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Moraes manda PF entregar conversas entre delegado e Marielle Franco

Defesa quer demonstrar que delegado mantinha boa relação com vereadora

Felipe Pontes — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 11/03/2025 — 12:28
Brasília
Vereadora Marielle Franco. Foto: Ascom/Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro
Repro­dução: © Ascom/Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro

O min­istro Alexan­dre de Moraes, do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF), orde­nou que a Polí­cia Fed­er­al (PF) entregue à Corte as con­ver­sas que o ex-chefe da Polí­cia Civ­il do Rio de Janeiro Rival­do Bar­bosa man­tinha com a vereado­ra Marielle Fran­co, assas­si­na­da em março de 2018 jun­to com seu motorista, Ander­son Gomes.

Rival­do está pre­so pre­ven­ti­va­mente des­de março do ano pas­sa­do, acu­sa­do de par­tic­i­pação como um dos men­tores do crime. Segun­do denún­cia da Procu­rado­ria-Ger­al da Repúbli­ca (PGR), ele teria plane­ja­do e orde­na­do a morte da vereado­ra, além de ter atu­a­do para atra­pal­har as inves­ti­gações sobre o crime enquan­to chefi­a­va a polí­cia flu­mi­nense.

A decisão de Moraes atende a um pedi­do da defe­sa de Rival­do, que sem­pre negou a par­tic­i­pação dele no crime, para que as con­ver­sas dele com Marielle sejam anex­adas ao proces­so. O advo­ga­do Marce­lo Fer­reira pre­tende usar o mate­r­i­al para demon­strar o que seria uma relação cor­dial e profis­sion­al entre os dois.

Pela ordem de Moraes, a PF deve encam­in­har tam­bém as con­ver­sas de Rival­do com os del­e­ga­dos Gini­ton Lages e Daniel Rosa, que atu­aram no caso Marielle, e Bren­no Carnevale, que rela­tou inter­fer­ên­cias do ex-chefe de polí­cia sobre a Del­e­ga­cia de Homicí­dios da cap­i­tal. A defe­sa pre­tende sus­ten­tar que o ex-chefe de polí­cia fez cobranças a respeito da apu­ração do assas­si­na­to. Todos os diál­o­gos foram extraí­dos de apar­el­hos apreen­di­dos nas inves­ti­gações.

Moraes tam­bém deter­mi­nou, a pedi­do da defe­sa, que a Justiça do Rio de Janeiro encam­in­he a ínte­gra de um proces­so crim­i­nal que, segun­do os advo­ga­dos, demon­stra que o crime foi cometi­do a man­do de Cris­tiano Girão, acu­sa­do de chefi­ar uma milí­cia no bair­ro Gardê­nia Azul.

Out­ros pedi­dos da defe­sa, con­tu­do, foram nega­dos por Moraes. Entre eles, o de que Ron­nie Lessa, execu­tor con­fes­so do assas­si­na­to de Marielle e dela­tor de Rival­do Bar­bosa, seja sub­meti­do a uma perí­cia psiquiátri­ca para iden­ti­ficar even­tu­al transtorno de per­son­al­i­dade.

Out­ro pedi­do nega­do solic­i­ta­va que fos­se anex­a­do ao proces­so uma apu­ração da PF sobre o mon­i­tora­men­to ile­gal que teria sido feito pela Agên­cia Brasileira de Inteligên­cia (Abin) sobre o del­e­ga­do Daniel Rosa, um dos primeiros respon­sáveis pela inves­ti­gação do assas­si­na­to de Marielle, mas que acabou sendo afas­ta­do do caso.

A defe­sa de Rival­do sus­ten­ta a ver­são de que Rosa teria sido afas­ta­do das inves­ti­gações por ter apon­ta­do Cris­tiano Girão como man­dante do assas­si­na­to da vereado­ra.

Crime

A vereado­ra Marielle Fran­co e o motorista Ander­son Gomes foram assas­si­na­dos em 14 de março de 2018 na região cen­tral do Rio de Janeiro. Eles foram alvo de tiros dis­para­dos de um veícu­lo em movi­men­to con­tra o car­ro em que estavam.

Segun­do a denún­cia da PGR, o dep­uta­do Chiquin­ho Brazão (sem par­tido-RJ) agiu jun­to com seu irmão Domin­gos Brazão, con­sel­heiro do Tri­bunal de Con­tas do Esta­do do Rio de Janeiro, e Rival­do Bar­bosa, para plane­jar a morte de Marielle.

A moti­vação seria a atu­ação da vereado­ra con­tra a gri­lagem de ter­ras em áreas con­tro­ladas por milí­cias na zona oeste do Rio de Janeiro.

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