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Meditação reduz estresse de pacientes do Into

Repro­dução INTO

Prática é adotada pelo instituto para melhorar qualidade de vida


Pub­li­ca­do em 23/09/2021 — 07:00 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

O Dia Mundi­al de Com­bate ao Estresse, comem­o­ra­do hoje (23), desta­ca os cuida­dos que se deve ter com o bem-estar emo­cional das pes­soas, espe­cial­mente durante a pan­demia de covid-19. No Insti­tu­to Nacional de Trau­ma­tolo­gia e Orto­pe­dia (Into), no Rio de Janeiro, a pre­ocu­pação com a saúde emo­cional dos pacientes é con­stante. Por isso, des­de agos­to de 2019, o órgão, vin­cu­la­do ao Min­istério da Saúde, ado­tou a práti­ca da med­i­tação como ali­a­da na redução dos níveis de estresse e ansiedade, visan­do à mel­ho­ria da qual­i­dade de vida dos pacientes.

Respon­sáv­el pelo grupo de med­i­tação do Into, o fisioter­apeu­ta Raphael Rezende, disse à Agên­cia Brasil que a med­i­tação tem o obje­ti­vo não só de com­bat­er o estresse vivi­do pelos pacientes com prob­le­mas ortopédi­cos, mas tam­bém o estresse cotid­i­ano por se viv­er em uma grande cidade, como o Rio, além dos desafios na reabil­i­tação de doenças.

A ativi­dade da med­i­tação não só reduz o estresse, mas serve para aten­uar, em lon­go pra­zo, dores físi­cas, que são um sin­toma muito comum de quem tem prob­le­mas ou lesões ortopédi­cas e até depois de cirur­gias, disse Rezende. “O primeiro resul­ta­do seria a redução das dores. E na temáti­ca mais vin­cu­la­da ao estresse, eu acred­i­to que as pes­soas con­seguem ter mais con­fi­ança, mais tran­quil­i­dade, mais recur­sos para lidar com situ­ações desafi­ado­ras, tan­to as rela­cionadas às questões físi­cas, quan­to as da vida cotid­i­ana, nes­sa real­i­dade estres­sante da cidade, que a gente con­hece. O retorno da ativi­dade foi muito proveitoso para os pacientes”, asse­gurou o fisioter­apeu­ta.

Readaptação

As ativi­dades de med­i­tação foram inter­romp­i­das de março a agos­to do ano pas­sa­do dev­i­do à pan­demia, pre­cis­aram ser readap­tadas, mas já retornaram ao esque­ma pres­en­cial, aten­den­do às ori­en­tações das autori­dades san­itárias, com número reduzi­do de pes­soas, espaço ade­qua­do e dis­tan­ci­a­men­to de mais de um metro entre os pacientes. As ativi­dades acon­te­cem atual­mente uma vez por sem­ana, em gru­pos de até cin­co pes­soas por horário. A práti­ca já ben­efi­ciou cer­ca de 60 pes­soas. No momen­to, Raphael Rezende atende 30 pacientes do Into, dos quais alguns já tiver­am alta. “Não tem fila para isso”, esclare­ceu.

A ativi­dade é toda volta­da para os pacientes do Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS). Para ter aces­so à práti­ca, bas­ta os pacientes terem o encam­in­hamen­to inter­no, den­tro dos obje­tivos ter­apêu­ti­cos do hos­pi­tal. “Os pacientes apren­dem a realizar as ativi­dades de med­i­tação e pas­sam a praticar em casa. É algo fun­da­men­tal para que eles entrem no dia-a-dia e pos­sam traz­er os resul­ta­dos e bene­fí­cios de for­ma mais con­sis­tente”.

Raphael Rezende infor­mou que as prin­ci­pais indi­cações para a práti­ca da med­i­tação no Into são de casos de pacientes que têm dores crôni­cas, impactos ou difi­cul­dades no proces­so de recu­per­ação e reabil­i­tação pós-cirúr­gi­ca e impactos emo­cionais vin­cu­la­dos ao estresse. Nos out­ros dias de tra­bal­ho, ele atende pacientes com fisioter­apia moto­ra.

Depoimentos

A paciente Maria das Graças Mar­tins Henain, 67 anos, disse que a med­i­tação pas­sou a faz­er parte de sua vida. Ela não fal­ta a nen­hu­ma reunião no Into. “Sei que vou sair ren­o­va­da, pronta para cumprir min­has tare­fas. Faço a med­i­tação há mais de um ano, des­de que amputei uma parte da per­na, e essa ativi­dade pas­sou a me for­t­ale­cer todos os dias”.

Tam­bém fre­quen­ta­do­ra das sessões de med­i­tação há mais de um ano, San­dra Lúcia Bas­tos, 62 anos, con­ta que a práti­ca tem sido uma fer­ra­men­ta impor­tante no alívio das dores cau­sadas pela fibro­mi­al­gia. “Eu não con­seguia ter uma noite de sono tran­qui­lo, dev­i­do às fortes dores que sen­tia. A med­i­tação me trouxe qual­i­dade de vida”, afir­mou San­dra.

Para Lucia Regi­na de Lima, 59 anos, a med­i­tação a aju­dou a lidar com as dores após a cirur­gia de ombro, e tam­bém na vida pes­soal. “Eu moro soz­in­ha, e a med­i­tação pas­sou a ser um apoio na min­ha vida. Não sei o que faria, caso não tivesse aces­so a essa ativi­dade. Foi algo trans­for­mador para mim”, disse ela.

Edição: Graça Adju­to

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