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Judoca Luiz Onmura, medalhista olímpico em 1984, morre aos 64 anos

Paulistano quebrou jejum de 12 anos ao faturar bronze em Los Angeles

Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 02/11/2024 — 15:05
Rio de Janeiro
Luiz Onmura - medalhista olímpico do judô em nos Jogos de Los Angeles 1984
© Repro­dução Instagram/Luiz Onmu­ra

Refer­ên­cia no judô brasileiro, Luiz Onmu­ra mor­reu neste sába­do (2) aos 64 anos, em San­tos (SP), onde mora­va. Ele luta­va con­tra um câncer (car­ci­no­ma espinocelu­lar na lín­gua), diag­nos­ti­ca­do em 2022. Con­heci­do pelo apeli­do de Samu­rais, em razão de sua força físi­ca e téc­ni­ca apu­ra­da, Onmu­ra foi o primeiro judo­ca nasci­do no país a subir ao pódio olímpi­co nos Jogos de Los Ange­les de 1984, na cat­e­go­ria até 71 qui­los, que­bran­do jejum de 12 anos.

“Luiz Onmu­ra rep­re­sen­tou com orgul­ho as cores do Brasil e os val­ores do judô e do olimp­is­mo, demon­stran­do humil­dade e lutan­do brava­mente pela vida. Toda a comu­nidade esporti­va lamen­ta esta per­da e pres­ta sol­i­dariedade à família e aos ami­gos”, disse Paulo Wan­der­ley Teix­eira, pres­i­dente do Comitê Olímpi­co do Brasil (COB), em nota de pesar da enti­dade.

Luiz Onmura, judô, bronze, Olimpíada de Los Angeles 1984
Repro­dução: Luiz Onmu­ra foi o primeiro brasileiro nasci­do no país a con­quis­tar uma medal­ha olímpi­ca no judô, nos Jogos de Los Ange­les (1984) — Repro­dução Instagram/Luiz Onmu­ra

Paulis­tano, Onmu­ra dis­putou os Jogos de Moscou (1980) aos 20 anos, na cat­e­go­ria até 65 kg (meio-leve), mas foi qua­tro anos depois, já na cat­e­go­ria até 71 kg (leve) que ele entrou para a história do esporte nacional, ao con­quis­tar o bronze nos Jogos de Los Ange­les, encer­ran­do um hia­to de 12 anos, des­de a primeira medal­ha do país (tam­bém bronze), con­quis­ta­da por Chi­a­ki Ishii, nos Jogos de Munique (1972). A últi­ma par­tic­i­pação olímpi­ca foi nos Jogos de Seul (1988). Após o bronze de Onmu­ra, o judô brasileiro empla­cou 40 anos de pódios con­sec­u­tivos em Jogos Olímpi­cos, total­izan­do 28 medal­has

“A CBJ [Con­fed­er­ação Brasileira de Judô] lamen­ta pro­fun­da­mente a per­da de um de seus maiores judo­cas, o primeiro medal­hista olímpi­co nasci­do no Brasil. Mas, ficare­mos para sem­pre com a lem­brança das suas con­quis­tas, que der­am muitas ale­grias à família do judô e ao povo brasileiro. Seu lega­do será eter­no”, lamen­tou Sil­vio Acá­cio Borges, pres­i­dente da enti­dade.

Na coleção de con­quis­tas de Onmu­ra, tam­bém está a medal­ha de pra­ta nos Jogos Pan-Amer­i­canos de San Juan (Por­to Rico) em 1979, e out­ras duas pratas nas edições seguintes: Cara­cas (Venezuela) em 1983 e Indi­anápo­lis (Esta­dos Unidos), em 1987. O judo­ca tam­bém foi bicam­peão Campe­ona­to Pan-Amer­i­cano (1980 e 1988) e campeão sul-amer­i­cano (1979).

“Onmu­ra foi uma inspi­ração e um exem­p­lo para todas as ger­ações seguintes de judo­cas. A con­quista dele inau­gurou uma série de 40 anos inin­ter­rup­tos de pódios olímpi­cos para o Brasil e deixou um lega­do tam­bém de con­du­ta fora dos tatames. Hoje a comu­nidade do judô está de luto”, afir­mou campeão olímpi­co no judô Rogério Sam­paio, atu­al dire­tor-ger­al do COB.

O Fla­men­go, um dos grandes clubes rep­re­sen­ta­dos por Onmu­ra, tam­bém prestou hom­e­nagem ao medal­hista olímpi­co. em nota de pesar. Esportes.

Após deixar os tatames como atle­ta, Onmu­ra tra­bal­hou na Polí­cia Civ­il de São Paulo, como instru­tor de tiro e defe­sa pes­soal até se aposen­tar. Nos Jogos Rio 2016, Onmu­ra con­duz­iu a tocha olímpi­ca pelas ruas da cidade. Ele deixa a esposa Ste­fa­nia Ribeiro Onmu­ra, e as fil­has Giu­lia Onmu­ra e Yumi Ribeiro Onmu­ra.

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