...
domingo ,16 fevereiro 2025
Home / Ciência, Tecnologia, inteligência artificial / Meta responde AGU e governo discute ações sobre Facebook e Instagram

Meta responde AGU e governo discute ações sobre Facebook e Instagram

Instituição convoca reunião sobre mudanças anunciadas pela Meta

Lucas Pordeus León — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 14/01/2025 — 09:37
Brasília
Fachada do edifício sede da Advocacia-Geral da União (AGU), localizado no Setor de Autarquias Sul em Brasília (DF)
Repro­dução: © Wes­ley Mcallister/AscomAGU

A gigante da tec­nolo­gia Meta – que con­tro­la as redes Face­book, Insta­gram e What­sapp – respon­deu na noite dessa segun­da-feira (13) a ques­tion­a­men­tos da Advo­ca­cia-Ger­al da União (AGU) sobre as mudanças nas políti­cas de mod­er­ação da com­pan­hia, entre elas, o fim do pro­gra­ma de checagem de fatos, que indi­ca­va quan­do infor­mações fal­sas cir­culavam nas redes. 

Em nota, a AGU infor­mou que con­vo­cou uma reunião téc­ni­ca para esta terça-feira (14) sob a coor­de­nação da Procu­rado­ria Nacional de Defe­sa da Democ­ra­cia, vin­cu­la­da à AGU, para dis­cu­tir as ações e medi­das em relação às alter­ações anun­ci­adas pela big tech estadunidense.

“Somente após essa análise, a AGU, em con­jun­to com os demais órgãos, se pro­nun­cia­rá sobre os próx­i­mos pas­sos em relação ao assun­to e tornará públi­co o teor da man­i­fes­tação”, infor­mou a AGU.

Devem par­tic­i­par da reunião rep­re­sen­tantes dos min­istérios dos Dire­itos Humanos e Cidada­nia, da Justiça e Segu­rança Públi­ca e da Sec­re­taria de Comu­ni­cação Social da Presidên­cia (Sec­om).

Na sem­ana pas­sa­da, a Meta anun­ciou série de mudanças e o alin­hamen­to da políti­ca da empre­sa à agen­da de gov­er­no do pres­i­dente eleito dos Esta­dos Unidos, Don­ald Trump, que defende a desreg­u­la­men­tação do ambi­ente dig­i­tal e é con­trário à políti­ca de checagem de fatos. Em segui­da, a Meta liber­ou a pos­si­bil­i­dade de ofen­sas pre­con­ceitu­osas nas platafor­mas.

Des­de 2016, a Meta ofer­e­cia no Face­book e no Insta­gram um serviço de checagem de fatos, real­iza­do por jor­nal­is­tas e espe­cial­is­tas em cer­ca de 115 país­es, que apu­ra­va se infor­mações que cir­culavam nas redes eram ver­dadeiras ou fal­sas e ofer­e­cia a con­tex­tu­al­iza­ção aos usuários.

Com o fim da checagem de fatos, a Meta pas­sou a ado­tar a políti­ca de “notas da comu­nidade”. Com isso, ape­nas usuários pre­vi­a­mente cadastra­dos é que podem con­tes­tar algu­ma infor­mação que cir­cu­la nas platafor­mas.

Espe­cial­is­tas em dire­ito e ambi­ente dig­i­tais aler­tam que a mudança favorece a livre cir­cu­lação de fake news – que são notí­cias fraud­u­len­tas — e tam­bém incen­ti­va o dis­cur­so de ódio con­tra gru­pos minoritários como mul­heres, imi­grantes e homos­sex­u­ais.

Doc­u­men­to da Coal­izão Dire­itos na Rede – que reúne mais de 50 enti­dades lig­adas ao tema – afir­ma que a Meta ata­ca os esforços democráti­cos de nações em pro­te­ger as pop­u­lações con­tra os danos provo­ca­dos pelas big techs. “Com isso, pri­or­iza, mais uma vez, os inter­ess­es estadunidens­es e os lucros de sua cor­po­ração em detri­men­to da con­strução de ambi­entes dig­i­tais que prezam pela segu­rança de seus con­sum­i­dores”, diz o doc­u­men­to.

O min­istro da AGU, Jorge Mes­sias, tem defen­di­do ações do gov­er­no brasileiro que garan­tam o cumpri­men­to da leg­is­lação do país frente às mudanças na Meta. “As pes­soas acabam não con­seguin­do dis­tin­guir o que é ver­dade do que é men­ti­ra. Isso aca­ba impactan­do no país, na nação, nas pes­soas e na econo­mia. Esta­mos falan­do de sobera­nia nacional”, enfa­ti­zou.

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Prefeitos buscam apoio contra mudanças climáticas

Encontro em Brasília reuniu representantes de 3,3 mil cidades Luiz Clau­dio Fer­reira — Repórter da …