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Ministério da Saúde: vacinação poderá começar em 20 de janeiro

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Repro­dução: © Eras­mo Salomão/Ministério da Saúde

Em coletiva, pasta traçou possíveis cenários de vacinação


Pub­li­ca­do em 29/12/2020 — 20:13 Por Jonas Valente — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

A vaci­nação con­tra a covid-19 pode começar no dia 20 de janeiro, segun­do o Min­istério da Saúde. Se não for pos­sív­el, em um cenário “médio”, a imu­niza­ção pode­ria ter iní­cio entre esta data e 10 de fevereiro. Em um cenário menos favoráv­el, a vaci­nação no Brasil poderá ocor­rer a par­tir de 10 de fevereiro.

A pro­jeção foi apre­sen­ta­da pelo secretário exec­u­ti­vo da pas­ta, Élcio Fran­co, em entre­vista cole­ti­va hoje (29) na sede do órgão, em Brasília. Fran­co desta­cou que o mel­hor cenário depende de uma con­junção de aspec­tos, espe­cial­mente dos lab­o­ratórios com vaci­nas em desen­volvi­men­to cumprirem os req­ui­si­tos de reg­istro, seja emer­gen­cial ou defin­i­ti­vo.

“Isso [a vaci­nação no dia 20 de janeiro] vai depen­der de uma série de fatores, inclu­sive de logís­ti­ca, e dos lab­o­ratórios estarem em dia com o seu proces­so de sub­mis­são con­tínua e do  proces­so de reg­istro com a Agên­cia Nacional de Vig­ilân­cia San­itária (Anvisa). Não depende de nós, depende do lab­o­ratório cumprir com a sua parte”, declar­ou.

País­es como Esta­dos Unidos, Reino Unido e nações da União Europeia já ini­cia­ram planos de imu­niza­ção con­tra a covid-19. Na Améri­ca do Sul, a Argenti­na começou a aplicar um imu­nizante con­tra a doença em públi­cos pri­or­itários.

Uma das opções cog­i­tadas pelo Min­istério da Saúde para a imu­niza­ção da pop­u­lação brasileira é a vaci­na desen­volvi­da pela Pfiz­er — já autor­iza­da nos Esta­dos Unidos e na Europa. Mas até ago­ra a empre­sa não deu entra­da no pedi­do de autor­iza­ção emer­gen­cial.

Ontem, a far­ma­cêu­ti­ca divul­gou nota na qual afir­mou que par­ticipou de reunião com a Anvisa no dia 14 de dezem­bro para “esclare­cer dúvi­das sobre o proces­so de sub­mis­são para uso emer­gen­cial” e que a solic­i­tação não ocor­reu até ago­ra porque as “condições esta­b­ele­ci­das pela agên­cia requerem anális­es especí­fi­ca para o Brasil, o que leva mais tem­po de preparação.”

Segun­do a Pfiz­er, entre as condições exigi­das estaria o lev­an­ta­men­to de dados sobre apli­cação da vaci­na em brasileiros. Em agên­cias de out­ros país­es, acres­cen­tou a nota da empre­sa, a análise não faz dis­tinções entre pop­u­lações especí­fi­cas.

A Pfiz­er argu­men­tou que o proces­so deman­da apre­sen­tação do quan­ti­ta­ti­vo de dos­es, o que só pode­ria ser definido após a cel­e­bração de um con­tra­to defin­i­ti­vo.

Registro de vacinas

O secretário exec­u­ti­vo do Min­istério da Saúde afir­mou que a equipe está à dis­posição da Pfiz­er, ou out­ras empre­sas, para esclarec­i­men­tos sobre infor­mações que facilitem a solic­i­tação do reg­istro.

Entre­tan­to, Élcio Fran­co pon­der­ou que o con­tra­to men­ciona­do pela far­ma­cêu­ti­ca só poderá ser cel­e­bra­do após a autor­iza­ção pela Anvisa. “Não temos cri­a­do nen­hu­ma difi­cul­dade, ape­nas pri­mamos pela segu­rança e legal­i­dade. O que temos pedi­do des­de o iní­cio de dezem­bro é que elas solicitem o reg­istro. Esta é a condição para adquirir. Se fal­ta algum dado ela não nos solic­i­tou.”

Quan­to às demais empre­sas que desen­volvem imu­nizantes, os rep­re­sen­tantes do Min­istério da Saúde infor­maram que solic­i­taram a elas que encam­in­hem os pedi­dos de reg­istro à Anvisa. Segun­do Élcio Fran­co, o Insti­tu­to Gama­leya, respon­sáv­el pela vaci­na rus­sa Spu­tinik V, infor­mou que vai começar a fase 3 de estu­dos, o que pos­si­bil­i­taria a solic­i­tação para uso emer­gen­cial.

Já a vaci­na da Uni­ver­si­dade de Oxford e da Astrazeneca con­cluiu a fase 3 e está “em vias” de apre­sen­tar o reg­istro. Neste caso, o gov­er­no já cele­brou um acor­do de encomen­da tec­nológ­i­ca para pro­dução pela Fun­dação Oswal­do Cruz (Fiocruz).

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

Agên­cia Brasil / EBC


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