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Maduro reage e diz que instituições da Venezuela resolverão impasse

 

Repro­dução: Agên­cia Brasil / EBC

Presidente afirma que “não faz diplomacia de microfone”


Publicado em 16/08/2024 — 10:35 Por Lucas Pordeus León — Repórter da Agência Brasil — Brasília

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O pres­i­dente da Venezuela, Nicolás Maduro, reag­iu à pressão inter­na­cional que líderes globais vêm fazen­do sobre a eleição pres­i­den­cial do país do últi­mo dia 28 de jul­ho. Ele disse que as questões eleitorais inter­nas da Venezuela serão resolvi­das pelas insti­tu­ições venezue­lanas.

“A Venezuela tem sobera­nia, é um país inde­pen­dente com uma Con­sti­tu­ição, tem insti­tu­ições e os con­fli­tos que exis­tem na Venezuela de qual­quer tipo são resolvi­dos entre os venezue­lanos, com as suas insti­tu­ições, com a sua lei, com a sua Con­sti­tu­ição”, infor­mou o pres­i­dente em entre­vista à emis­so­ra estatal VTV.

A repórter ques­tio­nou Maduro sobre as posições dos pres­i­dentes brasileiro, colom­biano, mex­i­cano e dos Esta­dos Unidos. Maduro respon­deu que “não faz diplo­ma­cia de micro­fone” e que “cada pres­i­dente sabe, cada Esta­do, cada país sabe o que deve faz­er com os seus assun­tos inter­nos”.

Nes­sa quin­ta-feira (15), o pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va enfa­ti­zou que não recon­heceu ain­da a vitória de Maduro. Segun­do Lula, é necessária a divul­gação dos dados detal­ha­dos por mesa de votação. O pres­i­dente colom­biano, Gus­ta­vo Petro, tem man­i­fes­ta­do a mes­ma posição.

Por out­ro lado, o pres­i­dente mex­i­cano López Obrador afir­mou que irá aguardar a decisão do Tri­bunal Supre­mo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que infor­mou ter ini­ci­a­do a perí­cia do mate­r­i­al eleitoral disponi­bi­liza­do pelos par­tidos e pelo Poder Eleitoral do país. Já o gov­er­no dos Esta­dos Unidos recon­heceu a vitória do opos­i­tor Edmun­do González e pede uma tran­sição pací­fi­ca.

Maduro lem­brou as acusações de fraude nos EUA, feitas pelo can­dida­to der­ro­ta­do em 2020, Don­ald Trump, e no Brasil, pro­feri­das pelo can­dida­to der­ro­ta­do Jair Bol­sonaro, em 2022. Ambos, sem provas, acusaram a eleição, que perder­am, de ser frau­da­da.

“Ninguém saiu ao mun­do para diz­er a eles, olha, hou­ve fraude, deixe-os faz­er isso, deixe-os faz­er aqui­lo”, disse Maduro sobre o caso dos EUA. Sobre o Brasil, enfa­ti­zou que a questão foi resolvi­da pelas insti­tu­ições brasileiras.

“Quem decid­iu foi o Brasil e não saiu ninguém da Venezuela, nem nos­so gov­er­no, nem ninguém, para pedir qual­quer coisa, quem decid­iu foi o tri­bunal. A palavra sagra­da é tri­bunal do Brasil. É uma questão do Brasil”, comen­tou.

Em relação ao gov­er­no dos EUA, Maduro disse que é difer­ente pelo fato de os norte-amer­i­canos terem uma “diplo­ma­cia impe­r­i­al”. “Rejeito total e abso­lu­ta­mente que o gov­er­no dos EUA pre­ten­da tornar-se a autori­dade eleitoral da Venezuela”, asse­gurou.

Questionamento

A reeleição de Nicolás Maduro — anun­ci­a­da pelo Con­sel­ho Nacional Eleitoral (CNE) do país — vem sendo ques­tion­a­da pela oposição e por alguns país­es pelo fato de o Poder Eleitoral não disponi­bi­lizar os dados por mesa de votação, como cos­tu­ma­va faz­er, além de ter sus­pendi­do as três audi­to­rias pre­vis­tas para depois do pleito.

Um recur­so apre­sen­ta­do pelo gov­er­no lev­ou o caso para a Supre­ma corte venezue­lana. A oposição ale­ga que essa é uma usurpação das com­petên­cias do CNE. O tri­bunal venezue­lano infor­mou que divul­gará decisão final sobre o impasse nos próx­i­mos dias. A leg­is­lação eleitoral da Venezuela diz que o CNE tem 30 dias — após a procla­mação do resul­ta­do — para pub­licar os dados no Diário Ofi­cial do país.

Edição: Kle­ber Sam­paio

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