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Materiais escolares podem ficar até 30% mais caros em 2022

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

Consumidores buscam alternativas para economizar na compra do material


Pub­li­ca­do em 28/12/2021 — 12:00 Por Lud­mil­la Souza — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

Daqui a poucos dias 2022 ini­cia e com ele todas as despe­sas de começo do ano. E quem tem fil­hos na esco­la tem uma con­ta a mais: a com­pra do mate­r­i­al esco­lar, que vai acom­pan­har a inflação e a alta do dólar. Segun­do a Asso­ci­ação Brasileira de Fab­ri­cantes e Impor­ta­dores de Arti­gos Esco­lares (ABFIAE), o aumen­to pode chegar a 30%.

“Para 2022, temos rea­justes ele­va­dos em todas as cat­e­go­rias de mate­ri­ais esco­lares, var­ian­do de 15% a 30%, em média”, afir­mou o o pres­i­dente exec­u­ti­vo da ABFIAE, Sid­nei Berga­m­aschi.

De acor­do com enti­dade, as indús­trias e os impor­ta­dores estão sofren­do esse ano um grande aumen­to de cus­tos. “São aumen­tos ele­va­dos e fre­quentes nas diver­sas matérias-pri­mas como, por exem­p­lo, papel, papelão, plás­ti­co, quími­cos, embal­agem, etc. Para os pro­du­tos impor­ta­dos, os prin­ci­pais impactos são a vari­ação do dólar no Brasil, os aumen­tos de cus­tos na Ásia e a ele­vação dos preços de fretes inter­na­cionais, decor­rente da fal­ta de con­tain­ers. Além dis­so, as medi­das antidump­ing para impor­tações de lápis da Chi­na, ado­tadas pelo gov­er­no brasileiro este ano, aumen­taram os cus­tos na cat­e­go­ria de lápis”, obser­vou Berga­m­aschi.

O exec­u­ti­vo afir­mou que nen­hum pro­du­to escapará da alta de preços.  “Provavel­mente todas as cat­e­go­rias de pro­du­tos sofr­erão aumen­tos de preços”. E mes­mo os pro­du­tos nacionais não terão tan­ta procu­ra, por fal­ta de opções. “Pode ocor­rer algu­ma migração de vol­ume de pro­du­tos impor­ta­dos para nacionais, mas em peque­na escala. Para a maio­r­ia dos pro­du­tos atual­mente impor­ta­dos, as opções de fornec­i­men­to nacional são peque­nas”.

Este ano foi mar­ca­do por aulas híbri­das em diver­sos esta­dos, e com isso muitos estu­dantes reaproveitaram mate­ri­ais esco­lares de 2020. Com o avanço da vaci­nação e a vol­ta às aulas total­mente pres­en­cial, pelo menos na Edu­cação Bási­ca, a expec­ta­ti­va da enti­dade para 2022 é cautela.

“Acred­i­ta­mos que a retoma­da das aulas pres­en­ci­ais na maio­r­ia dos locais no final de 2021 movi­men­tou o setor, mas sem atin­gir os pata­mares pré-pan­demia. Nos­so mer­ca­do foi um dos mais atingi­do durante a pan­demia, com esco­las e comér­cio fecha­dos, com uma que­da no vare­jo de papelar­ia supe­ri­or a 37%. Ape­sar de exi­s­tir uma boa expec­ta­ti­va com o retorno das aulas pres­en­ci­ais em 2022, os com­er­ciantes do setor de papelar­ia estão cautelosos, pois sofr­eram muito em 2021, quan­do não teve vol­ta às aulas, muitas empre­sas estão em difi­cul­dades finan­ceiras e out­ras encer­raram as suas ativi­dades. Além dis­so, a degradação dos índices econômi­cos — dólar ele­va­do, inflação em alta, desem­prego e baixo cresci­men­to do Pro­du­to Inter­no Bru­to (PIB), põe em risco os resul­ta­dos para nos­so seg­men­to”, avalia o exec­u­ti­vo.

Alternativas

E se os preços estarão nas alturas, o jeito é bus­car alter­na­ti­vas para econ­o­mizar, expli­ca o econ­o­mista Sér­gio Tavares. “Em primeiro lugar, é impor­tante pesquis­ar bas­tante os preços, seja em lojas de rua, nos shop­ping cen­ters e lojas online. Os preços cos­tu­mam oscilar muito e dado o vol­ume de itens a serem com­pra­dos, a econo­mia pode ser boa para quem tem orga­ni­za­ção e dis­ci­plina neste sen­ti­do”.

Para quem se orga­ni­zou, pagar à vista, em din­heiro, pode ren­der um bom descon­to. “Uma segun­da abor­dagem é a ten­ta­ti­va de descon­to para paga­men­to à vista ou em din­heiro, por exem­p­lo, caso a com­pra ten­ha val­or rel­e­vante. O val­or à vista nun­ca pode ser o mes­mo do val­or total parce­la­do. O cliente deve per­gun­tar antes se o preço à vista e o mes­mo do preço parce­la­do, o  esta­b­elec­i­men­to tem o dev­er de dar descon­to para paga­men­to à vista”, ori­en­ta o dire­tor da STavares Con­sul­to­ria Finan­ceira.

Out­ra for­ma de econ­o­mizar é con­ver­sar com out­ros pais, seja através de gru­pos e faz­er com­pras con­jun­tas em livrarias, edi­toras e no ata­ca­do. Isso aumen­ta a prob­a­bil­i­dade de con­seguir preços menores.

“Uma últi­ma alter­na­ti­va é com­prar dire­ta­mente da esco­la, des­de que a como­di­dade não rep­re­sente maior preço em relação às lojas. Mas, o que é pri­mor­dial é pesquis­ar bas­tante item a item em maior número de esta­b­elec­i­men­tos pos­sív­el, lis­tan­do os descon­tos e facil­i­ta­dores na for­ma de paga­men­to para a toma­da de decisão. Depen­den­do do resul­ta­do da pesquisa, pode haver casos em que é mais lucra­ti­vo dividir a com­pra dos itens em vários esta­b­elec­i­men­tos”, final­iza o econ­o­mista.

Edição: Valéria Aguiar

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