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Morre aos 66 anos Quinho do Salgueiro, cantor de sambas-enredo

Repro­dução: © Instagram/@quinhodosalgueiro

Ele lutava contra um câncer de próstata desde 2022


Pub­li­ca­do em 04/01/2024 — 09:22 Por Vitor Abdala – Repórter da Agên­cia Brasil* — Rio de Janeiro

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O can­tor Quin­ho do Salgueiro, intér­prete de sam­bas-enre­do do car­naval car­i­o­ca, mor­reu nes­ta quar­ta-feira (3), aos 66 anos. Ele mor­reu no Hos­pi­tal Munic­i­pal Evan­dro Freire, na zona norte do Rio, de insu­fi­ciên­cia res­pi­ratória. Des­de 2022, Quin­ho vin­ha lutan­do con­tra um câncer de prós­ta­ta.

Melquisedeque Marins Mar­ques foi o can­tor da esco­la de sam­ba Acadêmi­cos do Salgueiro, no car­naval campeão de 1993, com o famoso Peguei um Ita no Norte. Tam­bém par­ticipou do títu­lo salgueirense de 2009, com o enre­do Tam­bor. Em seu per­fil no Insta­gram, a esco­la de sam­ba lamen­tou a morte de Quin­ho.

Hoje o Salgueiro Cho­ra! Com pro­fun­da emoção e um nó na gar­gan­ta, comu­ni­camos o doloroso adeus a Melquisedeque Marins Mar­ques, nos­so Quin­ho do Salgueiro, um gigante cuja lig­ação com o G.R.E.S. Acadêmi­cos do Salgueiro tran­scen­deu os lim­ites da músi­ca e do car­naval. Quin­ho não foi ape­nas um intér­prete tal­en­toso; ele foi a voz que ecoou em cada con­quista, em cada des­file, e que se entre­laçou inti­ma­mente com a alma do Salgueiro

Quin­ho começou a car­reira no blo­co Boi da Ilha, que deu origem à esco­la de sam­ba União da Ilha. Depois, pas­sou a can­tar jun­to com Arol­do Melo­dia, na esco­la da Ilha do Gov­er­nador, até se tornar, em 1985, o intér­prete prin­ci­pal da esco­la.

“Ele é um grande exem­p­lo, como intér­prete, para mim. Foi um grande seguidor do meu pai, Arol­do Melo­dia, até virar uma estrela da Acadêmi­cos do Salgueiro. Ele deixa muitas saudades e vai faz­er mui­ta fal­ta para todo o povo do sam­ba”, disse Ito Melo­dia, intér­prete da Unidos da Tiju­ca.

Foi ele quem can­tou o famoso sam­ba Fes­ta Pro­fana, que lev­ou a União da Ilha ao ter­ceiro lugar do car­naval. “Melquisedeque Marins Mar­ques era con­heci­do como Quin­ho do Salgueiro pelas belas pági­nas da história do Car­naval que con­stru­iu naque­la agremi­ação. Só que o Quin­ho do Salgueiro tam­bém era fil­ho da Ilha. Foi sob o pavil­hão insu­lano que sua voz mar­cante se fez ouvir pela primeira vez para o mun­do do sam­ba”, pub­li­cou a esco­la em suas redes.

Tam­bém par­ticipou do car­naval paulista, pela esco­la de sam­ba Rosas de Ouro, em 2000. A agremi­ação de São Paulo tam­bém lamen­tou a morte de Quin­ho em suas redes, chamando‑o de “um dos grandes pux­adores de sam­ba da história do car­naval brasileiro”.

“Eu vi quan­do ele chegou para o car­naval, fazen­do um grande suces­so. Se tornou um irmão e um grande ami­go e par­ceiro. É uma grande per­da para o maior espetácu­lo audio­vi­su­al do plan­e­ta, que é o nos­so car­naval”, disse o can­tor Neguin­ho da Bei­ja-Flor.

Enterro

Seu cor­po será vela­do na tarde des­ta quin­ta-feira, na quadra do Salgueiro, e sepul­ta­do na sex­ta-feira (5), às 13h, no cemitério da Cacuia, na Ilha do Gov­er­nador.

Matéria ampli­a­da às 10h23 para incluir infor­mações sobre a causa da morte, no primeiro pará­grafo, e sobre o enter­ro, no últi­mo pará­grafo.

*Colaborou a repórter Cristi­na Índio do Brasil

Edição: Denise Griesinger

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