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Maceió está em alerta máximo devido ao risco de afundamento de solo

Repro­dução: © UFAL

Situação é causada pelo possível colapso de mina da Braskem


Pub­li­ca­do em 01/12/2023 — 12:55 Por Luciano Nasci­men­to — Repórter da Agên­cia Brasil — São Luís

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A Defe­sa Civ­il de Maceió (AL) infor­mou que con­tin­ua em aler­ta máx­i­mo dev­i­do ao risco imi­nente de colap­so em uma mina de explo­ração de sal-gema da Braskem na região do anti­go cam­po do CSA, no Mutange. Segun­do nota divul­ga­da no final da man­hã des­ta sex­ta-feira (1), o deslo­ca­men­to ver­ti­cal acu­mu­la­do da mina é de 1,42 met­ros e a veloci­dade ver­ti­cal é de 2,6 cen­tímet­ros por hora.

“Por pre­caução, a recomen­dação é clara: a pop­u­lação não deve tran­si­tar na área des­ocu­pa­da até uma nova atu­al­iza­ção da Defe­sa Civ­il, enquan­to medi­das de con­t­role e mon­i­tora­men­to são apli­cadas para reduzir o peri­go”, disse a Defe­sa Civ­il. “A equipe de análise da Defe­sa Civ­il ressalta que essas infor­mações são baseadas em dados con­tín­u­os, incluin­do anális­es sís­mi­cas”.

A mina 18 é for­ma­da por cav­er­nas aber­tas pela Braskem para extração de sal-gema e que estavam sendo fechadas des­de que o Serviço Geológi­co do Brasil (CPRM) con­fir­mou que a ativi­dade havia provo­ca­do o afun­da­men­to do solo na na região. O sal-gema é uma matéria-pri­ma usa­da na indús­tria para obtenção de pro­du­tos como cloro, áci­do clorí­dri­co, soda cáus­ti­ca e bicar­bon­a­to de sódio.

Situação de emergência

Ontem (30), a prefeitu­ra de Maceió decre­tou situ­ação de emergên­cia por 180 dias por causa do imi­nente colap­so da mina, que pode provo­car o afun­da­men­to do solo em vários bair­ros. A área já está des­ocu­pa­da e a cir­cu­lação de embar­cações da pop­u­lação está restri­ta na região da Lagoa Mundaú, no bair­ro do Mutange, na cap­i­tal.

Nove esco­las foram estru­tu­radas com car­ros-pipa, colchões, ali­men­tação, equipes de saúde, equipes da Guar­da Munic­i­pal e de assistên­cia social para rece­ber até 5 mil pes­soas vin­das das regiões afe­tadas.

Os min­istros do Desen­volvi­men­to e Assistên­cia Social, Família e Com­bate à Fome, Welling­ton Dias, e dos Trans­portes, Renan Fil­ho, tam­bém vis­i­taram Maceió com uma equipe de téc­ni­cos para mon­i­torar a situ­ação.

Em uma rede social, Renan Fil­ho disse que a empre­sa pre­cisa ser respon­s­abi­liza­da pela situ­ação. “Não é hora de atribuir respon­s­abil­i­dade a quem não deve. A Braskem pre­cisa ser respon­s­abi­liza­da civ­il e crim­i­nal­mente pelo crime ambi­en­tal cometi­do em Maceió, garan­ti­n­do a reparação aos danos mate­ri­ais e ambi­en­tais cau­sa­dos aos maceioens­es”, disse.

Dias tam­bém se man­i­festou sobre a gravi­dade da situ­ação. “O cenário é grave, esta­mos falan­do de aba­los sís­mi­cos, bair­ros afun­dan­do, con­se­quên­cias de um pos­sív­el crime socioam­bi­en­tal. O MDS está aten­to para acom­pan­har de per­to a situ­ação e prestar­mos a assistên­cia necessária para aju­dar no que for pre­ciso”, escreveu.

Braskem

Em nota, a Braskem diz con­tin­ua mobi­liza­da e mon­i­toran­do a situ­ação  da mina 18, toman­do todas as medi­das cabíveis para min­i­miza­ção do impacto de pos­síveis ocor­rên­cias e que a área está iso­la­da des­de terça-feira (28). A empre­sa ressalta ain­da que a região está desabita­da des­de 2020;

“Referi­do mon­i­tora­men­to, com equipa­men­tos de ulti­ma ger­ação, foi imple­men­ta­do para garan­tir a detecção de qual­quer movi­men­tação no solo da região e via­bi­lizar o acom­pan­hamen­to pelas autori­dades e a adoção de medi­das pre­ven­ti­vas como as que estão sendo ado­tadas no pre­sente momen­to”, disse a empre­sa..

Edição: Aline Leal

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