...
domingo ,27 abril 2025
Home / Esportes / Luisa Stefani alcança melhor ranking de uma tenista brasileira na WTA

Luisa Stefani alcança melhor ranking de uma tenista brasileira na WTA

390532_966050_luisa_miami12

Repro­dução: © Marce­lo Ste­fani / Divul­gação

Com 26º lugar, paulistana supera feito de Maria Esther Bueno em 1976


Pub­li­ca­do em 05/04/2021 — 11:17 Por Lin­coln Chaves — Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional — São Paulo

A segun­da-feira (5) é históri­ca para o tênis brasileiro. Na atu­al­iza­ção sem­anal do rank­ing mundi­al da Asso­ci­ação de Tênis Fem­i­ni­no (WTA, sigla em inglês), Luisa Ste­fani gan­hou cin­co posições e subiu para o 26º lugar entre as duplis­tas, tor­nan­do-se a jogado­ra do país mais bem colo­ca­da des­de a cri­ação da lista, em novem­bro de 1975.

A paulis­tana de 23 anos super­ou ninguém menos que Maria Esther Bueno, maior nome da modal­i­dade no Brasil, que det­inha a mar­ca graças ao 29º lugar alcança­do em dezem­bro de 1976. O Hall da Fama Inter­na­cional do Tênis indi­ca que Maria Esther foi a mel­hor tenista do mun­do nas tem­po­radas de 1959, 1960, 1964 e 1966, ocasiões em que con­quis­tou títu­los de Grand Slam em sim­ples e duplas. Na época, porém, não havia um rank­ing sem­anal.

Luisa alcançou o rank­ing com o vice-campe­ona­to no WTA 1000 de Mia­mi (Esta­dos Unidos). No últi­mo domin­go (4), a parce­ria entre a brasileira e a norte-amer­i­cana Hay­ley Carter (que tam­bém subiu cin­co posições e ago­ra é a 27ª do mun­do) foi super­a­da na final pelas japone­sas Ena Shiba­hara e Shuko Aoya­ma (ambas em 13º, empatadas) por 2 sets a 0, em uma hora e 24 min­u­tos de jogo, com par­ci­ais de 6/2 e 7/5.

Foi a primeira final de um WTA 1000 na car­reira dela. Torneios deste nív­el, em ter­mos de importân­cia, ficam abaixo somente dos Grand Slams no cir­cuito mundi­al. Além dis­so, foi a segun­da decisão con­tra Shiba­hara e Aoya­ma em 2020. Em janeiro, no WTA 500 de Abu Dhabi (Emi­ra­dos Árabes), as japone­sas tam­bém levaram a mel­hor.

“Não con­seguimos nos soltar e jog­ar nos­so mel­hor no primeiro set. Elas foram mais inteligentes tati­ca­mente e tam­bém gan­haram os pon­tos deci­sivos, que fiz­er­am a difer­ença. No segun­do jog­amos bem mel­hor, do nos­so esti­lo, da maneira que dev­eríamos jog­ar e acabamos deixan­do escapar. Não era para ter­mos per­di­do o segun­do set, pois iríamos ao ter­ceiro e pode­ria cair para qual­quer lado”, comen­tou Luisa, em vídeo à impren­sa.

Entre terça-feira (6) e quar­ta-feira (7), ain­da sem horário definido, Luisa e Carter estreiam no WTA 500 de Charleston (Esta­dos Unidos), con­tra as checas Lucie Hradec­ka (36ª) e Marie Bouzko­va (107ª). Em segui­da, ela via­ja para Bytom (Polô­nia) para defend­er o Brasil na Bil­lie Jean King Cup diante das anfitriãs.

“[Foram] Duas sem­anas muito pos­i­ti­vas em Mia­mi, com mui­ta apren­diza­gem e feliz com o nív­el que a gente vem apre­sen­tan­do e a nos­sa mel­ho­ra nos últi­mos meses. Ago­ra é seguir tra­bal­han­do e o ano só está começan­do”, final­i­zou a brasileira.

Bia Haddad campeã

Out­ra jogado­ra do país que encer­rou o fim de sem­ana em alta foi Beat­riz Had­dad Maia. Tam­bém paulis­tana; a brasileira de 24 anos, número 331 do mun­do em sim­ples, foi campeã do W25 de Vil­la Maria (Argenti­na) no domin­go ao super­ar a britâni­ca Francesca Jones (200º) por 2 sets a 1, de vira­da, com par­ci­ais de 5/7, 6/4 e 6/2 em três horas e 13 min­u­tos de jogo.

“Estive o tem­po inteiro atrás no começo da par­ti­da, ela jogou mel­hor em todas as opor­tu­nidades que eu tive. Fiz muito esforço men­tal para ficar no jogo, que é algo que ven­ho tra­bal­han­do com o meu téc­ni­co e acho que valeu muito a pena. Esta­mos pas­san­do por um momen­to muito difí­cil no Brasil. É nes­sas horas que a gente vê que um jogo de tênis não é tão duro e, por mais que a gente dê um val­or muito grande, na ver­dade é muito pequeno se com­para­r­mos com a vida. Dedi­co este títu­lo às famílias que estão pas­san­do difi­cul­dade e pre­cisan­do de mui­ta força neste momen­to”, disse Bia, após a par­ti­da.

O resul­ta­do ain­da será com­puta­do no rank­ing da WTA. Com os 50 pon­tos do títu­lo na Argenti­na, a brasileira retornará ao top-300. Em 25 de setem­bro de 2017, Bia chegou a ser a 58ª do mun­do. Ela segue no país sul-amer­i­cano para o W25 de Cór­do­ba e depois via­ja a Por­tu­gal, para duas com­petições na cidade de Oeiras.

 

Edição: Mar­cio Par­ente

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Mulheres mostram trabalhos que denunciam violações de direitos humanos

Bordando direitos é o nome da exposição aberta no Masp Elaine Patrí­cia Cruz — Repórter …