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Mocidade Alegre é a campeã do carnaval 2023 de São Paulo

Repro­dução: facebook.com/mocidadealegre

Escola contou a história de um samurai negro


Pub­li­ca­do em 21/02/2023 — 20:44 Por Luciano Nasci­men­to e Dou­glas Cor­rêa – Repórteres da Agên­cia Brasil — São Luís e Rio de Janeiro

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A esco­la de sam­ba Moci­dade Ale­gre foi a grande campeã do car­naval 2023 de São Paulo. Em segun­do lugar ficou a Man­cha Verde e, em ter­ceiro, a Império de Casa Verde. O resul­ta­do, que garan­tiu o 11° títu­lo para a esco­la, inverte a definição da apu­ração do ano pas­sa­do, quan­do a Man­cha se sagrou campeã e a Moci­dade ficou em segun­do.

A apu­ração das notas do des­file ocor­reu na tarde des­ta terça-feira (21), no Sam­bó­dro­mo do Anhem­bi, na zona Norte da cap­i­tal paulista. A rep­re­sen­tante do bair­ro do Limão, encan­tou públi­co e jura­dos con­tan­do a história do samu­rai negro Yasuke.

Samurai negro

A Moci­dade entrou na pas­sarela, no últi­mo sába­do (18), para can­tar e con­tar a vida de Yasuke, guer­reiro que alcançou o pos­to de samu­rai sob o domínio de um poderoso sen­hor feu­dal japonês do Sécu­lo 16 — Oda Nobuna­ga. Foi sobre a história de vida desse guer­reiro negro que a Moci­dade Ale­gre desen­volveu seu enre­do.

Na aveni­da, a esco­la traçou um para­le­lo entre o Japão e a África. O sam­ba mostrou o samu­rai em armadu­ra pre­ta, para enfrentar guer­ril­has e adver­si­dades cotid­i­anas do mun­do con­tem­porâ­neo, como o pre­con­ceito racial. Ao lon­go do des­file foi mostra­do, ain­da, os desafios de Yasuke em se tornar um samu­rai. Um dos car­ros retra­tou um tem­p­lo samu­rai e as tradições reli­giosas e cul­tur­ais do Japão, estam­padas nos car­ros e ale­go­rias.

11 títulos

A esco­la Moci­dade Ale­gre é a recordista de títu­los do car­naval paulista. Tem 11 no total. Este últi­mo chegou depois de um jejum de nove anos. A Moci­dade foi campeã do Grupo Espe­cial nos anos de 1971, 1972, 1973, 1980, 2004, 2007, 2009 e 2012, 2013, 2014 e 2023.

Mancha Verde

A Man­cha Verde, esco­la vice-campeã, entrou na aveni­da com o enre­do Oxente — Sou Xax­a­do, Sou Nordeste, Sou Brasil. Ela mostrou as cul­turas e tradições do sertão per­nam­bu­cano no pas­so do xax­a­do, a dança comem­o­ra­ti­va de vitória das batal­has de Lampião e seu ban­do. O rit­mo foi pop­u­lar­iza­do pelo Rei do Baião, Luiz Gon­za­ga.

Império de Casa Verde

A Império de Casa Verde, ter­ceira colo­ca­da, exal­tou o batuque e os tam­bores como expressões de reli­giosi­dade, tradição, cul­tura e musi­cal­i­dade vin­dos da África à Casa Verde, redu­to de sam­bis­tas.

O sam­ba enre­do Império Dos Tam­bores — Um Brasil Afro­mu­si­cal lev­ou para a aveni­da uma viagem aos sons e tradições africanas e sur­preen­deu com a comis­são de frente, ao mostrar o par­to de um bebê quase real surgi­do da flor de Baobá, e o rito musi­cal que envolve esse nasci­men­to.

Rebaixadas

As esco­las de sam­ba Estrela do Ter­ceiro Milênio e Unidos de Vila Maria, as duas com as menores notas — ambas com 269,1 pon­tos- foram rebaix­adas para o Grupo de Aces­so em 2024. A Ter­ceiro Milênio, que estre­ou no Grupo Espe­cial este ano, ficou na últi­ma colo­cação pelos critérios de desem­pate.

Edição: Nélio Neves de Andrade

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