no centro da cidade, chega a marcar 40 graus em meio a forte onda de calor. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil
Repro­dução: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em janeiro de 2025, a tem­per­atu­ra do plan­e­ta reg­istrou 1,75 grau Cel­sius (°C) aci­ma do nív­el pré-indus­tri­al. Foi a maior já ano­ta­da pela série históri­ca do Serviço Coper­ni­cus para Mudanças Climáti­cas da União Europeia, fican­do 0,79°C aci­ma da média de 1991–2020 para o mês, com tem­per­atu­ra do ar na super­fí­cie de 13,23ºC.

“Janeiro de 2025 é out­ro mês sur­preen­dente, con­tin­uan­do as tem­per­at­uras recordes obser­vadas nos últi­mos dois anos, ape­sar do desen­volvi­men­to das condições de La Niña no Pací­fi­co trop­i­cal e seu efeito de res­fri­a­men­to tem­porário nas tem­per­at­uras globais”, diz Saman­tha Burgess, líder estratég­i­ca para o cli­ma do Cen­tro Europeu de Pre­visões Mete­o­rológ­i­cas de Médio Pra­zo (ECMWF, na sigla em inglês).

O reg­istro leva o plan­e­ta ao 18º mês — dos últi­mos 19 meses — em que a tem­per­atu­ra média glob­al do ar super­fi­cial foi supe­ri­or a 1,5°C aci­ma do nív­el pré-indus­tri­al. De fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, o plan­e­ta ficou 1,61°C aci­ma da média esti­ma­da de 1850–1900 usa­da para definir o nív­el pré-indus­tri­al.

De acor­do com o relatório da insti­tu­ição divul­ga­do nes­ta quin­ta-feira (6), as tem­per­at­uras aci­ma da média foram obser­vadas prin­ci­pal­mente no sud­este da Europa, nordeste e noroeste do Canadá, Alas­ca e Sibéria, sul da Améri­ca do Sul, África e grande parte da Aus­trália e Antár­ti­ca.

Rio de Janeiro(RJ), 31/12/2024 - Praia cheia com palcos montados na areia da Praia de Copacabana no último dia do ano. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Repro­dução: Calor exces­si­vo lota pra­ias do Rio de Janeiro e de out­ras cap­i­tais — Tânia Rêgo/Agência Brasil

Já no norte da Europa, Esta­dos Unidos e nas regiões mais ori­en­tais da Rús­sia, Penín­su­la Arábi­ca e sud­este Asiáti­co, as tem­per­at­uras foram abaixo da média.

A tem­per­atu­ra média da super­fí­cie do mar para janeiro foi de 20,78ºC, con­sideran­do as zonas tem­per­adas e intertrop­i­cal, a cer­ca de 10 met­ros de pro­fun­di­dade. De acor­do com o Coper­ni­cus, esse é o segun­do val­or mais alto ano­ta­do para o mês: 0,19°C abaixo de janeiro de 2024.

Chuvas

O relatório infor­mou ain­da que janeiro tam­bém foi pre­dom­i­nan­te­mente mais úmi­do do que a média, com fortes pre­cip­i­tações que levaram a inun­dações em algu­mas regiões.

A média de chu­vas foi maior na Europa Oci­den­tal, em partes da Itália, Escan­d­inávia e país­es bálti­cos; no Alas­ca, Canadá, cen­tro e leste da Rús­sia, leste da Aus­trália, sud­este da África e sul do Brasil.

Medições

O Coper­ni­cus é um pro­gra­ma de obser­vação da Ter­ra que uti­liza medições de satélites, navios, aeron­aves e estações mete­o­rológ­i­cas em todo o mun­do para pro­duzir anális­es de dados da atmos­fera, mar­in­ho, Ter­ra, alter­ações climáti­cas, segu­rança e emergên­cia.

O pro­gra­ma é coor­de­na­do e geri­do pela Comis­são Europeia e imple­men­ta­do em parce­ria com esta­dos-mem­bros, Agên­cia Espa­cial Europeia (ESA), Orga­ni­za­ção Europeia para a Explo­ração de Satélites Mete­o­rológi­cos e Cen­tro Europeu de Pre­visões Mete­o­rológ­i­cas em Médio Pra­zo, entre out­ros.

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