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MinC seleciona projetos de hip-hop inscritos no Prêmio Cultura Viva

Repro­dução: © José Cruz/Agência Brasil

Selecionados terão recursos totais de R$ 6 milhões para investimentos


Pub­li­ca­do em 20/02/2024 — 08:07 Por Fabío­la Sin­im­bú — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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A Sec­re­taria de Cidada­nia e Diver­si­dade Cul­tur­al do Min­istério da Cul­tura ini­ciou o proces­so de seleção das 2.671 ini­cia­ti­vas inscritas no edi­tal do Prêmio Cul­tura Viva — Con­strução Nacional do Hip-Hop 2023. Serão escol­hi­dos 325 pro­je­tos que pos­sam con­tribuir com o desen­volvi­men­to e pro­moção con­tin­u­a­da dessa cul­tura de raízes afro-amer­i­canas e lati­nas.

A análise das pro­postas dev­erá ocor­rer até a últi­ma sem­ana de março, quan­do será divul­ga­do o resul­ta­do final, que vai con­tem­plar os sele­ciona­dos com prêmios no total de R$ 6 mil­hões para inves­ti­men­tos no setor.

Segun­do a secretária de Cidada­nia e Diver­si­dade Cul­tur­al, Már­cia Rollem­berg, o obje­ti­vo é for­t­ale­cer a cadeia pro­du­ti­va artís­ti­ca e cul­tur­al do hip-hop e profis­sion­alizar jovens que atu­am no setor, além de ger­ar emprego e ren­da e for­t­ale­cer a econo­mia cria­ti­va. “A avali­ação será real­iza­da com base nos critérios esta­b­ele­ci­dos para as ini­cia­ti­vas cul­tur­ais que se can­di­dataram no edi­tal. Incluem a con­tribuição para a dinâmi­ca cul­tur­al de gru­pos e comu­nidades em situ­ação de vul­ner­a­bil­i­dade social, espe­cial­mente para o com­bate à vio­lên­cia e mor­tal­i­dade entre a juven­tude negra”, expli­ca.

Ela desta­ca que pro­postas apre­sen­tadas por mul­heres, gru­pos LGBTQIA+, pes­soas negras, indí­ge­nas, de matriz africana, de ter­reiro, de povos e comu­nidades tradi­cionais, com defi­ciên­cia ou maiores de 60 anos terão pon­tu­ação extra no proces­so avalia­ti­vo.

A análise das pro­postas será fei­ta por 40 bol­sis­tas sele­ciona­dos por meio de chama­men­to públi­co. São pesquisadores que par­tic­i­param do proces­so sele­ti­vo real­iza­do pela Uni­ver­si­dade Fed­er­al de São Paulo (Unife­sp). “Ess­es avali­adores são divi­di­dos em duas cat­e­go­rias dis­tin­tas: uma com­pos­ta por 20 mem­bros da acad­e­mia, com per­fil de pesquisador e bol­sista, que têm exper­iên­cia em emis­são de pare­ceres téc­ni­cos, avali­ação de pro­je­tos socio­cul­tur­ais e sis­tem­ati­za­ção de dados socioe­conômi­cos; e out­ra, com­pos­ta por 20 avali­adores da sociedade civ­il, con­heci­dos como pesquisadores soci­ais, com exper­iên­cia na cul­tura hip-hop, emis­são de pare­ceres téc­ni­cos e elab­o­ração de pro­je­tos socio­cul­tur­ais”, expli­ca Már­cia.

Prêmios

Eles sele­cionarão 200 pro­je­tos de pes­soas físi­cas, que rece­berão cada um R$ 15 mil, 75 pro­postas cole­ti­vas, que serão con­tem­pladas com a pre­mi­ação de R$ 20 mil cada, e 50 ini­cia­ti­vas pro­postas por insti­tu­ições sem fins lucra­tivos, que rece­berão R$ 30 mil cada.

A secretária lem­bra que o incen­ti­vo for­t­alece a cadeia pro­du­ti­va não ape­nas por meio da pro­dução artís­ti­ca, mas tam­bém por meio da profis­sion­al­iza­ção e da ino­vação cul­tur­al. “Ao dar vis­i­bil­i­dade e recon­hec­i­men­to aos artis­tas, pro­du­tores e demais profis­sion­ais da cadeia pro­du­ti­va do hip-hop, são impul­sion­a­dos novos pata­mares em suas car­reiras. Se abrem novas opor­tu­nidades de conexões e colab­o­ração, con­tribuin­do para o cresci­men­to e a inte­gração da comu­nidade hip-hop.”

Após a análise dos pro­je­tos inscritos, haverá a divul­gação pre­lim­i­nar dos sele­ciona­dos, com aber­tu­ra de pra­zo para recur­so de três dias úteis, e após nova análise, a divul­gação do resul­ta­do final. Os con­tem­pla­dos pas­sarão ain­da pela habil­i­tação das ini­cia­ti­vas cul­tur­ais para rece­ber a pre­mi­ação.

Pauta

Segun­do Már­cia, a pau­ta do hip-hop vem sendo desen­volvi­da por meio de out­ras ini­cia­ti­vas como o pro­je­to Diag­nós­ti­co da Diver­si­dade da Cul­tura Hip-Hop Brasileira, desen­volvi­do em parce­ria com a Unife­sp; o inven­tário par­tic­i­pa­ti­vo do patrimônio cul­tur­al; e a for­mação de agentes que pro­movam a preser­vação e a dis­sem­i­nação da diver­si­dade dessa cul­tura no país. “Toda a atu­ação e o envolvi­men­to dos entes fed­er­a­dos per­mi­tirá com­preen­der ess­es ter­ritórios e as difer­entes for­mas de pro­dução, além de ger­ar mais impacto socioe­conômi­co”, afir­ma.

Edição: Graça Adju­to

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