...
segunda-feira ,9 setembro 2024
Home / Esportes / Medalhista olímpica, Mayra Aguiar é eliminada na estreia de Paris 2024

Medalhista olímpica, Mayra Aguiar é eliminada na estreia de Paris 2024

Repro­dução: © Miri­am Jeske/COB/Direitos Reser­va­dos

Gaúcha encarou italiana Bellandi, numero 1 do mundo nos 78kg do judô


Publicado em 01/08/2024 — 13:31 Por Luiz Henrique Guimarães — Repórter da EBC — Rio de Janeiro

ouvir:

No penúl­ti­mo dia de dis­putais indi­vid­u­ais do judô, os brasileiros foram elim­i­na­dos pre­co­ce­mente e ficaram sem medal­has. A expec­ta­ti­va do públi­co era grande pela pre­sença de Mayra Aguiar. Um dos maiores nomes do judô brasileiro, ela cole­ciona três medal­has de bronze olímpi­cas nas últi­mas três edições dos jogos. Mas, depois de uma ciclo olímpi­co mar­ca­do por lesões, Mayra se afas­tou das com­petições nos últi­mos meses, o que fez com que caísse no rank­ing mundi­al. E jus­ta­mente por causa dis­so, o sorteio das chaves do torneio em Paris reser­vou um due­lo de gigantes na aber­tu­ra da cat­e­go­ria até 78 kg para mul­heres.

Mayra Aguiar teve pela frente na estreia a ital­iana Alice Bel­lan­di, atu­al número um do mun­do. No tatame, as duas fiz­er­am uma luta equi­li­bra­da, que só foi deci­di­da no gold­en score, o temp extra do judô. Bel­lan­di apli­cou um waza-ari e venceu o due­lo, tiran­do as chances de pódio da brasileira.

“A der­ro­ta é dura. É muito ruim. Dói para caram­ba, é amar­ga, é doí­da, é um saco. Eu não gos­to de perder nem brin­cadeira, imag­i­na um negó­cio que a gente se doa tan­to. Doa saúde, tem­po de família, parte men­tal. É dieta rígi­da e restri­ta, treinar todos os dias com dor. Então não é só hoje, é o ciclo olímpi­co inteiro que é uma luta. E quan­do aca­ba assim, dessa for­ma, é muito ruim. Mas eu sei tam­bém que em todas as vezes que doeu muito, seja den­tro do tatame ou fora, eu sem­pre lev­an­tei muito forte. Quan­to mais dói, mais a gente se for­t­alece, e talvez eu este­ja me ape­gan­do nis­so ago­ra. A gente aprende muito rápi­do a ren­o­var as coisas. Seja em uma vitória ou em uma der­ro­ta, eu nun­ca parei muito tem­po para comem­o­rar, ou ficar afli­ta, baixar a cabeça e chorar. Óbvio que a gente tem que faz­er isso, deixar sair esse sen­ti­men­to, mas é uma coisa que sem­pre lev­ei pra mim. É pegar as coisas boas que pas­saram e pen­sar na frente. Pen­sar no que pos­so mel­ho­rar como atle­ta e como pes­soa”, disse Mayra após a doí­da elim­i­nação, em depoi­men­to à Con­fed­er­ação Brasileira de Judô (CBJ).

A judo­ca gaúcha tam­bém refletiu sobre os lim­ites do próprio cor­po e rev­el­ou o moti­vo de ter se ausen­ta­do das com­petições do cir­cuito mundi­al nos últi­mos meses.

“Já pas­sei do meu lim­ite. Já tem um tem­po que eu ven­ho mentin­do para o meu cor­po. Mentin­do que está tudo bem. Ten­ho várias cirur­gias e a primeira foi com, sei lá, 16 ou 17 anos. Eu ain­da sin­to ela, e as próx­i­mas. Apren­di a treinar e a lutar assim, mas nos últi­mos anos vem sendo mais difí­cil. Não adi­anta, é um preço que a gente paga. Não dá pra brigar tan­to com nos­so cor­po, temos nos­sos lim­ites. Mas eu fui até onde con­segui, até onde o cor­po deixou e não deixou tam­bém. Eu ten­tei, até por isso que fiquei um pouco mais fechad­in­ha. Talvez ten­ha sido mais difí­cil por isso. Por brigar com meu cor­po mais do que eu estou acos­tu­ma­da a faz­er. E não tin­ha como eu faz­er mui­ta com­petição. Acho que essa foi a maior luta”, com­ple­tou.

Mayra Aguiar tem 32 anos e um cur­rícu­lo rec­hea­do de con­quis­tas. Além das três medal­has de bronze em Jogos Olímpi­cos, a gaúcha tam­bém é tri­cam­peã do mun­do na cat­e­go­ria 78 kg e tem um total de oito medal­has em campe­onatos mundi­ais de judô.

2024.07.31 - Jogos Olímpicos Paris 2024 - Judô masculino - Leonardo Gonçalves (kimono azul) enfrenta Dzhafar Kostoev, atleta dos Emirados Árabes Unidos. - Foto: Miriam Jeske/COB
Repro­dução: O brasileiro Leonar­do Gonçalves (kimono azul) perdeu a estreia da cat­e­go­ria até 100Kg para Dzha­far Kos­to­ev (Emi­ra­dos Árabes Unidos) — Miri­am Jeske/COB/Direitos Reser­va­dos

Leonardo Gonçalves cai na estreia

Nat­ur­al de Iguape, cidade do litoral paulista, Leonar­do Gonçalves fez sua estreia em Jogos Olímpi­cos nes­ta quin­ta (1º) na cat­e­go­ria até 100 kg para home­ns. Na luta de aber­tu­ra ele enfren­tou Dzhatar Kos­to­ev (Emi­ra­dos Árabes Unidos). O judo­ca brasileiro perdeu o com­bate após sofr­er dois waza-ari do adver­sário.

“Eu tive condições de jog­ar ele de ippon, mas foi uma luta difí­cil. Busquei a todo tem­po, não me aco­vardei e deix­ei tudo o que eu tin­ha. Mas não foi o sufi­ciente. Ago­ra eu fico à dis­posição da comis­são téc­ni­ca se pre­cis­arem de mim na com­petição por equipes”, afir­mou após deixar a com­petição.

Ao con­trário de Mayra Aguiar, Leonar­do está inscrito para a com­petição por equipes no judô, que será real­iza­da no sába­do (3), últi­mo dia de com­petições do judô, a par­tir das 3h (horário de Brasília). O adver­sário do Brasil na estreia será o Caza­quistão.

Antes, , na sex­ta (2)estão pre­vis­tas as últi­mas com­petições indi­vid­u­ais nas cat­e­go­rias pesadas. O Brasil terá dois rep­re­sen­tantes estre­an­do a par­tir das 5h (horário de Brasília). Duas vezes medal­hista olímpi­co, Rafael Sil­va, o Baby, vai enfrentar o judo­ca Kokau­ri Ushan­gi (Azer­bai­jão), na primeira roda­da da cat­e­go­ria aci­ma de 100 kg. Esta é a quar­ta e, provavel­mente, a últi­ma Olimpía­da na car­reira do judo­ca matogrosssensse, que já con­quis­tou três medal­has nas edições ante­ri­ores. Já a paulista Beat­riz Sousa, bronze no Mundi­al de 2023, já estreará nas oitavas de final da cat­e­go­ria aci­ma de 78 kg para mul­heres. A adver­sária ain­da não está defini­da.

Edição: Cláu­dia Soares Rodrigues

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

São Paulo e Corinthians chegam à final do Brasileiro Feminino

Repro­dução: © Staff Images/CBF/Direitos Reser­va­dos Decisão começa a ser disputada no próximo domingo (15) Publicado …