...
quarta-feira ,6 dezembro 2023
Home / Noticias / Morre em Brasília a jornalista Olga Bardawill

Morre em Brasília a jornalista Olga Bardawill

Repro­dução: © obardawil/ Divul­gação

Ex-funcionária da EBC estava em tratamento de câncer


Pub­li­ca­do em 16/09/2023 — 14:41 Por Agên­cia Brasil — São Paulo

ouvir:

A jor­nal­ista Olga Crispim Lobo Bar­daw­il, mor­reu na tarde des­ta sex­ta-feira (15), em Brasília, aos 77 anos. Ex-fun­cionária da Empre­sa Brasil de Comu­ni­cação (EBC), Olga esta­va em trata­men­to de câncer, apre­sen­tou pio­ra do quadro de saúde e teve como causas da morte um choque sép­ti­co, ou seja, uma infecção gen­er­al­iza­da, e metás­tase no fíga­do.

Na EBC, Olga tra­bal­hou em diver­sos meios de comu­ni­cação. A comu­ni­cado­ra par­ticipou da pro­dução do pro­gra­ma A Voz do Brasil, um dos car­ros-chefes da empre­sa públi­ca, e inte­grou a equipe de tradução da Agên­cia Brasil.

Ela tam­bém foi asses­so­ra de comu­ni­cação na Presidên­cia da Repúbli­ca, durante os gov­er­nos de Luiz Iná­cio Lula da Sil­va e Dil­ma Rouss­eff e asses­sorou o ex-min­istro da Cul­tura Ser­gio Paulo Rouanet, que criou, em 1991, a Lei Fed­er­al de Incen­ti­vo à Cul­tura, mais con­heci­da como Lei Rouanet. Olga ain­da desem­pen­hou a função de repórter esporti­va na déca­da de 1980, em São Paulo.

Olga foi casa­da com o tam­bém jor­nal­ista José Car­los Bar­daw­il, que fale­ceu em 1997. Ela deixou três fil­hos: Bernar­do, Car­oli­na e Mário.

A jor­nal­ista e tradu­to­ra se desvin­cu­lou da EBC em fevereiro de 2018, após aderir a um plano de demis­são vol­un­tária (PDV). “Fui apre­sen­ta­do a Olga como a esposa do grande jor­nal­ista José Car­los Bar­daw­il, mas logo ficou claro que a jor­nal­ista Olga Bar­daw­il era jor­nal­ista com vida própria, muito tal­en­to, deter­mi­nação e caráter. Parte de sua tra­jetória foi na EBC, e lamen­to muito seu falec­i­men­to”, afir­mou o pres­i­dente da empre­sa públi­ca de comu­ni­cação, Hélio Doyle.

Cole­gas de profis­são prestaram con­dolên­cias à família de Olga, nas redes soci­ais, e lem­braram sua tra­jetória. “A impren­sa nacional perde a vet­er­ana Olga Bar­daw­il, figu­ra impor­tante na luta pela rede­moc­ra­ti­za­ção do país”, escreveu a jor­nal­ista Mau­ra Fra­ga, em sua con­ta no Face­book.

A jor­nal­ista Lana Cristi­na Car­mo já divid­iu o dia a dia da redação com Olga e con­ta, com car­in­ho, uma história de muitos anos antes desse perío­do. Lana ain­da tra­bal­ha­va no Jor­nal de Brasília.

Segun­do Lana, um dos maiores receios era faz­er a cober­tu­ra jor­nalís­ti­ca de enter­ros e velórios, já que os repórteres pre­cisam, nes­sas ocasiões, abor­dar par­entes que estão em sofri­men­to, para con­seguir algu­ma fala e inseri-la na matéria que vai ao ar ou será pub­li­ca­da. Olga teve a del­i­cadeza de acalmá-la em relação a isso, jus­ta­mente quan­do esta­va de luto por seu ex-com­pan­heiro, José Car­los Bar­daw­il, de quem cuidou e era ami­ga, mes­mo após a sep­a­ração como casal.

Lana comen­ta que Olga acred­i­tou, pela sua aparên­cia, que fos­se estag­iária e não uma jor­nal­ista de 25 anos. “Chego lá, me mostram quem é ela. Eu, cheia de dedos para con­ver­sar. Ela olhou para mim e disse: ‘não tem prob­le­ma, eu con­ver­so, sou jor­nal­ista e sei como é isso.’ Fiquei pen­san­do: será que fiz algu­ma per­gun­ta idio­ta? Depois vi que não, ela me deixou muito à von­tade”, rela­ta a ex-ger­ente da Agên­cia Brasil.

O velório da jor­nal­ista está sendo real­iza­do nes­ta tarde, na Capela 1 do Cemitério Cam­po da Esper­ança, local­iza­do na Asa Sul, em Brasília.

Tex­to ampli­a­do às 14h50

Edição: Nádia Fran­co

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Em Maceió, afundamento do solo diminui para 0,3 cm por hora

Repro­dução: © Gésio Passos/Agência Brasil Local onde fica a mina da 18 da Braskem já …