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Ministério confirma casos de vaca louca em Mato Grosso e Minas Gerais

Repro­dução:  © Wil­son Dias/Agência Brasil

Exportações de carne para a China foram suspensas


Pub­li­ca­do em 04/09/2021 — 15:37 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

A Sec­re­taria de Defe­sa Agropecuária do Min­istério da Agri­cul­tura, Pecuária e Abastec­i­men­to (Mapa) con­fir­mou hoje (4) a ocor­rên­cia de dois casos atípi­cos de ence­falopa­tia espongi­forme bov­ina, con­heci­da como o mal da vaca lou­ca, em frig­orí­fi­cos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Hor­i­zonte (MG). A con­fir­mação foi fei­ta nes­sa sex­ta-feira (3) pelo lab­o­ratório de refer­ên­cia da Orga­ni­za­ção Mundi­al de Saúde Ani­mal (OIE), em Alber­ta, no Canadá.

De acor­do com a pas­ta, todas as ações san­itárias de mit­i­gação de risco foram con­cluí­das antes mes­mo da emis­são do resul­ta­do final pelo lab­o­ratório. “Por­tan­to, não há risco para a saúde humana e ani­mal”, desta­cou, em nota.

Os dois casos atípi­cos, um em cada esta­b­elec­i­men­to, foram detec­ta­dos durante a inspeção real­iza­da antes do abate dos ani­mais. “Tra­ta-se de vacas de descarte que apre­sen­tavam idade avança­da e que estavam em decúbito [deitadas] nos cur­rais”, expli­cou.

Exportações suspensas

Con­forme pre­veem as nor­mas inter­na­cionais, o Brasil tam­bém noti­fi­cou ofi­cial­mente a OIE da ocor­rên­cia. No caso da Chi­na, em cumpri­men­to ao pro­to­co­lo san­itário fir­ma­do entre o país e o Brasil, as expor­tações de carne bov­ina ficam sus­pen­sas tem­po­rari­a­mente. A medi­da, que pas­sa a valer a par­tir de hoje (4), ficará em vig­or até que as autori­dades chi­ne­sas con­clu­am a avali­ação das infor­mações já repas­sadas sobre os casos.

O país asiáti­co é o prin­ci­pal des­ti­no da carne brasileira, segun­do a Asso­ci­ação Brasileira das Indús­trias Expor­ta­do­ras de Carnes (Abiec). No mês de jul­ho foram expor­ta­dos 91.144 toneladas do pro­du­to, cresci­men­to de 11,2% em relação ao mes­mo mês de 2020, com alta de 19,1% nas receitas, soman­do US$ 525,5 mil­hões. No acu­mu­la­do, de janeiro a jul­ho de 2021, os embar­ques para a Chi­na já somam 490 mil toneladas e receitas de US$ 2,493 bil­hões, cresci­men­to de 8,6% e 13,8%, respec­ti­va­mente, no com­par­a­ti­vo com o mes­mo perío­do de 2020.

Classificação de risco

O Mapa esclare­ceu ain­da que a OIE exclui a ocor­rên­cia de casos atípi­cos da vaca lou­ca para efeitos do recon­hec­i­men­to do sta­tus ofi­cial de risco do país. “Des­ta for­ma, o Brasil man­tém sua clas­si­fi­cação como país de risco insignif­i­cante para a doença, não jus­ti­f­i­can­do qual­quer impacto no comér­cio de ani­mais e seus pro­du­tos e sub­pro­du­tos”, com­ple­tou.

Segun­do o min­istério, estes são o quar­to e quin­to casos atípi­cos da doença reg­istra­dos em mais de 23 anos de vig­ilân­cia do país. Eles ocor­rem de maneira espon­tânea e esporádi­ca e não estão rela­ciona­dos à ingestão de ali­men­tos con­t­a­m­i­na­dos. A pas­ta desta­cou que o Brasil nun­ca reg­istrou a ocor­rên­cia de caso clás­si­co do mal da vaca lou­ca.

Ouça na Radioagência Nacional:

Edição: Kel­ly Oliveira

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