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Manifestantes fazem ato pró-Gaza em São Paulo

Mobilização é realizada também em outras cidades do mundo

Guil­herme Jerony­mo — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 15/06/2025 — 15:41
 — Atu­al­iza­do em 15/06/2025 — 16:55
São Paulo
São Paulo-15/06/2025 Manifestantes se unem a protestos mundiais e fazem ato nesta domingo pró-Palestina no centro de São Paulo. Foto Guilherme Jeronymo/ Agência Brasil.
Repro­dução: © Guil­herme Jeronymo/ Agên­cia Brasil.

Mil­hares de pes­soas par­tic­i­pam na tarde deste domin­go (15), na cap­i­tal paulista, de mar­cha em apoio ao povo palesti­no na Faixa de Gaza, que enfrenta crise human­itária diante dos ataques mil­itares de Israel. A mobi­liza­ção tem o apoio de orga­ni­za­ções de mobi­liza­ção pop­u­lar, sindi­catos e políti­cos de esquer­da.

Na con­vo­cação, os orga­ni­zadores infor­maram que o ato faz parte da “Mar­cha Glob­al para Gaza”, ini­cia­ti­va inter­na­cional mobi­liza­da por movi­men­tos pop­u­lares, orga­ni­za­ções soci­ais, cole­tivos e ativis­tas de dire­itos humanos.

No ato, par­la­mentares e ativis­tas defend­er­am um ces­sar-fogo na região, fim do con­fli­to e que o gov­er­no brasileiro rompa as relações com­er­ci­ais com o gov­er­no de Ben­jamin Netanyahu.

A ativista Soraya Mis­leh, de origem palesti­na, par­tic­i­pa das mobi­liza­ções con­tra o con­fli­to des­de os primeiros atos e con­sider­ou a man­i­fes­tação de hoje históri­ca, de con­strução mais ampla e unin­do a comu­nidade árabe palesti­na no Brasil, par­tidos e movi­men­tos.

“As vozes palesti­nas e o ape­lo do povo palesti­no pedem por iso­la­men­to inter­na­cional aos moldes do que foi feito em relação ao apartheid na África do Sul nos anos 90. Neste momen­to, nós esta­mos viven­do um holo­caus­to na Palesti­na, em Gaza, e um blo­queio muito crim­i­noso em que Israel bus­ca a solução final na con­tínua Nak­ba, catástrofe que já dura mais de 77 anos”, disse a ativista.

O pesquisador cria­ti­vo Cauê Teles, e o fil­ho Gui­do, de 8 anos, acom­pan­haram o ato. “A gente está vin­do aqui para poder deman­dar que o nos­so gov­er­no rompa as relações com Israel, como vários out­ros gov­er­nos já estão fazen­do, como a Colôm­bia, porque a gente não pode con­tin­uar apoian­do o Esta­do colo­nial, que está fazen­do um genocí­dio”, disse o pesquisador. Já o pequeno Gui­do acha impor­tante protes­tar, pois cri­anças têm sido as prin­ci­pais víti­mas das bom­bas israe­lens­es.

A pro­fes­so­ra Raquel, que preferiu não infor­mar o sobrenome para não sofr­er retal­i­ação, disse que o ato vem para apoiar o povo palesti­no, “enquan­to Israel amplia o con­fli­to e ago­ra bom­bardeia o Irã”. “Pre­cisamos faz­er algu­ma coisa”, con­cla­ma.

Para o admin­istrador André Luiz, chegou a hora de aderir “à neces­si­dade do gov­er­no brasileiro romper relações diplomáti­cas e com­er­ci­ais com o Esta­do de Israel, porque real­mente ultra­pas­sou o lim­ite”.

O grupo cam­in­hou, de for­ma pací­fi­ca, da Praça Roo­sevelt, no cen­tro da cap­i­tal, em direção à Praça Cinquentenário de Israel, em Higien­ópo­lis. A pedi­do da polí­cia, a man­i­fes­tação se encer­rou na Praça Charles Miller. Não foi infor­ma­do o moti­vo da solic­i­tação.

A man­i­fes­tação ain­da pres­ta apoio à car­a­vana que cruza o Egi­to em direção a Rafah, cidade palesti­na situ­a­da no sul da Faixa de Gaza.

Há mar­chas em apoio ao povo palesti­no em out­ras cidades brasileiras, como Belo Hor­i­zonte, Boa Vista, Curiti­ba, For­t­aleza, Goiâ­nia, Por­to Ale­gre, Rio de Janeiro e Rio Grande (RS).

Ataques aére­os e dis­paros israe­lens­es mataram pelo menos 45 palesti­nos na Faixa de Gaza neste sába­do (14), a maio­r­ia per­to de um pon­to de dis­tribuição de aju­da, segun­do infor­mações da Agên­cia Reuters.

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