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Morre em Florianópolis, aos 84 anos, o pianista Arthur Moreira Lima

Velório ocorre hoje (31) no Jardim da Paz, na capital catarinense

Cami­la Boehm — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 31/10/2024 — 10:29
São Paulo
Brasília (DF), 31/10/2023 - Pianista Arthur Moreira Lima. Foto: Carlos Gustavo Kersten/Divulgação
Repro­dução: © Car­los Gus­ta­vo Kersten/Divulgação

O pianista Arthur Mor­eira Lima mor­reu na noite dessa quar­ta-feira (30), aos 84 anos, na cidade de Flo­ri­anópo­lis, em San­ta Cata­ri­na. Ele trata­va um câncer no intesti­no que havia descober­to no ano pas­sa­do. O velório está pre­vis­to para hoje (31), no Jardim da Paz, na cap­i­tal catari­nense.

Alguns dos destaques de sua car­reira foram as inter­pre­tações de grandes com­pos­i­tores como Liszt, Chopin, Prokofiev e Vil­la-Lobos, além de pop­u­larizar a músi­ca brasileira com gravações de Ernesto Nazareth e clás­si­cos do choro e do sam­ba.

O gov­er­nador de San­ta Cata­ri­na, Jorgin­ho Mel­lo, lamen­tou, pelas redes soci­ais, a morte do pianista. “O Brasil perde Arthur Mor­eira Lima, um dos maiores pianistas do seu tem­po e que ado­tou San­ta Cata­ri­na como seu lar. Um artista que via­jou o mun­do e dedi­cou a vida a levar a músi­ca clás­si­ca a todos os can­tos do país, encan­tan­do corações e mentes com seu tal­en­to úni­co”, escreveu na rede social X.

Nasci­do no Rio de Janeiro em 1940, ini­ciou seus estu­dos ain­da cri­ança e teve o primeiro recital profis­sion­al em 1949, no The­atro da Paz, em Belém (PA). Na época, venceu impor­tantes con­cur­sos no Brasil, como o Jovens Solis­tas, pro­movi­do pela Orques­tra Sin­fôni­ca Brasileira, nas edições de 1949 e 1952.

O pianista de pro­jeção inter­na­cional par­ticipou de impor­tantes orques­tras fora do país. Segun­do infor­mações do Insti­tu­to Piano Brasileiro, entre as orques­tras e regentes com quem se apre­sen­tou, desta­cam-se as filar­môni­cas de Leningra­do, Moscou e Varsóvia, as sin­fôni­cas de Berlim, Viena e Pra­ga, além das orques­tras da BBC de Lon­dres e a Nacional da França.

No Brasil, entre os artis­tas e gru­pos com quem tra­bal­hou, um dos destaques é o con­jun­to Época de Ouro, fun­da­do por Jacob do Ban­dolim, o can­tor e vio­leiro Elo­mar Figueira Mel­lo, e os mae­stros e mul­ti-instru­men­tis­tas Paulo Moura e Her­al­do do Monte.

A par­tir da déca­da de 1990, Lima pas­sou a se apre­sen­tar com maior fre­quên­cia em espaços públi­cos para a pop­u­lação sem aces­so às salas de con­cer­tos e espetácu­los. Tocou em even­tos no Mor­ro da Mangueira e na Favela da Rocin­ha, além de per­cor­rer o país a bor­do do cam­in­hão-teatro, a par­tir de 2003, real­izan­do con­cer­tos gra­tu­itos. O pro­je­to chama­do “Um Piano pela Estra­da” lev­a­va músi­ca a locais onde o aces­so à cul­tura era precário, com mais de 500 con­cer­tos real­iza­dos.

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