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Líderes do G20 se comprometem a limitar aquecimento global

Repro­dução: © Arquivo/Fernando Frazão/Agência Brasil

Esboço de acordo propõe ações a serem levadas à COP26


Pub­li­ca­do em 29/10/2021 — 08:07 Por RTP — Roma

RTP - Rádio e Televisão de Portugal

Antes de seguirem para a COP26 — a Con­fer­ên­cia do Cli­ma — em Glas­gow, na Escó­cia, os 20 país­es mais ricos se reúnem no fim de sem­ana em Roma. Na agen­da está o esta­b­elec­i­men­to de medi­das urgentes para man­ter o obje­ti­vo de lim­i­tar o aque­c­i­men­to do plan­e­ta a 1,5 grau Cel­sius. Um esboço de acor­do traça a argu­men­tação preparatória do G20 para ala­van­car ações conc­re­tas, a serem dis­cu­ti­das na 26ª Con­fer­ên­cia do Cli­ma da Orga­ni­za­ção das Nações Unidas (ONU).

“Nós nos com­pro­m­e­te­mo a enfrentar o desafio exis­tente das alter­ações climáti­cas”, dizem os 20 país­es mais ricos do mundo,de acor­do com as primeiros tópi­cos do comu­ni­ca­do da reunião de Roma, cita­do pela Reuters.

O com­pro­mis­so é vis­to como tram­polim fun­da­men­tal para aten­uar a crise climáti­ca, antes da COP26, na Escó­cia.

1,5 grau

Segun­do doc­u­men­to-esboço, os líderes do G20 dev­erão recon­hecer que se o aque­c­i­men­to pud­er ser lim­i­ta­do a 1,5 grau aci­ma dos níveis pré-indus­tri­ais, os impactos das mudanças climáti­cas são “muito mais baixos” do que se a tem­per­atu­ra subir em 2 graus.

As nações desen­volvi­das dev­erão tam­bém se com­pro­m­e­ter a aplicar “ações ime­di­atas para alcançar a meta de 1,5 grau”, diz o doc­u­men­to.

Esse com­pro­mis­so já vem, pelo menos, des­de 2015, com o Acor­do de Paris, no qual os sig­natários tin­ham acor­da­do em man­ter o aque­c­i­men­to glob­al “abaixo” de 2 graus, de prefer­ên­cia, em 1,5 grau.

Desta­can­do os episó­dios climáti­cos extremos, a comu­nidade cien­tí­fi­ca tem insis­ti­do em lim­i­tar a subi­da da tem­per­atu­ra, sob pena de o plan­e­ta sofr­er uma catástrofe ambi­en­tal.

“Aten­den­do ao ape­lo da comu­nidade cien­tí­fi­ca, obser­van­do os alar­mantes relatórios do Painel Inter­gov­er­na­men­tal sobre Mudanças Climáti­cas (IPCC) e cientes de nos­so papel de lid­er­ança, com­pro­m­e­te­mo-nos a enfrentar o desafio exis­tente das alter­ações climáti­cas”, desta­ca o G20.

“Recon­hece­mos a importân­cia fun­da­men­tal de alcançar emis­sões líquidas globais de gas­es de efeito est­u­fa ou neu­tral­i­dade de car­bono até 2050”, acres­cen­ta.

A data “2050” está entre aspas no doc­u­men­to-esboço, indi­can­do que o ano poderá estar sujeito a nego­ci­ação.

Carvão

Entre os país­es que com­põem o G20 estão o Brasil, a Chi­na, Índia, Ale­man­ha e os Esta­dos Unidos. São respon­sáveis por 80% do Pro­du­to Inter­no Bru­to mundi­al, 60% da pop­u­lação e cer­ca de 80% das emis­sões globais de gas­es de efeito est­u­fa.

O grupo dos 20 reafir­mou o com­pro­mis­so de “elim­i­nar e racionalizar” os sub­sí­dios aos com­bustíveis fós­seis até 2025 e reduzir o uso do carvão para pro­duzir ener­gia. O carvão é apon­ta­do como o prin­ci­pal polu­ente que con­tribui para o aque­c­i­men­to glob­al.

“Fare­mos o máx­i­mo para evi­tar a con­strução de novas cen­trais elétri­c­as a carvão”. Eles aler­tam que, para esse obje­ti­vo, devem ser lev­adas em con­ta as cir­cun­stân­cias nacionais e acres­cen­tam que irão imple­men­tar um sis­tema energéti­co “ampla­mente descar­boniza­do” na déca­da de 2030.

No doc­u­men­to ini­cial, os país­es se com­pro­m­e­tem tam­bém a cor­tar emis­sões cole­ti­vas de metano,“substancialmente” até 2030, pra­zo que aparece entre parên­te­ses.

O Cen­tro de Con­venções de Roma La Nuvola, no dis­tri­to EUR da cidade, sedi­ará o encon­tro de dois dias, dos chefes de Esta­do do G20, neste fim de sem­ana na Itália.

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