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Ministério da Saúde vai instituir comitê de emergência para mpox

Repro­dução: © Marce­lo Camargo/Agência Brasil

Ministra Nísia Trindade diz que não há motivo de alarme, mas de alerta


Publicado em 14/08/2024 — 21:23 Por Pedro Rafael Vilela — Repórter da Agência Brasil — Brasília

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A min­is­tra da Saúde, Nísia Trindade, disse nes­ta quar­ta-feira (14) que a pas­ta vai cri­ar um Comitê de Oper­ação de Emergên­cia para ado­tar medi­das de enfrenta­men­to à dis­sem­i­nação da mpox, que vem pre­ocu­pan­do autori­dades inter­na­cionais. Mais cedo, a Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde (OMS) declar­ou que o cenário de mpox na África con­sti­tui emergên­cia em saúde públi­ca de importân­cia inter­na­cional em razão do risco de dis­sem­i­nação glob­al e de uma poten­cial nova pan­demia. Este é o mais alto nív­el de aler­ta da enti­dade. Ape­sar dis­so, segun­do a min­is­tra, o momen­to é de aler­ta, mas não de alarme.

“Nós vamos insti­tuir um Comitê de Oper­ação de Emergên­cia, envol­ven­do Min­istério da Saúde, Anvisa [Agên­cia Nacional de Vig­ilân­cia San­itária], con­sel­hos de secretários munic­i­pais e estad­u­ais de saúde. Já está­va­mos acom­pan­han­do, tive­mos reunião de espe­cial­is­tas, há duas sem­anas, des­de que começaram os casos, e essa pos­si­bil­i­dade [de dis­sem­i­nação da doença], e vamos anal­is­ar as questões como vaci­na. Não há moti­vo de alarme, mas de aler­ta”, afir­mo a jor­nal­is­tas, no Palá­cio do Planal­to, após par­tic­i­par de um even­to de anún­cio de inves­ti­men­tos na indús­tria da saúde.

Entre as medi­das que devem ser ado­tadas, segun­do a min­is­tra, estão a aquisição de testes de diag­nós­ti­co, aler­ta para via­jantes e atu­al­iza­ção do plano de con­tingên­cias. Sobre vaci­nas, por enquan­to, não há pre­visão de imu­niza­ção em mas­sa. No ano pas­sa­do, a imu­niza­ção con­tra a doença foi real­iza­da em um momen­to de emergên­cia em saúde públi­ca de importân­cia inter­na­cional, com o uso das dos­es lib­er­adas pela Anvisa de for­ma pro­visória. Essas dos­es tam­bém foram usadas, segun­do a min­is­tra, para pesquisas cien­tí­fi­cas.

A avali­ação da pas­ta é que a nova onda da doença apre­sen­ta risco baixo neste momen­to para o Brasil. Dados do min­istério apon­tam que, em 2024, foram noti­fi­ca­dos 709 casos de mpox no Brasil e 16 óbitos, sendo o mais recente em abril do ano pas­sa­do. Já em âmbito glob­al, este ano, os casos já super­am o total reg­istra­do em 2023 e somam mais de 14 mil, além de 524 mortes.

Em maio de 2023, quase uma sem­ana após alter­ar o sta­tus da covid-19, a OMS declar­ou que a mpox tam­bém não con­fig­u­ra­va mais emergên­cia em saúde públi­ca de importân­cia inter­na­cional. Em jul­ho de 2022, a enti­dade havia dec­re­ta­do sta­tus de emergên­cia em razão do sur­to da doença em diver­sos país­es.

Doença

A mpox é uma doença zoonóti­ca viral. A trans­mis­são para humanos pode ocor­rer por meio do con­ta­to com ani­mais sil­vestres infec­ta­dos, pes­soas infec­tadas pelo vírus e mate­ri­ais con­t­a­m­i­na­dos. Os sin­tomas, em ger­al, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, lin­fon­o­dos incha­dos (ínguas), febre, dores no cor­po, dor de cabeça, calafrio e fraque­za.

As lesões podem ser planas ou lev­e­mente ele­vadas, preenchi­das com líqui­do claro ou amare­la­do, poden­do for­mar crostas que secam e caem. O número de lesões pode vari­ar de algu­mas a mil­hares. As erupções ten­dem a se con­cen­trar no ros­to, na pal­ma das mãos e na plan­ta dos pés, mas podem ocor­rer em qual­quer parte do cor­po, inclu­sive na boca, nos olhos, nos órgãos gen­i­tais e no ânus.

Edição: Sab­ri­na Craide

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