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Lançamento do nanossatélite brasileiro é adiado

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© Minis­té­rio da Ciên­cia (Repro­du­ção)

NanoSatC-Br2 deverá ser lançado ainda neste final de semana


Publi­ca­do em 20/03/2021 — 02:15 Por Agên­cia Bra­sil — Bra­sí­lia
Atu­a­li­za­do em 20/03/2021 — 03:05

O lan­ça­men­to do fogue­te Soyuz‑2.1A que leva­ria o nanos­sa­té­li­te bra­si­lei­ro Nano­SatC-Br2 foi adi­a­do na madru­ga­da des­te sába­do (20). A nova data pro­vá­vel de lan­ça­men­to do fogue­te é nes­te domin­go (21), às 9h07 (horá­rio de Mos­cou) — 3h07 (horá­rio de Bra­sí­lia). O anún­cio foi fei­to nas redes soci­ais da agên­cia espa­ci­al rus­sa Ros­cos­mos.

“Esses atra­sos são mui­to comuns. Ano­ma­li­as cli­má­ti­cas ou outros even­tos que podem influ­en­ci­ar no lan­ça­men­to estão sem­pre sen­do moni­to­ra­dos. É uma pena, mas o pro­ces­so todo requer mui­ta segu­ran­ça”, afir­mou Miche­le Melo, asses­so­ra de Inte­li­gên­cia da Agên­cia Espa­ci­al Bra­si­lei­ra (AEB).

O even­to deve­ria ter acon­te­ci­do às 3h07 no Cos­mó­dro­mo de Bai­ko­nur, no Caza­quis­tão. Ain­da não há infor­ma­ções sobre a cau­sa do adi­a­men­to. O minis­tro de Ciên­cia, Tec­no­lo­gia e Ino­va­ções, Mar­cos Pon­tes, foi entre­vis­ta­do pela TV Bra­sil.

Assista na íntegra

Sobre o NanoSatC-Br2

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Nanos­sa­té­li­te Nano­SatC-Br2, por INPE — Ins­ti­tu­to Naci­o­nal de Pes­qui­sas Espaciais/Divulgação (Repro­du­ção)

De dimen­sões modes­tas, o Nano­SatC-Br2 pesa ape­nas 1,72 qui­lo­gra­ma. Com 22 cen­tí­me­tros (cm) de com­pri­men­to, 10 cm de lar­gu­ra e 10 cm de pro­fun­di­da­de, o saté­li­te é menor que uma cai­xa de sapa­to. A prin­ci­pal mis­são do equi­pa­men­to é moni­to­rar a ano­ma­lia mag­né­ti­ca do Atlân­ti­co Sul — fenô­me­no natu­ral cau­sa­do pelo desa­li­nha­men­to do cen­tro mag­né­ti­co da Ter­ra em rela­ção ao cen­tro geo­grá­fi­co, carac­te­rís­ti­ca que atra­pa­lha a cap­ta­ção de ima­gens e trans­mis­são de sinais ele­tro­mag­né­ti­cos numa deter­mi­na­da fai­xa do céu -, mas ele tam­bém ser­vi­rá de fer­ra­men­ta de pes­qui­sa para estu­dan­tes de diver­sos cam­pos: enge­nha­ria, aero­no­mia, geo­fí­si­ca e áre­as afins.

O pro­je­to é um esfor­ço con­jun­to do Ins­ti­tu­to Naci­o­nal de Pes­qui­sas Espa­ci­ais (Inpe), da Uni­ver­si­da­de Fede­ral de San­ta Maria (UFSM), no Rio Gran­de do Sul e da Agên­cia Espa­ci­al Bra­si­lei­ra (AEB). O Nano­SatC-Br2 fica­rá situ­a­do a cer­ca de 500 quilô­me­tros de alti­tu­de — na cama­da da atmos­fe­ra cha­ma­da Ionos­fe­ra — e fará uma órbi­ta polar héli­os­sín­cro­na, ou seja, o Nano­SatC-Br2 cru­za­rá a cir­cun­fe­rên­cia entre Polo Nor­te e Polo Sul, mas sem­pre no mes­mo pon­to em rela­ção ao Sol, em ciclos cons­tan­tes.

O cus­to esti­ma­do do Nano­SatC-Br2 — entre desen­vol­vi­men­to, lan­ça­men­to e ope­ra­ção — é de cer­ca de R$ 3 milhões, de acor­do com João Vil­las Boas, pro­fes­sor da UFSM e um dos res­pon­sá­veis pelo pro­je­to.

O nanos­sa­té­li­te per­mi­ti­rá a capa­ci­ta­ção de pro­fis­si­o­nais em diver­sos cam­pos rela­ci­o­na­dos à ciên­cia e tec­no­lo­gia. “Os alu­nos vão aju­dar na ope­ra­ção do nanos­sa­té­li­te. O con­ta­to prin­ci­pal é depois de o equi­pa­men­to lan­ça­do. Eles vão obter os dados cien­tí­fi­cos que estão che­gan­do à Ter­ra. O fato de os alu­nos terem esse con­ta­to na gra­du­a­ção é fan­tás­ti­co por­que eles conhe­cem como fun­ci­o­nam o mer­ca­do de saté­li­te e todo o pro­ces­so que envol­ve a fabri­ca­ção e aqui­si­ção de equi­pa­men­tos, lan­ça­men­to e ope­ra­ção dele no espa­ço,” afir­mou o pro­fes­sor Edu­ar­do Esco­bar Bür­ger, da UFSM.

Missão conjunta

O lan­ça­men­to do Nano­SatC-Br2 é fru­to da par­ce­ria entre o Minis­té­rio da Ciên­cia, Tec­no­lo­gia e Ino­va­ções, a AEB e a Ros­cos­mos — a agên­cia espa­ci­al rus­sa. O saté­li­te bra­si­lei­ro é um dos 37 dis­po­si­ti­vos que estão car­re­ga­dos no fogue­te Soyuz‑2.1A que par­te hoje da cha­ma­da “Cida­de das Estre­las” no Caza­quis­tão. A mis­são envol­ve Bra­sil, Rús­sia e outros 16 paí­ses — a mai­or par­ce­ria aero­es­pa­ci­al inter­na­ci­o­nal para lan­ça­men­tos de saté­li­te regis­tra­da até hoje.

Edi­ção: Pedro Ivo de Oli­vei­ra

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