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Milhares de indígenas marcham em Brasília

Repro­dução: © Marce­lo Camargo/Agência Brasil

Eles cobram respeito aos direitos dos povos originários


Pub­li­ca­do em 23/04/2024 — 11:59 Por Alex Rodrigues — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Mil­hares de indí­ge­nas e apoiadores par­tic­i­param, na man­hã des­ta terça-feira (23), de uma cam­in­ha­da pela área cen­tral de Brasília. A mar­cha faz parte da pro­gra­mação do Acam­pa­men­to Ter­ra Indí­ge­na (ATL) - mobi­liza­ção que, anual­mente, reúne mil­hares de par­tic­i­pantes de cen­te­nas de etnias na cap­i­tal fed­er­al e que começou, ofi­cial­mente, nes­sa segun­da-feira (22).

Este ano, o ATL está na 20ª edição. Segun­do diri­gentes da Artic­u­lação dos Povos Indí­ge­nas do Brasil (Apib), enti­dade orga­ni­zado­ra do acam­pa­men­to, a expec­ta­ti­va é atrair cer­ca de oito mil rep­re­sen­tantes de mais de 200 etnias, além de inte­grantes de orga­ni­za­ções sul e cen­tro-amer­i­canas e da Indonésia, superan­do os resul­ta­dos ante­ri­ores.

Por­tan­do faixas e car­tazes, os par­tic­i­pantes deixaram o acam­pa­men­to mon­ta­do no Eixo Mon­u­men­tal, ao lado do Cen­tro Ibero-Amer­i­cano de Cul­turas (anti­go Com­plexo Cul­tur­al da Funarte) por vol­ta das 9 horas da man­hã.

Demarcação

Após ocu­parem parte da prin­ci­pal via de Brasília, os man­i­fes­tantes seguiram sob sol forte em direção ao Con­gres­so Nacional, a cer­ca de qua­tro quilômet­ros de dis­tân­cia. Acom­pan­hados por um car­ro de som, o grupo pedia que o Esta­do brasileiro con­clua os proces­sos de demar­cação dos ter­ritórios tradi­cionais indí­ge­nas e garan­ta os dire­itos con­sti­tu­cionais dos povos orig­inários, como o aces­so à saúde e edu­cação de qual­i­dade, entre out­ras reivin­di­cações.

Brasília (DF) 23/04/2024 – Indígena de várias etnias que participam do Acampamento Terra Livre 2024 marcham na Esplanada dos Ministérios com o eslogam #EmergênciaIndígena: Nossos Direitos não se negociam. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Repro­dução: Indí­ge­nas levaram reivin­di­cações para a Esplana­da dos Min­istérios, em Brasília —  Foto - Marce­lo Camargo/Agência Brasil

Muitos dos par­tic­i­pantes exib­i­am pin­turas cor­po­rais e usavam adereços tradi­cionais car­ac­terís­ti­cos de seus povos, mas, por força de um acor­do com autori­dades de segu­rança públi­ca do Dis­tri­to Fed­er­al, foram ori­en­ta­dos a não portarem lanças, bor­dunas e arcos e fle­chas durante a mar­cha.

“Esta é uma mar­cha de luta, de resistên­cia, para reivin­di­car­mos ao gov­er­no brasileiro, ao Esta­do, aos Três Poderes [Exec­u­ti­vo, Leg­isla­ti­vo e Judi­ciário], que avance em nos­sos dire­itos. Prin­ci­pal­mente em relação à demar­cação das ter­ras indí­ge­nas”, disse Kle­ber Karipuna, um dos coor­de­nadores-exec­u­tivos da Apib, durante a cam­in­ha­da.

Os man­i­fes­tantes se aprox­i­maram do Con­gres­so Nacional pouco depois das 10h30 e ocu­param o gra­ma­do cen­tral do Eixo Mon­u­men­tal, onde se espal­haram para acom­pan­har a trans­mis­são da cer­imô­nia que a Câmara dos Dep­uta­dos real­iza esta man­hã, em hom­e­nagem aos 20 anos do Acam­pa­men­to Ter­ra Livre.

Edição: Kle­ber Sam­paio

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