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Meningite: entenda como fica vacinação com ACWY após mudança nas doses

Paula Labois­sière – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 03/07/2025 — 09:32
Brasília
vacinação contra meningite
Repro­dução: © Geo­vana Albuquerque/Agência Saúde DF

Des­de o iní­cio da sem­ana, cri­anças com 12 meses de vida já podem rece­ber a dose ACWY como reforço den­tro do esque­ma vaci­nal con­tra a menin­gite, no Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS).

O imu­nizante pro­tege con­tra os soro­gru­pos A, C, W e Y. Até então, o reforço nes­sa faixa etária era feito com a meningocó­ci­ca C.

Com a mudança, o esque­ma com­ple­to con­tra a menin­gite, na rede públi­ca, pas­sa a ser o seguinte: duas dos­es da meningocó­ci­ca C apli­cadas aos 3 e aos 5 meses; e um reforço com a ACWY aos 12 meses. Entre os 11 e os 14 anos, a ori­en­tação é que a ACWY tam­bém seja apli­ca­da – em dose úni­ca ou como um novo reforço, con­forme o históri­co vaci­nal.

De acor­do com o Min­istério da Saúde, cri­anças que já tomaram as duas dos­es da vaci­na meningocó­ci­ca C e a dose de reforço da mes­ma vaci­na não pre­cisam rece­ber a ACWY neste momen­to.

Já as cri­anças que ain­da não foram vaci­nadas aos 12 meses podem rece­ber como reforço a ACWY.

A vacina

De acor­do com a Sociedade Brasileira de Imu­niza­ções (SBIm), a ACWY é uma vaci­na ina­ti­va­da e, por­tan­to, não tem como causar a doença.

A úni­ca con­traindi­cação lis­ta­da pela enti­dade é para pes­soas que tiver­am anafi­lax­ia após o uso de algum com­po­nente da vaci­na ou após dose ante­ri­or.

A dose é admin­istra­da exclu­si­va­mente por via intra­mus­cu­lar pro­fun­da e os cuida­dos com a vaci­nação, de acor­do com a SBIm, incluem:

  • em caso de febre, deve-se adi­ar a vaci­nação até que ocor­ra a mel­ho­ra;
  • com­pres­sas frias alivi­am a reação no local da apli­cação. Em casos mais inten­sos, pode-se usar med­icação para dor, sob recomen­dação médi­ca;
  • qual­quer sin­toma grave e/ou ines­per­a­do após a vaci­nação deve ser noti­fi­ca­do ao serviço que a real­i­zou;
  • sin­tomas de even­tos adver­sos per­sis­tentes, que se pro­longam por mais de 24 a 72 horas, devem ser inves­ti­ga­dos para ver­i­fi­cação de out­ras causas;
  • pode ser apli­ca­da no mes­mo momen­to em que a vaci­na meningocó­ci­ca B.

Já os efeitos e even­tos adver­sos lis­ta­dos pela enti­dade são:

  • 10% dos vaci­na­dos apre­sen­tam inchaço, endurec­i­men­to, dor e ver­mel­hidão no local da apli­cação; per­da de apetite; irri­tabil­i­dade; sonolên­cia; dor de cabeça; febre; calafrios; cansaço; e dor mus­cu­lar;
  • entre 1% e 10% dos vaci­na­dos apre­sen­tam sin­tomas gas­trin­testi­nais (incluin­do diar­reia, vômi­to e náusea); hematoma grande no local da apli­cação; erupções na pele e dor nas artic­u­lações;
  • entre 0,1% a 1% dos vaci­na­dos ocor­rem insô­nia; choro per­sis­tente; sen­si­bil­i­dade dimin­uí­da da pele no local da apli­cação; ver­tigem; coceira; dor mus­cu­lar; dor nas mãos e pés e mal-estar;
  • em 0,01% a 0,1%, prin­ci­pal­mente entre adul­tos, acon­tece inchaço exten­so no mem­bro em que foi apli­ca­da a vaci­na, com fre­quên­cia asso­ci­a­do à ver­mel­hidão, algu­mas vezes envol­ven­do a artic­u­lação próx­i­ma ou inchaço de todo o mem­bro.

As reações ten­dem a desa­pare­cer em até 72 horas.

Números

Dados do min­istério mostram que, em 2025, o Brasil reg­istrou, até o momen­to, 4.406 casos con­fir­ma­dos de menin­gite, sendo 1.731 do tipo bac­te­ri­ana, 1.584 do tipo viral e 1.091 por out­ras causas ou de tipos não iden­ti­fi­ca­dos.

Out­ras vaci­nas disponíveis no SUS, como a BCG, a pen­ta e as pneu­mocó­ci­cas 10, 13 e 23-valente, segun­do o min­istério, tam­bém aju­dam a pro­te­ger con­tra algu­mas for­mas de menin­gite.

A doença

A menin­gite é uma infla­mação das meninges, mem­branas que revestem o cére­bro e a medu­la espin­hal.

A doença pode ser cau­sa­da por bac­térias, vírus, fun­gos e par­a­sitas, mas tam­bém pode ter origem não infec­ciosa, como em casos de câncer com metás­tase nas meninges, lúpus, reações a medica­men­tos e trau­ma­tismos cra­ni­anos.

As menin­gites bac­te­ri­anas, de acor­do com o min­istério, são mais fre­quentes no out­ono e inver­no, enquan­to as menin­gites virais pre­dom­i­nam nas estações da pri­mav­era e do verão.

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