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Lojista poderá registrar recebíveis de cartão a partir desta segunda

Cartões de crédito
Repro­dução: © Mar­cel­lo Casal Jr/Agência Brasil

Banco Central confirmou data após dois adiamentos


Pub­li­ca­do em 06/06/2021 — 08:36 Por Well­ton Máx­i­mo – Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

Depois de dois adi­a­men­tos, o Ban­co Cen­tral (BC) con­fir­mou que, a par­tir des­ta segun­da-feira (7), começará a fun­cionar o reg­istro cen­tral­iza­do das receitas de lojis­tas com as ven­das real­izadas por cartão.

Segun­do a insti­tu­ição finan­ceira, a medi­da deve ben­e­fi­ciar prin­ci­pal­mente micro e peque­nas empre­sas, que poderão ter aces­so a crédi­tos com juros mais baixos ao ofer­e­cerem parte do que têm a rece­ber aos ban­cos.

Em nota, o BC infor­mou que a medi­da aumen­tará a con­cor­rên­cia entre as insti­tu­ições finan­ceiras, per­mitin­do a redução do spread bancário – difer­ença entre as taxas pagas pelas insti­tu­ições para captarem recur­sos e as taxas cobradas dos clientes.

O com­er­ciante poderá dividir as agen­das de rece­bíveis, em lotes de dezenas ou cen­te­nas de transações, e nego­ciar com várias insti­tu­ições finan­ceiras ao mes­mo tem­po, até con­seguir o mel­hor emprés­ti­mo.

Os rece­bíveis valem tan­to para as ven­das com cartão de crédi­to e de débito. Como as empre­sas cre­den­ci­ado­ras vão reg­is­trar essas transações, os com­er­ciantes poderão con­seguir emprés­ti­mos ao ofer­e­cer os rece­bíveis para cobrir even­tu­ais inadim­plên­cias ou até reven­der as receitas que têm dire­ito a rece­ber nas ven­das com maquin­in­has.

Atual­mente, exis­tem três empre­sas autor­izadas a atu­ar como cre­den­ci­ado­ras de rece­bíveis no país: CIP, Cerc e Tag. As com­pan­hias, no entan­to, ale­garam difi­cul­dades na mon­tagem dos sis­temas e pedi­ram ao Ban­co Cen­tral os adi­a­men­tos da entra­da em vig­or do reg­istro.

Ini­cial­mente pre­vista para 3 de novem­bro do ano pas­sa­do, a data havia pas­sa­do para 17 de fevereiro e foi nova­mente adi­a­da para 7 de jun­ho, data con­fir­ma­da pelo BC.

Por causa do segun­do adi­a­men­to, o BC mul­tou uma das com­pan­hias em R$ 30 mil­hões e obrigou a empre­sa a assi­nar um ter­mo de com­pro­mis­so em que prome­tia resolver as difi­cul­dades tec­nológ­i­cas até o iní­cio de jun­ho.

A autar­quia esti­ma que os rece­bíveis de cartões têm poten­cial para movi­men­tar até R$ 1,8 tril­hão por ano, dos quais R$ 1 tril­hão cor­re­spon­dem às transações com cartões de crédi­to e R$ 800 bil­hões ao fluxo com cartão de débito.

O novo sis­tema tam­bém deve aumen­tar a segu­rança para as insti­tu­ições finan­ceiras. Atual­mente, um mes­mo rece­bív­el pode ser dado como garan­tia para mais de um ban­co. Com o reg­istro cen­tral­iza­do, isso não será mais pos­sív­el.

Edição: Aécio Ama­do

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