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Moraes pede que Meta envie dados sobre perfil que seria usado por Cid

Defesa do militar pediu investigação sobre vazamento da delação

André Richter — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 13/06/2025 — 19:29
Brasília
Brasília (DF), 10/06/2025 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes começa a ouvir os réus do núcleo 1 na ação da trama golpista, os interrogatórios ocorrerão presencialmente na sala de julgamentos da primeira turma da corte Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Repro­dução: © Val­ter Campanato/Agência Brasil

O min­istro Alexan­dre de Moraes, do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF), deter­mi­nou nes­ta sex­ta-feira (13) que a platafor­ma Meta envie à Corte os dados de dois per­fis nas redes soci­ais que suposta­mente teri­am sido usa­dos pelo tenente-coro­nel Mau­ro Cid, ex-aju­dante de Ordens do ex-pres­i­dente Jair Bol­sonaro, para vazar infor­mações sobre a delação pre­mi­a­da assi­na­da com a Polí­cia Fed­er­al (PF) na inves­ti­gação sobre a tra­ma golpista.

A Meta dev­erá enviar ao STF, no pra­zo de 24 horas, os dados cadas­trais das con­tas @gabrielar702 e Gabriela R, no Insta­gram, incluin­do número de celu­lar e out­ras infor­mações, além das posta­gens real­izadas entre 1° de maio de 2023 e 13 de jun­ho de 2025.

A decisão foi moti­va­da por um pedi­do de aber­tu­ra de inves­ti­gação da defe­sa de Cid após a revista Veja pub­licar que ele teria men­ti­do no depoi­men­to presta­do na segun­da-feira (9) ao Supre­mo.

No depoi­men­to, Cid foi per­gun­ta­do pela defe­sa de Bol­sonaro se tin­ha con­hec­i­men­to sobre o per­fil, que é iden­ti­fi­ca­do com o mes­mo nome da esposa do mil­i­tar, Gabriela Cid. Ele respon­deu que não sabia se o per­fil era de sua esposa e afir­mou que não usou redes soci­ais para se comu­nicar com out­ros inves­ti­ga­dos.

Os advo­ga­dos do ex-pres­i­dente lev­an­taram a sus­pei­ta de que Cid usou o per­fil para vazar infor­mações de seus depoi­men­tos de delação. Pelas cláusu­las do acor­do, os depoi­men­tos são sig­ilosos, e o des­cumpri­men­to pode levar a penal­i­dades, como a anu­lação dos bene­fí­cios, entre eles, a pos­si­bil­i­dade de respon­der ao proces­so em liber­dade.

Após a pub­li­cação da reportagem, Bol­sonaro pub­li­cou uma men­sagem na rede social X na qual defend­eu a anu­lação da delação de Cid. Segun­do ele, a acusação da tra­ma golpista é uma “farsa”.

“Essa delação deve ser anu­la­da. Bra­ga Net­to e os demais devem ser lib­er­ta­dos ime­di­ata­mente. E esse proces­so políti­co dis­farça­do de ação penal pre­cisa ser inter­rompi­do antes que cause danos irre­ver­síveis ao Esta­do de Dire­ito em nos­so país”, escreveu.

Defesa

No pedi­do de inves­ti­gação envi­a­do ao STF, a defe­sa de Mau­ro Cid disse que a reportagem da revista Veja é “men­tirosa”.

“Esse per­fil não é e nun­ca foi uti­liza­do por Mau­ro Cid, pois, ain­da que seja coin­ci­dente com o nome de sua esposa (Gabriela), com ela não guar­da qual­quer relação”, garante a defe­sa do mil­i­tar.

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