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MST e movimentos sociais ocupam sede do Incra em Alagoas

Repro­dução: © MST/Mykesio Max

Grupo pede exoneração do superintendente do órgão no estado


Pub­li­ca­do em 10/04/2023 — 20:15 Por Pedro Lac­er­da — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília
Atu­al­iza­do em 10/04/2023 — 21:28

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Cer­ca de 1,5 mil inte­grantes do Movi­men­to dos Tra­bal­hadores Rurais sem Ter­ra (MST) e de out­ros movi­men­tos soci­ais ocu­param, nes­ta segun­da-feira (10), a sede do Insti­tu­to Nacional de Col­o­niza­ção e Refor­ma Agrária (Incra) em Maceió. A lid­er­ança do grupo pede a exon­er­ação do atu­al super­in­ten­dente do Incra-AL, Cesar Lira, con­sid­er­a­do um “bol­sonar­ista raiz”. Para o coman­do do Incra no esta­do, as orga­ni­za­ções defen­d­em a indi­cação do engen­heiro José Ubi­ratan Rezende San­tana.

A ação é lid­er­a­da pelo MST em con­jun­to com a Comis­são Pas­toral da Ter­ra (CPT), Frente Nacional de Luta (FNL), Movi­men­to de Lib­er­tação dos Sem Ter­ra (MLST), Movi­men­to de Luta pela Ter­ra (MLT), Movi­men­to Ter­ra, Tra­bal­ho e Liber­dade (MTL) e Movi­men­to Ter­ra Livre (TL).

Segun­do o MST, a ação foi toma­da diante da morosi­dade do gov­er­no fed­er­al e do Min­istério do Desen­volvi­men­to Agrário em tomar medi­das admin­is­tra­ti­vas para sub­sti­tuir o super­in­ten­dente do órgão no esta­do, além de retomar a pau­ta da refor­ma agrária.

“É ina­ceitáv­el a con­tinuidade de uma gestão bol­sonar­ista. Por que o gov­er­no Lula man­tém por tan­to tem­po (mais de cem dias de gov­er­no) um super­in­ten­dente inimi­go da Refor­ma Agrária e com um históri­co de vio­lên­cia jun­to a lid­er­anças e comu­nidades?”, ques­tion­am as orga­ni­za­ções em nota con­jun­ta. “Enten­demos que o Incra é um órgão estratégi­co e deve ser um mecan­is­mo na colab­o­ração para reti­rar o país do mapa da fome”, desta­cam as enti­dades.

A ação faz parte do Abril Ver­mel­ho, mês no qual o MST relem­bra o mas­sacre de Eldo­ra­do dos Cara­jás, em 1996. Naque­le ano, no dia 17 de abril, 19 tra­bal­hadores sem ter­ra foram mor­tos em uma ação da Polí­cia Mil­i­tar no municí­pio local­iza­do no sud­este do Pará. Out­ras 79 pes­soas ficaram feri­das, duas das quais acabaram mor­ren­do no hos­pi­tal.

Procu­ra­do pela Agên­cia Brasil, o MDA diz que todas as nomeações para as super­in­tendên­cias region­ais do Incra e para os escritórios estad­u­ais do min­istério estão sendo tratadas na Casa Civ­il e na Sec­re­taria de Relações Insti­tu­cionais.

“O MDA e o Incra têm tra­bal­ha­do pela retoma­da do pro­gra­ma de refor­ma agrária no Brasil, par­al­isa­do nos últi­mos anos, e está aber­to ao diál­o­go com toda a sociedade”, diz a nota, que prom­ete reunião com lid­er­anças dos movi­men­tos soci­ais do cam­po de Alagoas para rece­ber a pau­ta de reivin­di­cações.

Agên­cia Brasil bus­ca con­ta­to com o Incra e atu­alizará esta reportagem assim que tiv­er retorno.

Matéria atu­al­iza­da às 21h29 para inclusão do posi­ciona­men­to do MDA.

Edição: Juliana Andrade

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