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Mais de 600 mil pessoas devem visitar Bienal do Livro de São Paulo

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

Evento começou na sexta-feira (6) e vai até domingo (15)


Publicado em 12/09/2024 — 08:00 Por Flávia Albuquerque — Repórter da Agência Brasil — São Paulo

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Mais de 600 mil vis­i­tantes são esper­a­dos na 27ª edição da Bien­al Inter­na­cional do Livro de São Paulo, que começou na sex­ta-feira (6) e vai até domin­go (15), no Dis­tri­to Anhem­bi. Com o lema “Quem lê faz grandes ami­gos”, o even­to tem a pre­sença de 83 autores nacionais e 33 inter­na­cionais. Entre as novi­dades des­ta edição está o foco nos autores e na pro­dução literária nacional.

São Paulo (SP), 11/09/2024 - A presidente da Câmara Brasileira do Livro, Sevani Matos, fala sobre a 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo no Anhembi. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Repro­dução: A pres­i­dente da Câmara Brasileira do Livro, Sevani Matos, fala sobre a 27ª Bien­al Inter­na­cional do Livro de São Paulo — Rove­na Rosa/Agência Brasil

“O que nós quer­e­mos é que todos os autores e autoras, os con­sagra­dos e os con­tem­porâ­neos ten­ham um espaço na Bien­al e pos­sam apre­sen­tar seu tra­bal­ho, sua lit­er­atu­ra, inde­pen­dente do gênero literário e das faixas etárias, porque a bien­al é o momen­to de nós mostrar­mos para os vis­i­tantes e para o país toda a pro­dução literária que é fei­ta no Brasil”, desta­cou a pres­i­dente Câmara Brasileira do Livro, Sevani de Matos Oliveira.

Além dis­so, há o Espaço Infân­cia total­mente ren­o­va­do, onde as cri­anças poderão ter seu primeiro con­ta­to com o livro. Aque­las que já tiver­am poderão con­hecer livros novos, inter­a­gir com autores e assi­s­tir à con­tação de histórias. “Nós temos um totem que mon­ta uma his­tor­in­ha, então a cri­ança pode escol­her seus per­son­agens. Tudo isso é uma for­ma lúdi­ca de moti­var as cri­anças a con­tin­uarem a ler porque eles são os leitores do futuro”, disse Sevani. Há ain­da o Espaço Edu­cação, que é novo, onde os profis­sion­ais da edu­cação têm uma pro­gra­mação ofi­cial para dis­cu­tir o tema.

São Paulo (SP), 11/09/2024 - Homenagem ao Ziraldo na 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no Anhembi. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Repro­dução: Hom­e­nagem ao Ziral­do na 27ª Bien­al Inter­na­cional do Livro de São Paulo — Rove­na Rosa/Agência Brasil

Ao todo são 13 espaços difer­entes, incluin­do um estande de hom­e­nagem a Ziral­do, autor do livro O Meni­no Maluquin­ho, que mor­reu em abril, aos 91 anos. O espaço é inter­a­ti­vo, e as pes­soas podem desen­har e pin­tar os per­son­agens do autor. “Ali há uma peque­na amostra de como ele desen­ha­va, de como ele pedia para ser col­ori­do e podem par­tic­i­par pes­soas de todas as idades”, expli­cou a pres­i­dente.

Out­ro destaque, com 300 met­ros quadra­dos, é ded­i­ca­do à Colôm­bia. Ali os vis­i­tantes podem con­hecer os autores e autoras colom­bianos e suas obras. “O estande traz uma exposição sobre o ciclo da bor­racha na Amazô­nia, porque o Brasil e a Colôm­bia divi­dem o ter­ritório amazôni­co. Foi feito um tra­bal­ho de pesquisa lin­do com recu­per­ação de ima­gens de mais de um sécu­lo. Esse filme é exibido diari­a­mente e mostra como foi o ciclo da bor­racha. Vale a visi­ta”, disse Sevani.

Visitas de alunos e professores

Um dos pon­tos impor­tantes da bien­al é a visi­ta de pro­fes­sores e alunos tan­to da rede públi­ca quan­to da pri­va­da. Segun­do Sevani, são esper­a­dos em todos os dias da feira mais de 90 mil alunos que se inscrever­am. “Essa vis­i­tas são impor­tantes porque, no caso dos pequenos, eles começam a ter o con­ta­to com o mun­do dos livros. E os ado­les­centes já podem escol­her o que eles gostam, con­hecer o que tem no mer­ca­do, encon­trar o autor, pegar autó­grafo quan­do o autor está na pro­gra­mação do dia.”

São Paulo (SP), 11/09/2024 - Contação de história na 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no Anhembi. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Repro­dução: Con­tação de histórias na 27ª Bien­al Inter­na­cional do Livro de São Paulo — Rove­na Rosa/Agência Brasil

Para a pres­i­dente Câmara Brasileira do Livro, estar na bien­al tam­bém é uma for­ma de as cri­anças e ado­les­centes faz­erem novas amizades e inter­a­girem den­tro do ambi­ente de lit­er­atu­ra e fes­ta. “A vis­i­tação é impor­tante porque desco­brir o mun­do dos livros, desco­brir quan­tos livros, a bli­b­lio­di­ver­si­dade, os per­son­agens, encan­ta. Uma vis­i­tação dessa é uma moti­vação para que eles con­tin­uem a ler”, reforçou Sevani Oliveira.

Yas­min Stephanie, de 15 anos, é alu­na da rede par­tic­u­lar e con­tou que a esco­la onde estu­da orga­ni­zou a visi­ta à bien­al. O inter­esse em par­tic­i­par do pas­seio se deve ao fato de gostar muito de ler e por 2024 estar sendo um ano de muitas leituras.

“Eu já vim quan­do era menor, mas ago­ra eu vejo a bien­al como uma exper­iên­cia mes­mo, ten­ho mais con­sciên­cia para aproveitar. Eu acho que vim mais por influên­cia das redes soci­ais que estavam elo­gian­do muito e estou gostan­do de con­hecer. As pro­moções tam­bém valem muito a pena, já com­prei dez livros. Gos­to muito de romances e fan­ta­sia”, afir­mou.

São Paulo (SP), 11/09/2024 - 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo no Anhembi. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Repro­dução: A 27ª Bien­al Inter­na­cional do Livro de São Paulo vai até domin­go (15) — Rove­na Rosa/Agência Brasil

Pro­fes­so­ra de uma esco­la par­tic­u­lar de São José dos Cam­pos, no inte­ri­or de São Paulo, Juliana Esco­bar Rocha Mag­a­n­ha esta­va com três tur­mas de 6º ano, um total de 55 alunos. Ela apon­tou a imer­são cul­tur­al, com a grande quan­ti­dade de livros, como o pon­to mais impor­tante de uma visi­ta à bien­al.

“É uma var­iedade de livros e autores que às vezes eles nem con­heci­am. Tem um grupo que acabou de con­hecer um autor ali em um estande e todos se apaixonaram pelo livro dele, com­praram, pegaram autó­grafo, foi muito legal.”

Para Juliana, estar no even­to aju­da a estim­u­lar a leitu­ra e prop­i­cia um aces­so quem eles não têm na cidade onde moram. “Às vezes, na cidade onde moramos, nós não temos tan­to aces­so, porque não tem tan­tas livrarias. Onde moramos é um cidade grande, mas, com­para­da à bien­al, não tem taman­ho. Estão todos muito ani­ma­dos. Não tem ninguém sem saco­la na mão”, fes­te­jou.

Edição: Juliana Andrade

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