...
terça-feira ,25 março 2025
Home / Mulher / Marcha das Margaridas é aberta em Brasília

Marcha das Margaridas é aberta em Brasília

Repro­dução: © Wil­son Dias/Agência Brasil

Presidente Lula deve responder demandas das mulheres nesta quarta (16)


Pub­li­ca­do em 15/08/2023 — 21:28 Por Car­oli­na Pimentel — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

ouvir:

A 7ª Mar­cha das Mar­gari­das foi aber­ta ofi­cial­mente na noite des­ta terça-feira (15), even­to que reúne mais de 100 mil mul­heres do cam­po, da flo­res­ta, das águas e cidades na cap­i­tal fed­er­al. A aber­tu­ra teve a pre­sença de rep­re­sen­tantes dos movi­men­tos sindi­cais e de min­istros do gov­er­no fed­er­al.

O pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va deve faz­er anún­cios nes­ta quar­ta-feira (16) em respos­ta às prin­ci­pais deman­das das mul­heres. Ain­da em jun­ho, a orga­ni­za­ção da mar­cha lev­ou a pau­ta de solic­i­tações ao gov­er­no fed­er­al.

A min­is­tra da Saúde, Nísia Trindade, esteve na aber­tu­ra ofi­cial e ante­cipou que a pas­ta deve retomar o Grupo Ter­ra, foca­do em desen­volver políti­cas para as pop­u­lações do cam­po e da flo­res­ta; além de ações para acol­hi­men­to de mul­heres e cri­anças víti­mas de vio­lên­cia nas unidades bási­cas de saúde e recon­strução do comitê de avali­ação de plan­tas med­i­c­i­nais e fitoterápi­cas.

Algu­mas deman­das apre­sen­tadas pela mar­cha são a ampli­ação da par­tic­i­pação das mul­heres na políti­ca; com­bate à vio­lên­cia, racis­mo e sex­is­mo; autono­mia econômi­ca; aces­so à ter­ra e edu­cação; segu­rança ali­men­tar; pro­dução rur­al ali­a­da à agroe­colo­gia e uni­ver­sal­iza­ção da inter­net e inclusão dig­i­tal.

Para a coor­de­nado­ra-ger­al da mar­cha e secretária de Mul­heres da Con­fed­er­ação Nacional dos Tra­bal­hadores na Agri­cul­tura (Con­tag), Mazé Morais, a mar­cha “ren­derá fru­tos históri­cos capazes de mudar a vida de mul­heres por meio de uma platafor­ma de resistên­cia”. O lema da edição de 2023 é Pela Recon­strução do Brasil e Pelo Bem Viv­er.

A min­is­tra das Mul­heres, Cida Gonçalves, desta­cou que as par­tic­i­pantes mar­cham por seus ideais e por um país mais jus­to e pací­fi­co. “Nós não quer­e­mos que seja o país do ódio e da rai­va. Quer­e­mos que seja o país da paz”, disse.

Já Anielle Fran­co, min­is­tra da Igual­dade Racial, emo­cio­nou-se ao ver a hom­e­nagem presta­da a irmã Marielle Fran­co, vereado­ra do Rio de Janeiro assas­si­na­da em 2018. “Não vão nos intim­i­dar, não vão nos calar”, desta­cou.

Par­tic­i­param do even­to as min­is­tras Mari­na Sil­va (Meio Ambi­ente e Mudança do Cli­ma), Sônia Gua­ja­jara (Povos Indí­ge­nas), Luciana San­tos (Ciên­cia, Tec­nolo­gia e Ino­vação), Mar­gareth Menezes (Cul­tura) e Ana Moser (Esporte), além de min­istros e rep­re­sen­tantes da Caixa, Ban­co do Brasil e del­e­gações de 35 país­es.

As mul­heres realizarão a mar­cha nes­ta quar­ta-feira (16) na Esplana­da dos Min­istérios.

Margarida Alves

O Sena­do aprovou nes­ta terça-feira (15) a inscrição do nome de Mar­gari­da Alves no Livro dos Heróis e Heroí­nas da Pátria. A matéria segue ago­ra para sanção.

Des­de 2000, o nome da mar­cha é uma hom­e­nagem a Mar­gari­da Maria Alves, ex-pres­i­dente do Sindi­ca­to dos Tra­bal­hadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraí­ba. Ela foi assas­si­na­da em 12 de agos­to de 1983 em respos­ta a sua luta pelos dire­itos da cat­e­go­ria. Des­de então, a lid­er­ança se tornou sím­bo­lo da resistên­cia de mil­hares de home­ns e mul­heres que bus­cam justiça e dig­nidade. Lat­i­fundiários da região são sus­peitos do homicí­dio. Mas, até hoje, o crime segue sem solução e os man­dantes não foram con­de­na­dos.

O caso de Mar­gari­da Maria Alves chegou à Comis­são Inter­amer­i­cana de Dire­itos Humanos da Orga­ni­za­ção dos Esta­dos Amer­i­canos (OEA). Em abril de 2020, a comis­são con­cluiu que o Esta­do brasileiro é respon­sáv­el pela vio­lação dos dire­itos à vida, inte­gri­dade pes­soal, pro­teção e garan­tias judi­ci­ais de Mar­gari­da Alves. O relatório ain­da faz recomen­dações ao Esta­do brasileiro sobre como reparar inte­gral­mente os famil­iares da víti­ma; a inves­ti­gação efe­ti­va para esclare­cer os fatos; o for­t­alec­i­men­to do Pro­gra­ma de Pro­teção a Defen­sores de Dire­itos Humanos, con­cen­tran­do-se na pre­venção de atos de vio­lên­cia.

Edição: Marce­lo Brandão

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

STF decide se Bolsonaro e aliados se tornarão réus por tramar golpe

Núcleo 1 é formado pelo ex-presidente e mais sete aliados André Richter – Repórter da …