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Mianmar: governo militar bloqueia internet em meio a protestos

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© Reuters/Direitos Reser­va­dos (Repro­du­ção)

ONU pede libertação de líderes civis detidos pelas Forças Armadas


Publi­ca­do em 06/02/2021 — 11:48 Por Télam — Mian­mar

Télam

O gover­no mili­tar de Mian­mar blo­que­ou o aces­so à inter­net nes­te sába­do (6) para ten­tar evi­tar a pro­pa­ga­ção daque­les que foram os mai­o­res pro­tes­tos des­de o gol­pe que depôs o Exe­cu­ti­vo civil e pren­deu seus prin­ci­pais líde­res, incluin­do o ganha­dor do Prê­mio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.

Enti­da­des como a Orga­ni­za­ção da Soci­e­da­de Civil de Mian­mar e a Anis­tia Inter­na­ci­o­nal denun­ci­a­ram que o gover­no de fato blo­que­ou não ape­nas as redes soci­ais, mas tam­bém a cone­xão à inter­net por meio de tele­fo­nes celu­la­res.

Essas orga­ni­za­ções pedi­ram às prin­ci­pais empre­sas de tele­co­mu­ni­ca­ções do país que não cor­tas­sem as linhas telefô­ni­cas, que des­cre­vem como “as úni­cas for­mas de comu­ni­ca­ção” do país asiá­ti­co. O Exér­ci­to já havia soli­ci­ta­do o blo­queio de redes como Ins­ta­gram, Twit­ter e Face­bo­ok, o que foi denun­ci­a­do por enti­da­des como a Human Rights Wat­ch, infor­mou a agên­cia Euro­pa Press.

Ape­sar da que­da do ser­vi­ço, mei­os de comu­ni­ca­ção como o Chan­nel News Asia ou o Myan­mar News noti­ci­a­ram as mani­fes­ta­ções de milha­res de pes­so­as, em alguns casos blo­que­an­do ruas, como acon­te­ceu na capi­tal, Naipyi­dó, ou em Ran­go­on, mai­or cida­de do país. “Abai­xo a dita­du­ra mili­tar”, gri­ta­vam os mani­fes­tan­tes, agi­tan­do ban­dei­ras ver­me­lhas com as cores da Liga Naci­o­nal para a Demo­cra­cia, par­ti­do de Suu Kyi, que esta­va no poder des­de 2015, infor­mou a agên­cia de notí­ci­as AFP.

Ima­gens de pes­so­as com os bra­ços levan­ta­dos e três dedos levan­ta­dos tam­bém foram divul­ga­das, uma sau­da­ção que se tor­nou um sinal de rebe­lião na Ásia e foi repli­ca­da em outros pro­tes­tos, como os con­tra a monar­quia na Tai­lân­dia. As For­ças Arma­das der­ru­ba­ram o gover­no na segun­da-fei­ra (1º) e pren­de­ram os prin­ci­pais polí­ti­cos, argu­men­tan­do que nada foi fei­to a res­pei­to das denún­ci­as de frau­de nas elei­ções de novem­bro, fei­tas pelos pró­pri­os mili­ta­res.

O atu­al che­fe do Exér­ci­to, gene­ral Min Aung Hlaing, que enfren­ta denún­ci­as de geno­cí­dio em tri­bu­nais argen­ti­nos, auto­pro­cla­mou-se líder por um ano e depois rea­li­zou elei­ções que con­si­de­rou “livres e jus­tas”. Assim, encer­rou-se uma déca­da de gover­nos civis que assu­mi­ram após qua­se meio sécu­lo de dita­du­ra em um país que tem uma lon­ga his­tó­ria de con­fli­tos étni­cos des­de sua inde­pen­dên­cia do Rei­no Uni­do em 1948.

A Orga­ni­za­ção das Nações Uni­das (ONU) teve o pri­mei­ro con­ta­to com os mili­ta­res de Mian­mar na sex­ta-fei­ra, infor­mou o secre­tá­rio-geral Anto­nio Guter­res, que insis­tiu no ape­lo para que os líde­res civis fos­sem liber­ta­dos e exi­giu que a comu­ni­da­de inter­na­ci­o­nal se unis­se para con­de­nar a situ­a­ção. O Con­se­lho de Segu­ran­ça da ONU apro­vou uma decla­ra­ção con­jun­ta pedin­do a liber­ta­ção dos deti­dos, mas não con­de­nou for­mal­men­te o gol­pe.

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