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Lula diz que pretende aumentar taxação de ricos

Repro­dução: © Agên­cia Brasil

Candidato anuncia que pode reduzir impostos para pobres


Pub­li­ca­do em 26/10/2022 — 13:30 Por Daniel Mel­lo – Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo
Atu­al­iza­do em 26/10/2022 — 18:31

Ouça a matéria:

O can­dida­to do PT à Presidên­cia da Repúbli­ca, Luiz Iná­cio Lula da Sil­va, disse hoje (26) que pre­tende faz­er uma refor­ma trib­utária no país, tor­nan­do o sis­tema mais pro­gres­si­vo.

Segun­do o can­dida­to, é pre­ciso con­vencer a sociedade brasileira da neces­si­dade de uma políti­ca trib­utária pro­gres­si­va. “Ou seja, uma políti­ca trib­utária que cobre mais de quem gan­ha mais e cobre menos de quem gan­ha menos. É por isso que nós esta­mos isen­tan­do [do Impos­to de Ren­da] quem gan­ha até R$ 5 mil [por mês]”, disse Lula, em entre­vista à Rádio Mix de Man­aus.

Para Lula, a mudança, com a tax­ação pro­por­cional­mente mais alta de quem tem maior ren­da, é uma questão de justiça social. “Pre­cisamos faz­er as pes­soas com­preen­derem que pagar Impos­to de Ren­da cor­re­ta­mente é faz­er justiça neste país. Quem gan­ha mais tem que ter a respon­s­abil­i­dade de pagar mais, e quem gan­ha menos tem o dire­ito de pagar menos.”

A tax­ação dos lucros e div­i­den­dos é um dos temas que, segun­do o can­dida­to, serão trata­dos na pro­pos­ta que pre­tende enviar ao Con­gres­so, caso seja eleito. “Nós vamos faz­er uma pro­pos­ta que as pes­soas que gan­ham lucros e div­i­den­dos paguem um pouco mais, para que se pos­sa faz­er a dis­tribuição cor­re­ta neste país”, acres­cen­tou.

No entan­to, Lula pon­der­ou, com base na exper­iên­cia de seus gov­er­nos ante­ri­ores, que a com­posição da Câmara dos Dep­uta­dos e do Sena­do pode ser um empecil­ho a mudanças no sis­tema de cobrança de impos­tos e trib­u­tos. “A maio­r­ia que está no Con­gres­so Nacional é de pes­soas que têm, de cer­ta for­ma, poss­es. Não são os pobres que estão no Con­gres­so Nacional”, disse o can­dida­to, ao comen­tar que a maio­r­ia dos par­la­mentares é de classe média ou é rica. “Essa gente não quer taxar os seus próprios recur­sos”, ressaltou.

Para o can­dida­to, tal difi­cul­dade pode ser super­a­da se a sociedade se con­sci­en­ti­zar da importân­cia da refor­ma trib­utária. “Se a sociedade estiv­er con­ven­ci­da, fica fácil con­vencer o Con­gres­so Nacional. Se a sociedade não estiv­er con­ven­ci­da, é mais difí­cil con­vencer o Con­gres­so Nacional.”

De acor­do com Lula, alter­ações na for­ma de arrecadação são necessárias inclu­sive para man­ter os bene­fí­cios que garan­tem ren­da mín­i­ma à parcela mais pobre da pop­u­lação. “O mun­do inteiro está dis­cutin­do como o Esta­do [pode] fun­cionar para sus­ten­tar as pes­soas pobres que não con­seguem mais emprego. Vamos cuidar dis­so com muito car­in­ho tam­bém logo no começo do nos­so manda­to”, afir­mou.

Prefeitos

À tarde, em São Paulo, Lula rece­beu rep­re­sen­tantes da Con­fed­er­ação Nacional dos Municí­pios (CNM), enti­dade que rep­re­sen­ta municí­pios com menos de 80 mil habi­tantes. O can­dida­to rece­beu um cader­no de pro­postas do setor e se com­pro­m­e­teu a esta­b­ele­cer um amp­lo diál­o­go com os entes fed­er­a­tivos, logo no iní­cio do manda­to, com uma reunião com todos os 27 gov­er­nadores, segui­da de encon­tros com gestores munic­i­pais. “O que é impor­tante é que um pres­i­dente da Repúbli­ca não pode gov­ernar um país sem con­ver­sar com gov­er­nadores e sem con­ver­sar com os prefeitos”, disse.

Lula tam­bém falou da pos­si­bil­i­dade de aumen­tar os repass­es para o Fun­do de Par­tic­i­pação dos Municí­pios. “Se a gente gan­har as eleições, os prefeitos serão trata­dos com mui­ta dig­nidade, com muito respeito e mui­ta defer­ên­cia, inclu­sive aumen­tar o Fun­do de Par­tic­i­pação dos Municí­pios. Porque a gente vai aprovan­do leis e dan­do respon­s­abil­i­dades aos prefeitos, e muitas vezes não se dá o recur­so”, afir­mou.

Matéria atu­al­iza­da às 18h31 para acrésci­mo da cober­tu­ra da agen­da de cam­pan­ha de Lula no perío­do da tarde.

Edição: Nádia Fran­co

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