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Mostra no CCBB-Rio exibe 24 filmes do ator norte-americano Al Pacino

Repro­dução: © Divul­gação CCB-RJ

Exibições vão até dia 25 de abril


Publicado em 03/04/2024 — 08:12 Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil — Rio de Janeiro

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Começa nes­ta quar­ta-feira (3), no Cen­tro Cul­tur­al Ban­co do Brasil Rio de Janeiro (CCBB-RJ), a mostra inédi­ta Paci­no, que leva ao públi­co 24 filmes mais mar­cantes da car­reira do ator Al Paci­no, que com­ple­tará 84 anos no próx­i­mo dia 25.

Os ingres­sos para as sessões reg­u­lares no cin­e­ma do CCBB-RJ cus­tam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia entra­da) e podem ser adquiri­dos a par­tir das 9h do dia da sessão, na bil­hete­ria físi­ca ou pela inter­net. A mostra ficará em car­taz até 6 de maio, e a pro­gra­mação pode ser con­feri­da aqui.

Além dos filmes, haverá um debate no dia 11 de abril (às 18h) com o curador da mostra Paulo San­tos Lima, com a atriz Karine Teles e com o pro­fes­sor e dire­tor de cin­e­ma Pedro Hen­rique Fer­reira.

AL PACINO - Mostra inédita Pacino, no CCBB RJ. - Um dia de cão .Foto: Divulgação CCBB-RJ
Repro­dução: Al Paci­no inter­pre­ta Son­ny Wortzik em Um dia de cão, de 1975 — Divul­gação CCBB-RJ

No dia seguinte (12), terá iní­cio um cur­so de três aulas que se esten­derá até o domin­go (14), das 12h às 14h, com Paulo San­tos Lima. O cur­so abor­dará a história da atuação no cin­e­ma e, em espe­cial, o método mod­er­no de atuação nos Esta­dos Unidos, onde se for­mou Al Paci­no. As inscrições para o cur­so devem ser feitas pelo e‑mail [email protected].

A mostra terá tam­bém uma sessão com recur­sos de aces­si­bil­i­dade (leg­endagem des­criti­va, audiode­scrição e LIBRAS) do filme Um Dia de Cão (1975), de Sid­ney Lumet, no dia 19 de abril, às 15h30. O debate, o cur­so e a sessão inclu­si­va são gra­tu­itos.

Continuidade

Falan­do à Agên­cia Brasil, o curador Paulo San­tos Lima expli­cou que, de cer­to modo, a mostra Paci­no é uma con­tin­u­ação da mostra De Niro, real­iza­da em 2019. “Daí, como se fos­se uma con­tin­u­ação, a ideia de traz­er Al Paci­no que assim tam­bém é uma for­ma de voltar aos filmes, à história do cin­e­ma e, tam­bém, a essa refer­ên­cia enorme que é o Al Paci­no”.

Serão exibidos filmes pro­tag­on­i­za­dos pelo ator entre 1971 e 2019. “pegan­do um arco lon­go que tam­bém dá para a gente ver as mudanças que Al Paci­no, ao lon­go da car­reira dele, foi ten­do, como atu­ação”.

AL PACINO - Mostra inédita Pacino, no CCBB RJ. - Serpico .Foto: Divulgação CCBB-RJ
Repro­dução: Paci­no inter­pre­ta Frank Ser­pi­co, no filme Ser­pi­co (1973) — Divul­gação CCBB-RJ

Segun­do San­tos Lima, a trilo­gia O Poderoso Chefão, que está na mostra, foi respon­sáv­el por inserir o ator em um cer­to imag­inário cole­ti­vo. “Em qual­quer lugar do mun­do, alguém olha a imagem de Michael Cor­leone e remete a Al Paci­no ou Al Paci­no a Michael Cor­leone e ao Poderoso Chefão. Em Scar­face isso tam­bém é bem mar­cante”, desta­cou o curador.

Paulo San­tos Lima tam­bém desta­cou o perío­do que con­sid­era ser o mais rico de Paci­no, os anos da déca­da de 1970, com Um Dia de Cão e Ser­pi­co, por exem­p­lo, e 1990, com Per­fume de Mul­her, que deu a Paci­no seu úni­co Oscar.

AL PACINO - Mostra inédita Pacino, no CCBB RJ. - Advogado do Diabo .Foto: Divulgação CCBB-RJ
Repro­dução: O filme Advo­ga­do do Dia­bo tam­bém com­põe a mostra Al Paci­no — Divul­gação CCBB-RJ

O curador obser­vou que enquan­to Robert de Niro se car­ac­ter­i­za por trans­for­mações extremas do cor­po, Al Paci­no é mar­ca­do pelo sem­blante, ges­tu­al e por uma atu­ação que mescla con­tenção e explosão.

Na avali­ação de San­tos Lima, a car­ac­terís­ti­ca mais mar­cante de Al Paci­no é no seu modo de atu­ar, influ­en­ci­a­do pelo méto­do do Actors Stu­dio, como quase todos os de sua ger­ação, a chama­da Nova Hol­ly­wood, que tem um reg­istro mais real­ista na atu­ação.

“Acho que Al Paci­no é o grande ator a traz­er no cor­po, na expressão, uma cer­ta condição de mun­do. Ele, às vezes, parece extrema­mente abati­do. Tem vários papéis dramáti­cos e, quan­do é comé­dia, é mais leve. Está ali Al Paci­no sem­pre com uma res­pi­ração, uma lida com o esta­do das coisas. Isso é muito mar­cante no olhar e no tra­bal­ho dele, no ger­al”.

Homenagem

Essa é a maior mostra já real­iza­da em hom­e­nagem a Al Paci­no, com obras que vão des­de o iní­cio de sua car­reira no cin­e­ma, como Os Vici­a­dos (1971), seu primeiro tra­bal­ho como pro­tag­o­nista, pas­san­do pela trilo­gia de O Poderoso Chefão (1972, 1974, 1990), até filmes mais recentes como Era uma Vez em… Hol­ly­wood (2019).

AL PACINO - Mostra inédita Pacino, no CCBB RJ. - Poderoso Chefão II .Foto: Divulgação CCBB-RJ
Repro­dução: Al Paci­no é Don Cor­leone na trilo­gia Poderoso Chefão — Divul­gação CCBB-RJ

O esti­lo de Al Paci­no apre­sen­ta mod­u­lações des­de o iní­cio da sua car­reira, indo do nat­u­ral­is­mo do cin­e­ma mais real­ista dos anos 1970 – em filmes como Ser­pi­co (1973), pelo qual gan­hou seu primeiro prêmio Globo de Ouro e indi­cação ao Oscar de Mel­hor Ator, e Um Dia de Cão (1975), ambos de Sid­ney Lumet –; a algo mais expres­si­vo nos anos 1980, como Scar­face, de Bri­an De Pal­ma, e, a par­tir dos anos 1990, a mar­ca Al Paci­no, que ia de uma atu­ação quase exager­a­da em Per­fume de Mul­her (1992), de Mar­tin Brest, pre­mi­a­do com o Oscar e o Globo de Ouro de Mel­hor Ator, e Advo­ga­do do Dia­bo (1997), de Tay­lor Hack­ford, à pre­cisão de obras-pri­mas como O Paga­men­to Final (1993), de Bri­an De Pal­ma, e Fogo con­tra Fogo (1995), de Michael Mann.

A mostra Al Paci­no tem patrocínio do Ban­co do Brasil, por meio da Lei Fed­er­al de Incen­ti­vo à Cul­tura. Do Rio de Janeiro, ela seguirá para o CCBB Brasília, de 2 de jul­ho a 4 de agos­to e, simul­tane­a­mente, no CCBB São Paulo, de 6 de jul­ho a 18 de agos­to.

Edição: Denise Griesinger

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