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Mau humor e falta de foco podem indicar distúrbios do sono

Dia Mundial do Sono alerta para importância de hábitos saudáveis

Ana Car­oli­na Alli*
Pub­li­ca­do em 14/03/2025 — 18:35
Brasília
Insônia, quarentena, pandemia, coronavírus, covid 19
Repro­dução: © Mar­cel­lo Casal jr/Agência Brasil

Sen­sação de cansaço con­stante, difi­cul­dade para dormir ou agi­tação são sin­tomas que impactam a qual­i­dade de vida de 72% dos brasileiros, de acor­do com estu­dos da Fun­dação Oswal­do Cruz (Fiocruz)Nes­ta sex­ta-feira (14), é cel­e­bra­do o Dia Mundi­al do Sono, com o tema Faça da Saúde do Sono uma Pri­or­i­dade, enfa­ti­zan­do a neces­si­dade de ter uma boa saúde de sono para uma boa qual­i­dade de vida. A primeira comem­o­ração da data foi fei­ta em 2008, com o propósi­to de pro­mover a saúde do sono e con­sci­en­ti­zar a pop­u­lação.

Brasília (DF) 14/03/2025 - Dia Mundial do Sono, Edilson Zancanella, otorrinolaringologista Foto: Edilson Zancanella/Arquivo pessoal
Repro­dução: Zucanel­la aler­ta que mau humor e fal­ta de foco podem indicar dis­túr­bios do sono– Edil­son Zancanella/Arquivo pes­soal

O trata­men­to de dis­túr­bios do sono pode ser feito por difer­entes profis­sion­ais da saúde, como psicól­o­gos, psiquia­tras, otor­ri­no­laringol­o­gis­tas, neu­rol­o­gis­tas entre out­ros profis­sion­ais. A neces­si­dade de recor­rer a algum profis­sion­al varia de acor­do com o moti­vo da fal­ta de sono do paciente. O médi­co otor­ri­no­laringol­o­gista, Edil­son Zan­canel­la, coor­de­nador do Con­sel­ho de Admin­is­tração da Acad­e­mia Brasileira do Sono e atu­al rep­re­sen­tante da Sociedade Mundi­al do Sono na Améri­ca Lati­na, expli­ca como o com­por­ta­men­to diurno é impor­tante para anal­is­ar quais sinais de aler­ta para dis­túr­bios do sono.

“A pes­soa que pas­sa a ficar esque­ci­da, fica mal-humora­da, pas­sa a ter prob­le­mas em man­ter a atenção, além de ter sono durante o dia. Tam­bém é comum des­per­tar com a sen­sação de que está cansa­do e que o sono não deu con­ta da sua neces­si­dade”, elen­ca o médi­co.

De acor­do com Zan­canel­la, out­ro sinal impor­tante é o ron­co. “Ess­es são os sinais de aler­ta que a gente sem­pre ten­ta salien­tar e são car­ac­terís­ti­cas que o paciente con­segue perce­ber”, com­ple­men­ta.

O espe­cial­ista tam­bém fala sobre a importân­cia de man­ter hábitos saudáveis de higiene do sono para mel­ho­rar a qual­i­dade de vida, a con­cen­tração e a pro­du­tivi­dade durante o dia.

“É impor­tante ter reg­u­lar­i­dade no horário de deitar e no horário de lev­an­tar, ten­tan­do cri­ar um hábito que seja ade­qua­do, ou seja, a preparação para dormir. É aqui­lo que você faz 30 min­u­tos antes de deitar na cama, como desli­gar o celu­lar, pôr o pija­ma, esco­var os dentes, cri­ar um rit­u­al. É bom que esse rit­u­al ten­ha um horário reg­u­lar. O nos­so organ­is­mo fun­ciona muito bem com reg­u­lar­i­dade. E quan­do a gente não tem um horário fixo para deitar e para dormir, isso sem­pre vai atra­pal­har e vai cri­ar deman­das difer­entes daqui­lo que o organ­is­mo neces­si­ta.”

Entre os dis­túr­bios do sono mais con­heci­dos, está a par­al­isia do sono. Ao acor­dar, muitas vezes o paciente com essa condição não con­segue falar ou realizar movi­men­tos sim­ples do cor­po.

É o caso da estu­dante Jack­ie Viana (20). Ela tem episó­dios fre­quentes des­de os 12 anos de idade, quan­do foi diag­nos­ti­ca­da com o dis­túr­bio. Como a condição inter­fere neg­a­ti­va­mente na qual­i­dade de vida dela, a estu­dante pas­sou a usar estraté­gias para dormir mel­hor.

“Nor­mal­mente, uti­li­zo sons que me acal­mam ou, em alguns casos, recor­ro a remé­dios para dormir. Para me acal­mar, gos­to de ler antes de dormir, pois isso me aju­da a relaxar e desacel­er­ar a mente.”

Brasília (DF) 14/03/2025 - Dia Mundial do Sono, Jackie Viana, 20 anos. Foto: Jackie Viana/Arquivo pessoal
Repro­dução: Jack­ie Viana ten­ta ter hábitos que a acalmem antes de dormir– Jack­ie Viana/Arquivo pes­soal

Out­ros dis­túr­bios são a insô­nia e a apneia do sono, que têm picos de diag­nós­ti­cos algu­mas idades mas podem apare­cer em qual­quer faixa etária, de acor­do com Zan­canel­la.

“A insô­nia é mais fre­quente em mul­heres pós-menopausa, influ­en­ci­a­da por alter­ações hor­mon­ais rela­cionadas ao cli­matério. Já a apneia do sono é mais fre­quente em home­ns a par­tir dos 45 anos com sobrepe­so. Mas a apneia do sono pode acon­te­cer des­de a infân­cia, e a insô­nia tam­bém pode acon­te­cer na ado­lescên­cia”, expli­ca o espe­cial­ista.

Dicas para melhorar a qualidade do sonho

  • Ter reg­u­lar­i­dade no horário de deitar e no horário de acor­dar
  • Apos­tar em ali­men­tação saudáv­el e leve antes de dormir
  • Diminuir ruí­dos e man­ter o ambi­ente escuro à noite
  • Evi­tar o uso de telas por pelo menos uma hora antes de dormir

*Estag­iária sob super­visão de Marce­lo Brandão.

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