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Lula reafirma apoio à solução negociada para a paz na Ucrânia

Repro­dução: © Ricar­do Stuckert/PR

Presidentes brasileiro e português falam com a imprensa em Lisboa


Pub­li­ca­do em 22/04/2023 — 11:04 Por Ana Cristi­na Cam­pos – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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O pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va reit­er­ou neste sába­do (22) o apoio do gov­er­no brasileiro à solução nego­ci­a­da para a paz na Ucrâ­nia, inva­di­da há mais de um ano pela Rús­sia, em declar­ação à impren­sa no Palá­cio de Belém, em Lis­boa. Lula começou nes­sa sex­ta-feira (21) viagem de Esta­do à Por­tu­gal e Espan­ha.

“Ao mes­mo tem­po em que meu gov­er­no con­de­na a vio­lação à inte­gri­dade ter­ri­to­r­i­al da Ucrâ­nia, defend­emos uma solução políti­ca nego­ci­a­da para o con­fli­to. Pre­cisamos cri­ar urgen­te­mente um grupo de país­es que ten­tem sen­tar-se à mesa tan­to com a Ucrâ­nia como com a Rús­sia para encon­trar a paz”, disse Lula.

O pres­i­dente reafir­mou que o Brasil con­de­nou a Rús­sia por ferir a inte­gri­dade ter­ri­to­r­i­al ucra­ni­ana des­de os primeiros dias do con­fli­to. “Não somos favoráveis à guer­ra, quer­e­mos a paz”, disse Lula. “É mel­hor encon­trar uma saí­da em torno de uma mesa do que con­tin­uar ten­tan­do encon­trar a saí­da num cam­po de batal­ha. Se você não fala em paz, você con­tribui para a guer­ra”.

O pres­i­dente por­tuguês, Marce­lo Rebe­lo de Sousa, desta­cou a neces­si­dade da reti­ra­da ime­di­a­ta das forças armadas rus­sas do ter­ritório ucra­ni­ano como condição fun­da­men­tal para ser pos­sív­el encon­trar uma reparação ao povo que sofreu a agressão, mas tam­bém como pon­to de par­ti­da para a con­strução de uma paz duradoura.

Comércio exterior

Lula tam­bém ressaltou o poten­cial de Por­tu­gal e Brasil de dobrarem o fluxo de comér­cio exte­ri­or, atual­mente por vol­ta dos US$ 6 bil­hões. “É pre­ciso que a gente seja mais ousa­do. E é pre­ciso que tan­to nos­sos empresários quan­to nos­sos min­istros con­versem mais e pro­jetem per­spec­ti­vas de futuro no finan­cia­men­to das nos­sas indús­trias e na pro­dução de novos pro­du­tos entre os dois país­es”.

O pres­i­dente por­tuguês reafir­mou seu total apoio à rat­i­fi­cação do acor­do de livre comér­cio entre o Mer­co­sul e a União Europeia. Aprova­do em 2019, após 20 anos de nego­ci­ações, o acor­do Mer­co­sul-UE pre­cisa ser rat­i­fi­ca­do pelos par­la­men­tos de todos os país­es dos dois blo­cos para entrar em vig­or, uma trami­tação que envolve 31 país­es. O acor­do cobre temas tan­to tar­ifários quan­to de natureza reg­u­latória, como serviços, com­pras gov­er­na­men­tais, facil­i­tação de comér­cio, bar­reiras téc­ni­cas, medi­das san­itárias e fitossan­itárias e pro­priedade int­elec­tu­al.

Visita oficial

Mais cedo, Lula par­ticipou cer­imô­nia de boas-vin­das na Praça do Império, em frente ao Mosteiro do Jerôn­i­mo, e da deposição de flo­res jun­to ao túmu­lo do poeta por­tuguês Luís de Camões, no inte­ri­or do mosteiro. Na sequên­cia, Lula teve encon­tro bilat­er­al com o pres­i­dente Marce­lo Rebe­lo de Sousa, no Palá­cio de Belém.

Em segui­da, haverá almoço ofer­e­ci­do pelo primeiro-min­istro Antônio Cos­ta e, à tarde, ocorre a 13ª Cúpu­la Luso-Brasileira, no Cen­tro Cul­tur­al de Belém, com a assi­natu­ra dos acor­dos bilat­erais. Ini­cial­mente, os dois chefes de gov­er­no têm reunião reser­va­da, segui­do de uma plenária com as duas del­e­gações.

De acor­do com o Palá­cio do Planal­to, serão assi­na­dos pelo menos 13 acor­dos e parce­rias com o gov­er­no por­tuguês.

Edição: Valéria Aguiar

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