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MS confirma suspeita de nova variante de covid-19 no Brasil

O Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (LACEN) está realizando exames para identificação do novo coronavírus (COVID-19)
© Rob­son Val­ver­de / SES-SC

Dois casos foram notificados pelo Laboratório Dasa no estado de SP


Publi­ca­do em 31/12/2020 — 18:03 Por Bru­no Boc­chi­ni — Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — São Pau­lo

O Minis­té­rio da Saú­de con­fir­mou hoje (31) que o Cen­tro de Infor­ma­ções Estra­té­gi­cas em Vigi­lân­cia em Saú­de de São Pau­lo foi noti­fi­ca­do pelo labo­ra­tó­rio de medi­ci­na diag­nós­ti­ca Dasa da sus­pei­ta de dois casos de uma nova vari­an­te do novo coro­na­ví­rus (SARS-CoV‑2) no esta­do de São Pau­lo.

“O Ins­ti­tu­to Adol­fo Lutz está ana­li­san­do duas amos­tras de vírus de casos com con­ta­to com o Rei­no Uni­do e, em até 48h, fará o sequen­ci­a­men­to gené­ti­co para iden­ti­fi­ca­ção da linha­gem”, dis­se o minis­té­rio em nota.

A nova vari­an­te do vírus, segun­do o labo­ra­tó­rio Dasa, é a mes­ma detec­ta­da recen­te­men­te na Ingla­ter­ra e nos Esta­dos Uni­dos. A con­fir­ma­ção da cepa em dois paci­en­tes foi fei­ta por meio de sequen­ci­a­men­to gené­ti­co rea­li­za­do em par­ce­ria com a Facul­da­de de Medi­ci­na da Uni­ver­si­da­de de São Pau­lo (FMUSP).

De acor­do com o labo­ra­tó­rio, a muta­ção não é mais letal do que outras cepas do novo coro­na­ví­rus, mas pode ser mais trans­mis­sí­vel. No Rei­no Uni­do, ela já repre­sen­ta mais de 50% dos novos casos diag­nos­ti­ca­dos, de acor­do com a Orga­ni­za­ção Mun­di­al da Saú­de (OMS).

Segun­do o Euro­pe­an Cen­tre for Dise­a­se Pre­ven­ti­on and Con­trol, resul­ta­dos pre­li­mi­na­res de estu­dos fei­tos no Rei­no Uni­do, publi­ca­dos em 19 de dezem­bro, suge­rem que a vari­an­te é sig­ni­fi­ca­ti­va­men­te mais trans­mis­sí­vel do que as vari­an­tes ante­ri­or­men­te cir­cu­lan­tes, com um aumen­to esti­ma­do de trans­mis­si­bi­li­da­de de até 70%.

“O sequen­ci­a­men­to con­fir­mou que a nova cepa do vírus che­gou ao Bra­sil, como esta­mos obser­van­do em outros paí­ses. Dado seu alto poder de trans­mis­são esse resul­ta­do refor­ça a impor­tân­cia da qua­ren­te­na, e de man­ter o iso­la­men­to de dez dias, espe­ci­al­men­te para quem esti­ver vin­do ou aca­ba­do de che­gar da Euro­pa”, des­ta­cou a pes­qui­sa­do­ra da FMUSP Ester Sabi­no.

Segun­do a cien­tis­ta, a pre­ven­ção ain­da é o méto­do mais efi­caz para bar­rar a pro­pa­ga­ção do vírus: lavar as mãos, inten­si­fi­car o dis­tan­ci­a­men­to físi­co, usar más­ca­ras e dei­xar os ambi­en­tes sem­pre ven­ti­la­dos.

De acor­do com o Minis­té­rio da Saú­de, a Vigi­lân­cia Epi­de­mi­o­ló­gi­ca da Secre­ta­ria de Esta­do da Saú­de de São Pau­lo, em par­ce­ria com o muni­cí­pio da capi­tal, já tomou as pro­vi­dên­ci­as quan­to ao moni­to­ra­men­to dos casos con­fir­ma­dos.

Edi­ção: Valé­ria Agui­ar

Agên­cia Bra­sil / EBC


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