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Mulheres indígenas participam de eventos culturais em Nova York

Repro­dução: © Insti­tu­to Por Elas/Divulgação

Será de 13 a 26 de setembro. Iniciativa é do Instituto Elas por Elas


Pub­li­ca­do em 13/08/2023 — 12:18 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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O Insti­tu­to Por Elas, orga­ni­za­ção ded­i­ca­da à defe­sa dos dire­itos de meni­nas e mul­heres e à pro­moção da igual­dade de gênero em Minas Gerais e na Bahia, leva a Nova York, nos Esta­dos Unidos, seu primeiro pro­je­to itin­er­ante, o Yacy Por Elas. Pela primeira vez, mul­heres de povos indí­ge­nas de cin­co esta­dos brasileiros (Minas Gerais. Bahia, Per­nam­bu­co, Acre e Mato Grosso), artis­tas, par­tic­i­parão de uma série de even­tos na cidade, no perío­do de 13 a 26 de setem­bro.

A pro­gra­mação inclui apre­sen­tações cul­tur­ais e artís­ti­cas na Câmara de Comér­cio Brasil-Esta­dos Unidos. No dia 16 de setem­bro, a pro­fes­so­ra, artista e cineas­ta indí­ge­na Sueli Max­akali, do povo Tik­mũ’ũn, da região mineira de Ladain­ha, vai grafi­tar ao vivo um mur­al na cap­i­tal do esta­do de Nova Yok. O local está sendo escol­hi­do pela par­ceira do Insti­tu­to Por Elas naque­le país, o Angel­i­ca Walk­er Projects. No dia 24, as artis­tas indí­ge­nas abrirão exposição na sede da Orga­ni­za­ção das Nações Unidas (ONU), que se esten­derá até 4 de out­ubro, com apoio da Mis­são Per­ma­nente do Brasil na ONU.

Rizzia desta­cou que a exposição apre­sen­tará a rica cul­tura e as tradições dos povos indí­ge­nas do Brasil, desta­can­do sua relação com o meio ambi­ente e as soluções pro­postas pelas comu­nidades em relação às questões ambi­en­tais. As artis­tas e ativis­tas terão a opor­tu­nidade de expor a real­i­dade das comu­nidades indí­ge­nas no Brasil e bus­car parce­rias para pro­je­tos em seus ter­ritórios.

“Nós escol­he­mos cin­co mul­heres de cin­co esta­dos brasileiros para levar o arte­sana­to e as artes indí­ge­nas. Nós tive­mos a pre­ocu­pação de ter diver­si­dade. Ter­e­mos a primeira caci­ca trans no grupo”, disse à Agên­cia Brasil a cri­ado­ra do Insti­tu­to Por Elas, Rizzia Fróes. O pro­je­to tem o apoio do Con­sula­do Ger­al do Brasil em Nova York.

Rodando o mundo

“Quer­e­mos que todas elas ten­ham a voz ampli­a­da lá. Vamos faz­er rodas de con­ver­sas, exposição, palestras”. A ideia é dis­sem­i­nar a cul­tura do povo indí­ge­na brasileiro no exte­ri­or, começan­do por Nova York. Até o fim de 2024, Rizzia quer que o pro­je­to Yacy Por Elas rode o mun­do. “Eu quero que, até o fim de 2024, mais de 40 lid­er­anças fem­i­ni­nas indí­ge­nas lev­em a nos­sa cul­tura para o mun­do inteiro”. O obje­ti­vo do pro­je­to Yacy Por Elas é cel­e­brar e pro­mover a riqueza cul­tur­al dos povos indí­ge­nas do Brasil, por meio das mul­heres, bem como ampli­ar o diál­o­go em torno das questões climáti­cas e da sus­tentabil­i­dade, enfa­ti­zan­do a importân­cia dos con­hec­i­men­tos tradi­cionais, da preser­vação ambi­en­tal e, prin­ci­pal­mente, da econo­mia cria­ti­va.

Além das apre­sen­tações cul­tur­ais, o pro­je­to inclui uma par­tic­i­pação sig­ni­fica­ti­va durante a Sem­ana do Cli­ma em Nova York, quan­do as artis­tas indí­ge­nas par­tic­i­parão de debates e mesas-redondas com espe­cial­is­tas, autori­dades e líderes de opinião, ressaltan­do o papel fun­da­men­tal das comu­nidades na con­ser­vação da natureza e na luta con­tra as mudanças climáti­cas. O obje­ti­vo do Yacy Por Elas é ele­var a rep­re­sen­ta­tivi­dade e a voz dos povos indí­ge­nas brasileiros, além de sen­si­bi­lizar líderes globais e a sociedade inter­na­cional para a importân­cia de pro­te­ger e preser­var a Amazô­nia e out­ras áreas vul­neráveis no país. Rizzia pre­tende tam­bém aproveitar a visi­ta das indí­ge­nas, em setem­bro, para abrir uma sede do Insti­tu­to Por Elas em Nova York.

Por Elas

Cri­a­do há dois anos por Rizzia Fróes, o Insti­tu­to Por Elas se ded­i­ca à defe­sa dos dire­itos de meni­nas e mul­heres e à pro­moção da edu­cação, do empreende­doris­mo e da igual­dade de gênero. Para a empreende­do­ra, “não adi­anta nada você ter vis­i­bil­i­dade hoje em dia e não mudar isso. Ou falar que lin­das as mul­heres indí­ge­nas, e não faz­er nada. É pre­ciso sair da falação e par­tir para a ação. A gente quer abrir o cam­in­ho para elas”. Uma das ações já real­izadas pelo insti­tu­to foi a primeira feira de emprego volta­da para migrantes e refu­giadas venezue­lanas em Minas Gerais. “Foram mais de 300 mul­heres aqui que já saíram com o primeiro emprego”.

Rizzia lem­brou que foi tam­bém por meio de um pro­je­to social, pro­movi­do pela Asso­ci­ação Cristã de Moços (ACM), que ela teve a opor­tu­nidade de via­jar para os Esta­dos Unidos, onde morou por 15 anos e se casou com um amer­i­cano. “Fui faz­er um pro­gra­ma de trainee (treina­men­to) Por isso, eu sei que quan­do você tem um pro­je­to social bem estru­tu­ra­do, ele pode mudar vidas. Eu sou um exem­p­lo dis­so. Eu quero, real­mente, dar a out­ras meni­nas a opor­tu­nidade que tive”

Edição: Graça Adju­to

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