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“Lula não sobe a rampa”: documento apreendido planejava impedir posse

Manuscrito faz parte do relatório da Polícia Federal

Sab­ri­na Craide — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 26/11/2024 — 18:14
Brasília
Repro­dução: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Um doc­u­men­to man­u­scrito apreen­di­do pela Polí­cia Fed­er­al (PF) na sede do Par­tido Lib­er­al (PL)  propõe ações para inter­romper o proces­so de tran­sição de gov­er­no, “mobi­liza­ção de juris­tas e for­madores de opinião”. 

O doc­u­men­to encer­ra com o tex­to “Lula não sobe a ram­pa”. Segun­do a PF, em uma clara alusão ao imped­i­men­to de que o vence­dor das eleições de 2022 assumisse o car­go da presidên­cia.

A infor­mação está no relatório da PF que indi­cia 37 acu­sa­dos. O sig­i­lo foi der­ruba­do nes­ta terça-feira (26) pelo min­istro do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF) Alexan­dre de Moraes, rela­tor do chama­do inquéri­to do golpe.

Brasília (DF), 26/11/2024 - Página do inquérito da Polícia Federal de indiciamento de crimes com Manuscrito do general Braga Netto. Foto: Polícia Federal/Divulgação

Reprodução: Inquérito da PF de indiciamento de crimes com manuscrito do general Braga Netto. Foto: Polícia Federal/divulgação

O mate­r­i­al apreen­di­do na mesa do asses­sor do gen­er­al Wal­ter Bra­ga Net­to, coro­nel Pere­gri­no, faz um esboço de ações plane­jadas para a denom­i­na­da “Oper­ação 142”. O nome dado ao doc­u­men­to faz alusão ao arti­go 142 da Con­sti­tu­ição Fed­er­al que tra­ta das Forças Armadas e que, segun­do a PF, era uma pos­si­bil­i­dade aven­ta­da pelos inves­ti­ga­dos como meio de imple­men­tar uma rup­tura insti­tu­cional após a der­ro­ta eleitoral do então pres­i­dente Bol­sonaro.

Segun­do a PF, out­ros tópi­cos do doc­u­men­to trazem siglas e jargões próprios do mil­i­taris­mo como “CG Pol” (Cen­tro de Gravi­dade Políti­co), com a descrição de medi­das autoritárias, “que demon­stram a intenção dos inves­ti­ga­dos em exe­cu­tar um golpe de Esta­do para man­ter o então pres­i­dente Jair Bol­sonaro no poder”, diz o relatório.

Ter­mos como “Anu­lação das eleições”, “Pror­ro­gação dos mandatos”, “Sub­sti­tu­ição de todo TSE” e “Preparação de novas eleições” foram encon­tra­dos no doc­u­men­to apreen­di­do na sede do PL.

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