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Maceió: região da mina 18 afunda 6 centímetros em 24 horas

Repro­dução: © UFAL

Defesa Civil alerta que o risco de desabamento permanece


Pub­li­ca­do em 07/12/2023 — 19:13 Por Daniel­la Almei­da — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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A Defe­sa Civ­il de Maceió (AL) infor­mou, nes­ta quin­ta-feira (7) que o afun­da­men­to acu­mu­la­do do solo do bair­ro do Mutange, onde a Braskem extraía sal-gema, atingiu 1,99 metro e a veloci­dade do afun­da­men­to é de 0,25 cen­tímetro (cm) por hora. O deslo­ca­men­to ver­ti­cal apre­sen­tan­do nas 24 horas ante­ri­ores ao relatório foi de 6 cm.  

Diante da situ­ação, o órgão da prefeitu­ra munic­i­pal aler­ta que per­manece o risco de colap­so (desaba­men­to) do ter­reno aci­ma da mina 18 da Braskem.

Téc­ni­cos do Min­istério de Minas e Ener­gia (MME), do Serviço Geológi­co do Brasil (SGB) e da Agên­cia Nacional de Min­er­ação (ANM), que com­põem a sala de situ­ação do gov­er­no fed­er­al, tam­bém estão na cap­i­tal alagoana para anális­es diárias a par­tir dos dados sís­mi­cos da área afe­ta­da obti­dos pelas Defe­sas Civis estad­ual e munic­i­pal e pela petro­quími­ca Braskem, que acom­pan­ham o local em tem­po inte­gral.

No relatório mais recente, os espe­cial­is­tas da sala de situ­ação avaliam que o “quadro de insta­bil­i­dade geológ­i­ca em Maceió (AL) está em aco­modação” e que está mel­ho­ran­do diari­a­mente. No entan­to, a Sala de Situ­ação recomen­da cautela máx­i­ma na região e mon­i­tora­men­to inte­gral.

Por pre­caução, a recomen­dação da Defe­sa Civ­il de Maceió é para que a pop­u­lação não tran­site na área des­ocu­pa­da até uma nova ori­en­tação do órgão, que deve vir após a adoção de medi­das de con­t­role e mon­i­tora­men­to para reduzir o peri­go da região.

Governo federal

Em Brasília, nes­ta quin­ta-feira, o min­istro de Minas e Ener­gia (MME), Alexan­dre Sil­veira, afir­mou que a preser­vação da vida é a grande pre­ocu­pação do gov­er­no fed­er­al neste primeiro momen­to. A declar­ação foi dada após a des­ocu­pação das últi­mas 40 residên­cias de famílias que ain­da moravam na área afe­ta­da, den­tro bair­ro do Mutange.

Brasília, DF 07/12/2023 O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, falam com a imprensa após se reunirem com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na residência oficial do Senado. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Repro­dução: Min­istro das Minas e Ener­gia, Alexan­dre Sil­veira, ressalta que preser­vação da vida é a grande pre­ocu­pação do gov­er­no — Fabio Rodrigues-Pozze­bom/ Agên­cia Brasil

O min­istro disse ain­da que, a par­tir do agrava­men­to da crise geológ­i­ca, o gov­er­no fed­er­al tem dis­cu­ti­do ações para min­i­mizar os impactos à pop­u­lação morado­ra do local e com­er­ciantes.

“Ago­ra, nat­u­ral­mente, nós vamos dis­cu­tir, do pon­to de vista de gov­er­no, como se darão os des­do­bra­men­tos desse prob­le­ma, que é um prob­le­ma social, é um prob­le­ma políti­co e é um prob­le­ma tam­bém téc­ni­co.”

Por meio dos mon­i­tora­men­tos feitos pela Sala de Situ­ação, Alexan­dre Sil­veira disse que o Min­istério de Minas e Ener­gia tem infor­ma­do a Casa Civ­il da Presidên­cia da Repúbli­ca, o vice-pres­i­dente da Repúbli­ca, Ger­al­do Alck­min, e demais órgãos rela­ciona­dos ao tema sobre cada movi­men­tação do solo em Maceió. “Estou pre­sidin­do a sala de situ­ação e, se necessário, estarei em Maceió para poder avaliar com cuida­do os pos­síveis danos que a explo­ração do sal-gema cau­sou naque­la região,” diz o min­istro.

O min­istro adiantou que assim que o pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va chegar a Brasília, após par­tic­i­par da Cúpu­la de Chefes de Gov­er­no do Mer­co­sul, rece­berá infor­mações adi­cionais sobre a real situ­ação em Maceió; “Para que pos­sa avaliar a neces­si­dade e a con­tinuidade de medi­das que já tomou, mes­mo via­jan­do, a fim de min­i­mizar os impactos desse dra­ma que vive a pop­u­lação de Maceió.”, disse Sil­veira.

Edição: Aline Leal

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