...
sábado ,15 fevereiro 2025
Home / Entretenimento / Mocidade abre o segundo dia de desfile na Sapucaí cantando o caju

Mocidade abre o segundo dia de desfile na Sapucaí cantando o caju

Repro­dução: © Foto: Mar­co Ter­ra­no­va | Rio de Janeiro

Histórias afro-brasileiras também foram tema das escolas


Pub­li­ca­do em 13/02/2024 — 09:15 Por Ana Cristi­na Cam­pos – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

ouvir:

O segun­do e últi­mo dia de des­files do Grupo Espe­cial no Sam­bó­dro­mo, no Rio de Janeiro, teve como destaque os enre­dos que hom­e­nageiam per­son­al­i­dades e histórias da pop­u­lação afro-brasileira, como a can­to­ra Alcione (Mangueira), o livro Um Defeito de Cor (Portela), o almi­rante negro João Cân­di­do (Tuiu­ti) e divin­dades africanas (Viradouro).

A noite começou com a Moci­dade Inde­pen­dente de Padre Miguel que trouxe para a aveni­da enre­do com o títu­lo Pede caju que dou… Pé de caju que dá!. A esco­la verde e bran­ca cele­brou a importân­cia do caju na cul­tura nacional. A ideia foi con­tar a história da fru­ta nati­va dos povos orig­inários até os dias atu­ais.

Em segui­da, entrou na Mar­ques de Sapu­caí a Portela que apre­sen­tou o enre­do Um defeito de cor, basea­do no livro homôn­i­mo de Ana Maria Gonçalves. No romance, Kehinde, mul­her escrav­iza­da ain­da cri­ança na África que viveu boa parte da vida no Brasil, procu­ra um fil­ho per­di­do, que seria Luiz Gama, famoso abo­l­i­cionista, jor­nal­ista, poeta e advo­ga­do brasileiro.

A Unidos de Vila Isabel veio na sequên­cia com o enre­do Gbalá – viagem ao Tem­p­lo da Cri­ação. Foram nar­radas histórias yorubá des­de que a humanidade existe. É uma reed­ição do enre­do que foi trazi­do pela esco­la para a aveni­da em 1993. Os ver­sos atu­alizaram a men­sagem ante­ri­or, com uma leitu­ra mais atu­al sobre a respon­s­abil­i­dade humana com o plan­e­ta e as ger­ações futuras.

A Mangueira entrou em segui­da para cel­e­brar a história de vida da can­to­ra Alcione com o enre­do A negra voz do aman­hã. Ícone do sam­ba, da músi­ca brasileira e da esco­la do mor­ro da Mangueira, a história de Alcione foi con­ta­da des­de a infân­cia, no Maran­hão, onde nasceu, até a con­strução da vida artís­ti­ca no Rio de Janeiro. Em 2024, a can­to­ra com­ple­ta 50 anos de car­reira.

A Paraí­so do Tuiu­ti apre­sen­tou o enre­do Glória ao almi­rante negro, sobre a tra­jetória rev­olu­cionária de João Cân­di­do Felis­ber­to, con­heci­do por lid­er­ar a revol­ta da Chi­ba­ta, em 1910. No episó­dio, o lev­ante pre­tendia acabar com as práti­cas vio­len­tas e maus tratos da Mar­in­ha aos mar­in­heiros, na maio­r­ia, negros.

O últi­mo des­file na Sapu­caí foi da Unidos do Viradouro, que trouxe o enre­do Arroboboi, Dan­g­bé!, lid­er­a­do pelo car­navale­sco Tar­cí­sio Zanon. Foi con­ta­do na aveni­da o mito de uma ser­pente vodum, que se tornou uma divin­dade após épi­ca batal­ha entre reinos da anti­ga região da Cos­ta da Mina, na África.

Edição: Denise Griesinger

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Aquário de São Paulo anuncia nascimento de seu primeiro urso-polar

Nur é o primeiro caso de reprodução de ursos-polares na América Latina Guil­herme Jerony­mo — …