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Lavanderias comunitárias poderão ser abertas com apoio federal

Repro­dução: © Rogério Bomfim/Arquivo/Prefeitura de San­tos

Projeto-piloto quer discutir divisão do trabalho doméstico


Pub­li­ca­do em 08/11/2023 — 06:45 Por Gilber­to Cos­ta — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Ter­mi­na na quar­ta-feira da próx­i­ma sem­ana (15) o pra­zo para os municí­pios, esta­dos e o Dis­tri­to Fed­er­al apre­sentarem pro­postas para insta­lar e colo­car em fun­ciona­men­to lavan­de­rias públi­cas de uso comu­nitário, com o finan­cia­men­to do Min­istério das Mul­heres.

Ao finan­ciar obras e equipa­men­tos para lavan­de­rias públi­cas, o MMul­heres quer cidades e esta­dos pro­moven­do ness­es locais ativi­dades for­ma­ti­vas nas temáti­cas de econo­mia fem­i­nista e divisão sex­u­al do tra­bal­ho, com a mobi­liza­ção de mul­heres e home­ns. A intenção das ativi­dades for­ma­ti­vas é provo­car reflexão. “Nós quer­e­mos con­ver­sar sobre a divisão do tra­bal­ho entre home­ns e mul­heres”, afir­ma Rosane da Sil­va, sec­re­taria nacional de Autono­mia Econômi­ca do Min­istério das Mul­heres.

“Será que uma família não seria muito mais feliz se todos que vivem naque­la família pudesse com­par­til­har o tra­bal­ho? Assim, uma pes­soa lava, out­ra faz a comi­da, out­ra orga­ni­za a casa, e aí todo mun­do ter­mi­na o tra­bal­ho no mes­mo tem­po e todo mun­do vai poder ter o seu tem­po livre para faz­er o que quis­er”, recomen­da.

Rosane da Sil­va ressalta que as lavan­de­rias a serem finan­ciadas são difer­entes de out­ros pro­je­tos exis­tentes no país como os de coop­er­a­ti­vas de mul­heres que uti­lizam os equipa­men­tos e com isso têm meios para prestar serviço de lavadeira e aumen­tar a ren­da.

O propósi­to da atu­al ini­cia­ti­va é diminuir o tra­bal­ho domés­ti­co, em ger­al real­iza­do pelas mul­heres.

As lavan­de­rias fun­cionarão como as lojas pri­vadas comuns, onde a cliente ou o cliente deixa a roupa para lavar e bus­ca depois. “A ideia é que deix­em as roupas na lavan­de­ria. Terá equipe para rece­ber e cuidar dessas roupas. Depois as mul­heres vão lá e vão pegar essa roupa limpa sem nen­hum cus­to”, assi­nala a secretária. O serviço será comu­nitário, “os home­ns tam­bém vão poder usar o espaço”, acres­cen­ta.

Edital

A ini­cia­ti­va é um pro­je­to-pilo­to. Nes­ta primeira edição, o MMul­heres cal­cu­la aten­der até seis entes fed­er­a­tivos fir­man­do con­vênio após a seleção de pro­postas. Con­forme o edi­tal, o val­or mín­i­mo de repasse é de R$ 450 mil e o máx­i­mo, R$ 650 mil. Além das ativi­dades for­ma­ti­vas, as cidades e esta­dos con­tratantes dev­erão dis­por dos locais para as lavan­de­rias, faz­er a manutenção das unidades, con­tratar pes­soal e fornecer os pro­du­tos para lavar as roupas.

Para este ano, o Orça­men­to Ger­al da União (OGU) de 2023 pre­viu R$ 2,6 mil­hões para os con­vênios das lavan­de­rias. Rosane da Sil­va, lem­bra que os val­ores do OGU “foram definidos pelo gov­er­no ante­ri­or”.

Ela tem expec­ta­ti­va de lançar um novo edi­tal mais robus­to no segun­do semes­tre de 2024. “A gente acred­i­ta que vai ter bas­tante deman­da e isso vai nos pos­si­bil­i­tar, inclu­sive, faz­er um debate inter­no no gov­er­no, em espe­cial com a área de orça­men­to, para con­seguir mais recur­sos e em 2024 poder abrir um novo edi­tal”.

Prefeituras com políticas para mulheres

O edi­tal exige que as cidades e esta­dos que se can­di­datem a rece­ber os recur­sos das lavan­de­rias públi­cas ten­ham em sua estru­tu­ra admin­is­tra­ti­va um “Organ­is­mo de Políti­ca para Mul­heres”, como sec­re­tarias ou out­ras denom­i­nações cor­re­latas (sub sec­re­taria, coor­de­nado­ria, super­in­tendên­cia, dire­to­ria ou gerên­cia), que sejam respon­sáveis pela exe­cução e gestão das políti­cas públi­cas para as mul­heres. Tam­bém deve estar em fun­ciona­men­to reg­u­lar o con­sel­ho estad­ual, munic­i­pal ou dis­tri­tal da Mul­her.

O Min­istério das Mul­heres tam­bém pub­li­cou edi­tal para apoiar pro­je­tos de orga­ni­za­ções da sociedade civ­il para a for­mação de mul­heres sobre autono­mia econômi­ca e cuida­do. A per­spec­ti­va é incen­ti­var redes de mul­ti­pli­cado­ras. As pro­postas devem ser apre­sen­tadas até o dia 24 de novem­bro, pre­vê o edi­tal.

Edição: Marce­lo Brandão

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