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Julgamento de acusados no caso da Boate Kiss entra no quarto dia

Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Tragédia matou 242 pessoas em 2013 em Santa Maria (RS)


Pub­li­ca­do em 04/12/2021 — 16:30 Por Cristi­na Índio do Brasil* — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

O jul­ga­men­to de qua­tro réus pelo crime de homicí­dio no incên­dio da Boate Kiss em San­ta Maria (RS), em janeiro de 2013, entrou hoje (4) no quar­to dia no Tri­bunal do Júri de Por­to Ale­gre. A tragé­dia, que matou 242 pes­soas e deixou 636 feri­das, começou no pal­co, onde se apre­sen­ta­va a Ban­da Gur­iza­da Fan­dan­gueira, e logo se alas­trou, provo­can­do mui­ta fumaça tóx­i­ca. Um dos inte­grantes dis­parou um artefa­to pirotéc­ni­co, atingin­do parte do teto do pré­dio, que pegou fogo.

Depois de uma para­da no fim da man­hã, o jul­ga­men­to foi retoma­do por vol­ta das 15h para a con­tinuidade do depoi­men­to do pro­du­tor de even­tos Alexan­dre Mar­ques. Ele foi arro­la­do como teste­munha pela defe­sa de um dos sócios da boate, Elis­san­dro Spohr, con­heci­do como Kiko. Alexan­dre é dono de uma ban­da e já tin­ha sido con­vi­da­do para se apre­sen­tar no local em out­ras opor­tu­nidades.

O depoi­men­to de Alexan­dre ter­mi­nou por vol­ta das 15h10 e, em segui­da, começou a ser ouvi­do o sobre­vivente do incên­dio Maike Ariel dos San­tos, O depoi­men­to dele foi pedi­do pelo assis­tente de acusação.

Além de Elis­san­dro Cal­le­garo Spohr, são réus no proces­so Mau­ro Lon­dero Hoff­mann, tam­bém ex-sócio; o vocal­ista da ban­da Marce­lo de Jesus dos San­tos, e o pro­du­tor musi­cal Luciano Bonil­ha Leão.

A tragé­dia, que matou prin­ci­pal­mente jovens, mar­cou a cidade de San­ta Maria, con­heci­do polo uni­ver­sitário gaú­cho, e abalou todo o país, pelo grande número de mor­tos e pelas ima­gens fortes. A boate tin­ha ape­nas uma por­ta de saí­da des­ob­struí­da. Bombeiros e pop­u­lares ten­tavam, de todo jeito, abrir pas­sagens que­bran­do os muros da casa, mas a demo­ra no socor­ro acabou sendo trág­i­ca para os fre­quen­ta­dores.

A maior parte acabou mor­ren­do pela inalação de fumaça tóx­i­ca, do iso­la­men­to acús­ti­co do teto, for­ma­do por uma espuma inflamáv­el, incom­patív­el com as nor­mas de segu­rança mod­er­nas, que obrigam a insta­lação de estru­turas pro­duzi­das com mate­ri­ais antichamas.

Des­de o incên­dio, as famílias dos jovens mor­tos for­maram uma asso­ci­ação e, todos os anos, no dia 27 de janeiro, relem­bram a tragé­dia, a maior do esta­do do Rio Grande do Sul e uma das maiores do Brasil.

*Colaborou Vladimir Platonow

 

Edição: Graça Adju­to

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