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Médicos discutem uso da IA em benefício de deficientes visuais

Aplicação da tecnologia envolve desafios éticos e técnicos

Paula Labois­sière – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 13/02/2025 — 08:28
Brasília
 Fórum Permanente de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência Visual
Repro­dução: © José Cruz/Agência Brasil

Ben­galas inteligentes e sis­temas de audiode­scrição de obje­tos e ambi­entes são exem­p­los da apli­cação da inteligên­cia arti­fi­cial (IA) no intu­ito de mel­ho­rar a autono­mia de pes­soas com defi­ciên­cia visu­al. O tema será dis­cu­ti­do na 8ª Con­venção do Con­sel­ho Brasileiro de Oftal­molo­gia (CBO), nes­ta sex­ta-feira (14) e neste sába­do (15), em São Paulo.

Na con­venção, espe­cial­is­tas e gestores de saúde debaterão a apli­cação da IA em tec­nolo­gias que aux­il­iam na comu­ni­cação, loco­moção e aces­si­bil­i­dade de pes­soas cegas ou com baixa visão. O encon­tro deve abor­dar ain­da desafios éti­cos e téc­ni­cos asso­ci­a­dos ao uso dessas tec­nolo­gias, como garan­tir a pri­vaci­dade e a impar­cial­i­dade no uso de dados dos usuários.

Entenda

De acor­do com o CBO, tec­nolo­gias assis­ti­vas na oftal­molo­gia englobam des­de recur­sos até dis­pos­i­tivos, equipa­men­tos e sis­temas desen­volvi­dos para mel­ho­rar a inde­pendên­cia e a qual­i­dade de vida de pes­soas com defi­ciên­cia visu­al. Na maio­r­ia das vezes, são desen­volvi­das para tare­fas especí­fi­cas, com funções bas­tante definidas para cada recur­so.

“Soluções baseadas em IA têm ofer­e­ci­do assistên­cia visu­al a pes­soas com defi­ciên­cia, per­mitin­do descrições de ima­gens, obje­tos e tex­tos sem a neces­si­dade de um vol­un­tário, o que aumen­ta sua autono­mia. Ess­es sis­temas anal­isam fotos envi­adas pelos usuários e fornecem descrições detal­hadas, aux­il­ian­do em tare­fas do dia a dia, como leitu­ra de rótu­los, iden­ti­fi­cação de obje­tos e recon­hec­i­men­to de ambi­entes”, expli­ca a enti­dade médi­ca.

Com­bi­nan­do sen­sores e a conec­tivi­dade com smart­phones, as ben­galas inteligentes, por exem­p­lo, são capazes de detec­tar obstácu­los e dar ori­en­tações por meio de coman­dos de voz, per­mitin­do que os usuários se deslo­quem com mais segu­rança em ambi­entes urbanos.

“Nes­sas tec­nolo­gias, a IA aux­il­ia na iden­ti­fi­cação de pon­tos de inter­esse e na adap­tação a novos ambi­entes, facil­i­tan­do a mobil­i­dade”, diz o CBO.

Ape­sar do avanço na aces­si­bil­i­dade dos pacientes, o CBO desta­ca que o desen­volvi­men­to e a apli­cação desse tipo de fer­ra­men­ta requerem atenção a desafios éti­cos e téc­ni­cos. “Dis­pos­i­tivos de audiode­scrição ger­a­dos por IA podem, even­tual­mente, poten­cializar pre­con­ceitos se não forem ali­men­ta­dos ou mod­er­a­dos com uma base obje­ti­va e impar­cial”, aler­ta o con­sel­ho.

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