...
segunda-feira ,10 fevereiro 2025
Home / Cultura / Museu do Ipiranga celebra aniversário de SP com atividades gratuitas

Museu do Ipiranga celebra aniversário de SP com atividades gratuitas

Programação prevê atividades infantis e para adolescentes

Cami­la Boehm — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 25/01/2025 — 09:47
São Paulo
Fachada e jardim do Museu do Ipiranga.
Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

O Museu do Ipi­ran­ga preparou uma pro­gra­mação diver­sa e gra­tui­ta para este final de sem­ana, em cel­e­bração aos 471 anos da cidade de São Paulo. Além das 11 exposições de lon­ga duração, haverá ativi­dades para o públi­co infan­til e show de Adri­ana Sanchez, com canções que reme­tem à cap­i­tal paulista.

No repertório, can­tores e com­pos­i­tores como Paulo Van­zoli­ni, Tom Zé, Rita Lee, Maria Rita e Adoniran Bar­bosa. A apre­sen­tação, com um intér­prete de Libras, inclui ain­da canções de Luiz Gon­za­ga, para hom­e­nagear os migrantes que par­ti­ram do Nordeste e se esta­b­ele­ce­r­am em São Paulo.

Super­vi­so­ra de Edu­cação, Museografia e Ação Cul­tur­al do Museu do Ipi­ran­ga, a edu­cado­ra Denise Peixo­to expli­ca que a diver­si­dade na pro­gra­mação bus­ca poten­cializar todo con­hec­i­men­to que o museu tem disponív­el.

“Os museus são lugares de reflexão, para a gente pen­sar o mun­do. Não é sim­ples­mente como se a gente abrisse uma janela para o pas­sa­do. O que é esse pas­sa­do? Por que ess­es obje­tos estão aqui? Nos­sa estraté­gia é cri­ar aprox­i­mação, enten­den­do que o públi­co é bas­tante diver­so, os inter­ess­es são diver­sos”, expli­cou.

Ela pon­tua que um museu de história rev­ela proces­sos de trans­for­mação e faz a sociedade pen­sar criti­ca­mente sobre o pre­sente. “A gente tem que que­brar essa ideia de que o museu é lugar de coisa vel­ha. O museu é um lab­o­ratório para se pen­sar a cidade, pen­sar as nos­sas relações, pen­sar porque nós somos e como somos.”

A edu­cado­ra con­ta que o Museu do Ipi­ran­ga, que nasceu como Museu Paulista, é o museu públi­co mais anti­go da cidade. Ela ressalta que o local pas­sou por muitas trans­for­mações ao lon­go dos anos e, após uma refor­ma recente, é hoje um espaço acessív­el.

“É o primeiro museu da cidade de São Paulo e do esta­do. Ele nasce no final do sécu­lo XIX. O edifí­cio foi um mon­u­men­to con­struí­do [entre 1885 e 1890] para hom­e­nagear Dom Pedro e a Inde­pendên­cia, mas depois foi trans­for­ma­do em um museu [em 1895]”, lem­brou Peixo­to.

A pro­gra­mação do final de sem­ana inclui tam­bém uma palestra sobre as fun­dações de São Paulo e São Vicente, a par­tir de duas pin­turas do acer­vo, uma de Bened­i­to Cal­ix­to e out­ra de Oscar Pereira da Sil­va. Essa é a primeira ativi­dade do ciclo Encon­tros com a Pesquisa, que acon­tece ao lon­go deste ano e bus­ca difundir tra­bal­hos desen­volvi­dos por pesquisadores lig­a­dos ao acer­vo da insti­tu­ição.

As ativi­dades pre­vis­tas con­vi­dam cri­anças e ado­les­centes a explo­rar as exposições do museu. Na ofic­i­na Arte em car­taz, para cri­anças aci­ma de 9 anos de idade, a pro­pos­ta é refle­tir sobre como a arte con­tem­porânea usa téc­ni­cas como recortes, cola­gens, seri­grafias e aquare­las para expres­sar críti­cas soci­ais.

Com base nas obras da exposição Onde há fumaça: arte e emergên­cia climáti­ca, os par­tic­i­pantes poderão cri­ar car­tazes artís­ti­cos e críti­cos sobre questões soci­ais, ambi­en­tais e políti­cas.

“A exposição faz uma aprox­i­mação entre arte e história para dis­cu­tir os prob­le­mas da emergên­cia climáti­ca. E a gente tem ten­ta­do explo­rar o museu com as cri­anças, den­tro da lóg­i­ca de que é um espaço pos­sív­el de descober­ta a par­tir de estí­mu­los e de provo­cações. Assim, a cri­ança pode perce­ber que o museu não é algo que ela sim­ples­mente absorve pron­to, mas que ela pode ir desco­brindo”, disse Peixo­to, acres­cen­tan­do que “o museu não é só para gente grande”.

Na visi­ta medi­a­da Os rios de muitas voltas, o públi­co de 4 a 10 anos de idade será con­vi­da­do a obser­var detal­h­es escon­di­dos nas obras de algu­mas exposições do museu para debater a pre­sença e importân­cia dos rios no cotid­i­ano das cidades.

Para os maiores de 16 anos, uma ofic­i­na inspi­ra­da na abor­dagem do Teatro Imagem, que inte­gra a estéti­ca do Teatro do Oprim­i­do de Augus­to Boal, vai uti­lizar obras visuais da exposição Mun­dos do Tra­bal­ho. Os par­tic­i­pantes serão con­vi­da­dos a trans­for­mar as ima­gens em cenas vivas, crian­do nar­ra­ti­vas e provo­can­do reflexões sobre os temas pre­sentes nas obras.

Mun­dos do Tra­bal­ho é uma das exposições de lon­ga duração do museu. “Ela traz a pos­si­bil­i­dade de pen­sar sobre o tra­bal­ho, como são orga­ni­zadas as nos­sas lóg­i­cas de tra­bal­ho, que tipo de profis­sion­ais essa cidade já teve e que a gente não sabe o nome e a importân­cia dessas pes­soas para o tra­bal­ho, para faz­er a cidade ser o que ela é”, expli­cou a edu­cado­ra.

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Olimpíada desafia estudantes a restaurar a natureza

Desafio é promovido pela organização sem fins lucrativos WWF-Brasil Fabío­la Sin­im­bú — Repórter da Agên­cia …