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“Marielle foi meu escudo”, diz sobrevivente em depoimento ao STF

© REUTERS/Ricardo Moraes/Proibida repro­dução

Fernanda Chaves é ex-assessora da vereadora e sobrevivente do atentado


Publicado em 12/08/2024 — 20:32 Por Agência Brasil — Brasília

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A ex-asses­so­ra da vereado­ra Marielle Fran­co, Fer­nan­da Chaves, prestou depoi­men­to nes­ta segun­da-feira (12) ao Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF).

Úni­ca sobre­vivente do aten­ta­do, Fer­nan­da esta­va, ao lado de Marielle, no car­ro que foi metral­ha­do pelo ex-poli­cial mil­i­tar e réu con­fes­so Ron­nie Lessa, em março de 2018. O veícu­lo era con­duzi­do pelo motorista Ander­son Gomes.

Fer­nan­da foi arro­la­da pela Procu­rado­ria-Ger­al da Repúbli­ca (PGR) na ação penal na qual são réus pelo assas­si­na­to de Marielle e de Ander­son Gomes o con­sel­heiro do Tri­bunal de Con­tas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domin­gos Brazão, o irmão dele, Chiquin­ho Brazão, dep­uta­do fed­er­al (sem Par­tido-RJ), o ex-chefe da Polí­cia Civ­il do Rio de Janeiro Rival­do Bar­bosa e o major da Poli­cia Mil­i­tar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos respon­dem pelos crimes de homicí­dio e orga­ni­za­ção crim­i­nosa e estão pre­sos.

Durante o depoi­men­to, Fer­nan­da rela­tou os momen­tos que ante­ced­er­am o crime. Ela disse que a raja­da de tiros foi cur­ta. Ao ser atingi­do, o cor­po da vereado­ra recli­nou sobre a asses­so­ra, que esta­va abaix­a­da no chão do veícu­lo.

“Não fui atingi­da porque Marielle foi meu escu­do”, afir­mou Fer­nan­da.

A ex-asses­so­ra tam­bém falou que perce­beu que Ander­son Gomes tin­ha sido atingi­do, pois viu que “as mãos dele, que estavam no volante, se soltaram”.

A depoente tam­bém con­fir­mou que a vereado­ra defendia pau­tas de habitação em áreas da zona oeste do Rio de Janeiro, coman­dadas por milí­cias.

“A agen­da do manda­to dela nes­sas áreas acon­te­ceu. A asses­so­ria da pau­ta de urban­is­mo esteve em alguns momen­tos em agen­das na zona oeste. É com­pli­ca­do diz­er áreas de milí­cias, atribuir ter­ritório a crim­i­nosos, mas, sim, tin­ha um tra­bal­ho sobre isso. Marielle fez essa inter­locução com a Defen­so­ria Públi­ca para tratar desse tema”, com­ple­tou.

De acor­do com a Polí­cia Fed­er­al, o assas­si­na­to ocor­reu a man­do dos irmãos Brazão, com a par­tic­i­pação de Rival­do Bar­bosa, e foi moti­va­do para pro­te­ger inter­ess­es econômi­cos de milí­cias e des­en­co­ra­jar atos de oposição políti­ca de Marielle. A base da acusação é a delação pre­mi­a­da do ex-poli­cial Ron­nie Lessa, réu con­fes­so da exe­cução dos homicí­dios.

Os réus arro­laram 70 teste­munhas de defe­sa na ação penal.  Os depoi­men­tos dos réus serão real­iza­dos somente fim do proces­so.

Durante o jul­ga­men­to que trans­for­mou os acu­sa­dos em réus, as defe­sas se pro­nun­cia­ram e rejeitaram as acusações de par­tic­i­pação no homicí­dio da vereado­ra.

Edição: Juliana Andrade

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