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Maioria dos homens reconhece que precisa tratar melhor da saúde

Repro­dução: © Val­ter Campanato/Agência Brasil

Dado é da pesquisa A Saúde do Brasileiro


Pub­li­ca­do em 04/11/2023 — 11:21 Por Lety­cia Bond — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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De cada dez home­ns, oito (83%) recon­hecem que pre­cisam cuidar mais da própria saúde, mas parce­las sig­ni­fica­ti­vas ain­da iden­ti­fi­cam, no dia a dia, empecil­hos. De acor­do com a pesquisa A Saúde do Brasileiro, do Insti­tu­to Lado a Lado pela Vida, em parce­ria com o Qual­iBest, 51% deles apon­tam a roti­na estres­sante como o prin­ci­pal obstácu­lo e 32%, o aces­so à saúde. Ao todo, 63% dis­ser­am que se pre­ocu­pam muito com a própria saúde.

Para con­hecer a per­cepção do grupo, a enti­dade entre­vis­tou 815 pes­soas, dos quais mais da metade (52%) é usuária do Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS), pouco mais de um quar­to (27%) uti­liza o sis­tema suple­men­tar (planos e seguros de saúde) e cer­ca de um quin­to (21%) usa ambos os sis­temas de saúde.

A equipe de sondagem apurou, ain­da, que a pro­porção de home­ns que dizem ir ao médi­co ao menos uma vez ao ano é sig­ni­fica­ti­va, de 88%. Um pon­to que se desta­ca é o fato de que 84% dos entre­vis­ta­dos dis­ser­am que quem agen­da as próprias con­sul­tas médi­cas são eles mes­mos, restando 10% que ain­da depen­dem das com­pan­heiras para realizar essa tare­fa em seu lugar.

Emb­o­ra haja os que per­manecem del­e­gan­do a respon­s­abil­i­dade, a pres­i­dente do Insti­tu­to Lado a Lado pela Vida, Mar­lene Oliveira, avalia que o que se viu, ao lon­go dos anos, foi pro­gres­so em relação a isso. “É que a gente fala do Brasil, que tem dimen­são con­ti­nen­tal. Tem regiões em que o homem ain­da tem pre­con­ceito muito forte e ele não se cui­da. Mas a cam­pan­ha Novem­bro Azul tem cumpri­do seu papel, que é de ori­en­tação”, expli­cou.

Muitas vezes, como ressalta Mar­lene, os home­ns acabam agra­van­do quadros de saúde que pode­ri­am ter sido diag­nos­ti­ca­dos pre­co­ce­mente, o que, inclu­sive, onera as redes de saúde, já que os trata­men­tos acabam cus­tan­do mais em fas­es mais avançadas.

“Nós temos um dado do ano pas­sa­do, de uma pesquisa que fize­mos, que é o de que 62% dos home­ns só procu­ram o sis­tema de saúde se estão sentin­do algo insu­portáv­el”, rev­el­ou.

Dos home­ns que par­tic­i­param da pesquisa e demon­straram pre­ocu­pação com o cor­po, 42% deles assumi­ram estar aci­ma do peso indi­ca­do. Desse total, 31% têm sobrepe­so de 6 qui­los a 10 qui­los, enquan­to um quar­to dos entre­vis­ta­dos (25%) pesa, atual­mente, 15 qui­los a mais do que o ide­al.

A pesquisa iden­ti­fi­cou ain­da alguns tipos de trata­men­to que os home­ns têm feito. No total, 16% dos respon­dentes infor­maram trata­men­to de doenças do coração real­iza­do nos últi­mos 5 anos; 15% trataram a obesi­dade e 14% as doenças res­pi­ratórias. Uma por­cent­agem bas­tante infe­ri­or, de ape­nas 3%, tra­tou algum tipo de câncer.

Mar­lene Oliveira defende que, por con­ta dos prob­le­mas rela­ciona­dos ao mod­e­lo de vir­il­i­dade que a sociedade ali­men­ta, que reforça a ideia de que home­ns não podem ter frag­ili­dades, as famílias fomentem dis­cussões sobre a saúde do homem des­de cedo com os meni­nos, da mes­ma for­ma como fazem a edu­cação das meni­nas nesse âmbito, além de cam­pan­has pro­movi­das pelo poder públi­co.

“As meni­nas, a par­tir de 12, 13 anos, a gente já edu­ca que vai ter que acom­pan­har sua saúde ginecológ­i­ca e out­ras coisas. E a gente, mul­her, se toca e acende um aler­ta quan­do percebe algu­ma coisa difer­ente. O homem, não, vai con­viven­do com aqui­lo, porque acha que é nor­mal”.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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