...
segunda-feira ,9 setembro 2024
Home / Saúde / Mpox não é nova covid, diz diretor da OMS na Europa

Mpox não é nova covid, diz diretor da OMS na Europa

© REUTERS/Denis Balibouse/Proibida repro­dução

Há necessidade de compra de vacinas


Publicado em 20/08/2024 — 09:26 Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil — Brasília

ouvir:

O dire­tor region­al da Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, disse nes­ta terça-feira (20), em Gene­bra, que a mpox — inde­pen­den­te­mente de se tratar da nova vari­ante 1, por trás do sur­to atu­al na África, ou da vari­ante 2, respon­sáv­el pela emergên­cia glob­al em 2022 — não con­figu­ra “uma nova covid”.

“Sabe­mos muito sobre a vari­ante 2. Ain­da pre­cisamos apren­der mais sobre a vari­ante 1. Com base no que sabe­mos, a mpox é trans­mi­ti­da sobre­tu­do através do con­ta­to da pele com as lesões, inclu­sive durante o sexo”, disse. “Sabe­mos como con­tro­lar a mpox e – no con­ti­nente europeu – os pas­sos necessários para elim­i­nar com­ple­ta­mente a trans­mis­são,” disse.

O dire­tor region­al da OMS lem­brou que, há dois anos, foi pos­sív­el con­tro­lar a doença na Europa graças ao envolvi­men­to dire­to com gru­pos mais afe­ta­dos, incluin­do home­ns que fazem sexo com home­ns (HSH). “Imple­men­ta­mos uma vig­ilân­cia robus­ta, inves­tig­amos exaus­ti­va­mente novos con­tatos de pacientes e fornece­mos con­sel­hos sóli­dos de saúde públi­ca”, detal­hou.

“Mudança de com­por­ta­men­to, ações não dis­crim­i­natórias de saúde públi­ca e vaci­nação con­tra a mpox con­tribuíram para con­tro­lar o sur­to [em 2022]”, disse. “Mas, dev­i­do à fal­ta de com­pro­mis­so e de recur­sos, fal­hamos na reta final”, aler­tou, ao citar que a Europa reg­is­tra, atual­mente, cer­ca de 100 novos casos da vari­ante 2 todos os meses.

Emergência global

Para Kluge, a nova emergên­cia glob­al por mpox — provo­ca­da pela nova vari­ante 1 — per­mite que o con­ti­nente volte a se con­cen­trar tam­bém na vari­ante 2. Den­tre as ações desta­cadas por ele estão for­t­ale­cer a vig­ilân­cia e o diag­nós­ti­co de casos e emi­tir recomen­dações de saúde públi­ca, inclu­sive para via­jantes, “basea­d­os na ciên­cia, não no medo, sem estig­ma e sem dis­crim­i­nação”.

O dire­tor OMS Europa desta­cou ain­da a neces­si­dade de aquisição de vaci­nas e medica­men­tos antivi­rais para os que mais pre­cisam, con­forme estraté­gias de risco. “Em suma, mes­mo que reforce­mos a vig­ilân­cia con­tra a nova vari­ante 1, podemos – e deve­mos – nos esforçar para elim­i­nar a vari­ante 2 do con­ti­nente de uma vez por todas”, pre­coni­zou.

“A neces­si­dade de uma respos­ta coor­de­na­da, neste momen­to, é maior na região africana. O Cen­tro de Con­t­role e Pre­venção de Doenças na África declar­ou a mpox uma emergên­cia con­ti­nen­tal pouco antes da declar­ação glob­al fei­ta pela OMS. A Europa deve optar por agir em sol­i­dariedade”, con­cluiu, ao citar ações ime­di­atas para o que clas­si­fi­cou como “momen­to críti­co”, como tam­bém ações de lon­go pra­zo.

Edição: Kle­ber Sam­paio

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Paraty sedia evento sobre saber científico e tradicional para a saúde

Repro­dução:  @ Tv Brasil Representantes de 22 países de todos os continentes estão presentes Publicado …