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Morre no Rio o apresentador Cid Moreira

Ele tinha 97 anos e estava em tratamento de uma pneumonia

Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­da em 03/10/2024 — 11:46
São Paulo
Rio de Janeiro- 03/10/2024 Morre o jornalista Cid Moreira, um dos rostos mais icônicos da televisão brasileira, aos 97 anos Jornalista. Foto Cid Moreira/ instagram
 Repro­dução: © Foto Cid Moreira/ insta­gram

O jor­nal­ista, locu­tor e apre­sen­ta­dor Cid Mor­eira mor­reu nes­ta quin­ta-feira (03), aos 97 anos, no Rio de Janeiro. Inter­na­do há algu­mas sem­anas para tratar uma pneu­mo­nia no Hos­pi­tal San­ta Tereza, em Petrópo­lis, ele não resis­tiu e fale­ceu por insu­fi­ciên­cia renal crôni­ca.

O locu­tor tornou-se o ros­to mais mar­cante do Jor­nal Nacional, da Rede Globo, e da tele­visão brasileira, ao ser o primeiro a coman­dar a ban­ca­da do noti­ciário que por anos foi líder abso­lu­to de audiên­cia.

Em nota, o pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va lamen­tou a morte do apre­sen­ta­dor.

“Com tris­teza, o Brasil se des­pede hoje de uma das per­son­al­i­dades mais emblemáti­cas da história do nos­so jor­nal­is­mo e tele­visão”, clas­si­fi­cou Lula. “Meus sen­ti­men­tos aos famil­iares, ami­gos, cole­gas e admi­radores de Cid Mor­eira. Seu lega­do no jor­nal­is­mo e na tele­visão brasileira será eter­na­mente lem­bra­do.”

Cid Mor­eira, que com­ple­tou 97 anos no domin­go, apre­sen­tou o Jor­nal Nacional por, aprox­i­mada­mente, oito mil vezes.

Dono de uma voz grave, dedi­cou-se tam­bém a gravar salmos bíbli­cos no iní­cio de 1990 e a ínte­gra da Bíblia em 2011, ambos com grande suces­so.

O apre­sen­ta­dor mais icôni­co da tele­visão brasileira nasceu em Taubaté, no Vale do Paraí­ba (SP) em 1927. Começou a car­reira no rádio, aos 17 anos, em 1944, na Rádio Difu­so­ra da cidade. Quan­do se mudou para São Paulo tra­bal­hou na Rádio Ban­deirantes e na Propa­go Pub­li­ci­dade.

Jornal Nacional

No Rio de Janeiro, em 1951, Cid Mor­eira foi locu­tor da Rádio Mayrink Veiga, época na qual começou a gravar com­er­ci­ais ao vivo em pro­gra­mas da TV Rio. Foi em 1963 sua estreia ofi­cial como locu­tor de notí­cias à frente do Jor­nal de Van­guar­da, da TV Rio. Em segui­da, pas­sou por emis­so­ras como a Tupi, Excel­sior, Con­ti­nen­tal e Globo.

Em setem­bro de 1969, em ple­na ditadu­ra mil­i­tar, ocor­reu a primeira trans­mis­são do Jor­nal Nacional com Cid Mor­eira, ao lado de Hilton Gomes.

No mes­mo ano, Mor­eira foi uma dos apre­sen­ta­dores que leu ao vivo a car­ta da Ação de Lib­er­tação Nacional (ALN) e do Movi­men­to Rev­olu­cionário 8 de Out­ubro (MR‑8) sobre o seque­stro do embaix­ador dos Esta­dos Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick.

O embaix­ador foi lib­er­ta­do após 78 horas em tro­ca da lib­er­tação de 15 pre­sos políti­cos pre­sos pela ditadu­ra mil­i­tar, exi­la­dos no Méx­i­co.

Cid Mor­eira per­maneceu na ban­ca­da do Jor­nal Nacional por 26 anos.

Ele tam­bém fez vários pro­je­tos para­le­los além do jor­nal­is­mo e das leituras de tex­tos reli­giosos.

Atu­ou no Fan­tás­ti­co, ficou famoso com o quadro do ilu­sion­ista Mr. M, o “sen­hor de todos os sac­rilé­gios”, que desven­da­va os artifí­cios uti­liza­dos pelos mági­cos em seus truques.

Sua biografia foi lança­da em 2010, sob títu­lo “Boa Noite – Cid Mor­eira, a Grande Voz da Comu­ni­cação do Brasil”, escri­ta por sua esposa Fáti­ma Sam­paio Mor­eira.

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