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Luisa Stefani alcança melhor ranking de uma tenista brasileira na WTA

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Repro­du­ção: © Mar­ce­lo Ste­fa­ni / Divul­ga­ção

Com 26º lugar, paulistana supera feito de Maria Esther Bueno em 1976


Publi­ca­do em 05/04/2021 — 11:17 Por Lin­coln Cha­ves — Repór­ter da TV Bra­sil e da Rádio Naci­o­nal — São Pau­lo

A segun­da-fei­ra (5) é his­tó­ri­ca para o tênis bra­si­lei­ro. Na atu­a­li­za­ção sema­nal do ran­king mun­di­al da Asso­ci­a­ção de Tênis Femi­ni­no (WTA, sigla em inglês), Lui­sa Ste­fa­ni ganhou cin­co posi­ções e subiu para o 26º lugar entre as duplis­tas, tor­nan­do-se a joga­do­ra do país mais bem colo­ca­da des­de a cri­a­ção da lis­ta, em novem­bro de 1975.

A pau­lis­ta­na de 23 anos supe­rou nin­guém menos que Maria Esther Bue­no, mai­or nome da moda­li­da­de no Bra­sil, que deti­nha a mar­ca gra­ças ao 29º lugar alcan­ça­do em dezem­bro de 1976. O Hall da Fama Inter­na­ci­o­nal do Tênis indi­ca que Maria Esther foi a melhor tenis­ta do mun­do nas tem­po­ra­das de 1959, 1960, 1964 e 1966, oca­siões em que con­quis­tou títu­los de Grand Slam em sim­ples e duplas. Na épo­ca, porém, não havia um ran­king sema­nal.

Lui­sa alcan­çou o ran­king com o vice-cam­pe­o­na­to no WTA 1000 de Mia­mi (Esta­dos Uni­dos). No últi­mo domin­go (4), a par­ce­ria entre a bra­si­lei­ra e a nor­te-ame­ri­ca­na Hay­ley Car­ter (que tam­bém subiu cin­co posi­ções e ago­ra é a 27ª do mun­do) foi supe­ra­da na final pelas japo­ne­sas Ena Shi­baha­ra e Shu­ko Aoya­ma (ambas em 13º, empa­ta­das) por 2 sets a 0, em uma hora e 24 minu­tos de jogo, com par­ci­ais de 6/2 e 7/5.

Foi a pri­mei­ra final de um WTA 1000 na car­rei­ra dela. Tor­nei­os des­te nível, em ter­mos de impor­tân­cia, ficam abai­xo somen­te dos Grand Slams no cir­cui­to mun­di­al. Além dis­so, foi a segun­da deci­são con­tra Shi­baha­ra e Aoya­ma em 2020. Em janei­ro, no WTA 500 de Abu Dha­bi (Emi­ra­dos Ára­bes), as japo­ne­sas tam­bém leva­ram a melhor.

“Não con­se­gui­mos nos sol­tar e jogar nos­so melhor no pri­mei­ro set. Elas foram mais inte­li­gen­tes tati­ca­men­te e tam­bém ganha­ram os pon­tos deci­si­vos, que fize­ram a dife­ren­ça. No segun­do joga­mos bem melhor, do nos­so esti­lo, da manei­ra que deve­ría­mos jogar e aca­ba­mos dei­xan­do esca­par. Não era para ter­mos per­di­do o segun­do set, pois iría­mos ao ter­cei­ro e pode­ria cair para qual­quer lado”, comen­tou Lui­sa, em vídeo à impren­sa.

Entre ter­ça-fei­ra (6) e quar­ta-fei­ra (7), ain­da sem horá­rio defi­ni­do, Lui­sa e Car­ter estrei­am no WTA 500 de Char­les­ton (Esta­dos Uni­dos), con­tra as che­cas Lucie Hra­dec­ka (36ª) e Marie Bouz­ko­va (107ª). Em segui­da, ela via­ja para Bytom (Polô­nia) para defen­der o Bra­sil na Bil­lie Jean King Cup dian­te das anfi­triãs.

“[Foram] Duas sema­nas mui­to posi­ti­vas em Mia­mi, com mui­ta apren­di­za­gem e feliz com o nível que a gen­te vem apre­sen­tan­do e a nos­sa melho­ra nos últi­mos meses. Ago­ra é seguir tra­ba­lhan­do e o ano só está come­çan­do”, fina­li­zou a bra­si­lei­ra.

Bia Haddad campeã

Outra joga­do­ra do país que encer­rou o fim de sema­na em alta foi Bea­triz Had­dad Maia. Tam­bém pau­lis­ta­na; a bra­si­lei­ra de 24 anos, núme­ro 331 do mun­do em sim­ples, foi cam­peã do W25 de Vil­la Maria (Argen­ti­na) no domin­go ao supe­rar a bri­tâ­ni­ca Fran­ces­ca Jones (200º) por 2 sets a 1, de vira­da, com par­ci­ais de 5/7, 6/4 e 6/2 em três horas e 13 minu­tos de jogo.

“Esti­ve o tem­po intei­ro atrás no come­ço da par­ti­da, ela jogou melhor em todas as opor­tu­ni­da­des que eu tive. Fiz mui­to esfor­ço men­tal para ficar no jogo, que é algo que venho tra­ba­lhan­do com o meu téc­ni­co e acho que valeu mui­to a pena. Esta­mos pas­san­do por um momen­to mui­to difí­cil no Bra­sil. É nes­sas horas que a gen­te vê que um jogo de tênis não é tão duro e, por mais que a gen­te dê um valor mui­to gran­de, na ver­da­de é mui­to peque­no se com­pa­rar­mos com a vida. Dedi­co este títu­lo às famí­li­as que estão pas­san­do difi­cul­da­de e pre­ci­san­do de mui­ta for­ça nes­te momen­to”, dis­se Bia, após a par­ti­da.

O resul­ta­do ain­da será com­pu­ta­do no ran­king da WTA. Com os 50 pon­tos do títu­lo na Argen­ti­na, a bra­si­lei­ra retor­na­rá ao top-300. Em 25 de setem­bro de 2017, Bia che­gou a ser a 58ª do mun­do. Ela segue no país sul-ame­ri­ca­no para o W25 de Cór­do­ba e depois via­ja a Por­tu­gal, para duas com­pe­ti­ções na cida­de de Oei­ras.

 

Edi­ção: Mar­cio Paren­te

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