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Musical conta trajetória da cantora, ativista e deputada Leci Brandão

Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Artista completa 80 anos nesta quinta-feira


Publicado em 12/09/2024 — 07:39 Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil — Rio de Janeiro

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O respeito é o sen­ti­men­to mais cita­do pelos artis­tas que par­tic­i­pam do musi­cal Leci Brandão — Na pal­ma da mão. O espetácu­lo con­ta a tra­jetória da can­to­ra, com­pos­i­to­ra, dep­uta­da estad­ual, ativista, e defen­so­ra de pau­tas soci­ais, que com­ple­ta 80 anos nes­ta quin­ta-feira (12).

O fio con­du­tor do espetácu­lo é a relação de Leci com a mãe, além da reli­giosi­dade e devoção aos orixás e enti­dades da umban­da e do can­domblé.

A estreia foi em janeiro de 2023, no Teatro Sesc Copaca­bana, na zona sul do Rio. De lá para cá a peça vem cole­cio­nan­do suces­so por onde pas­sa. Já fez tem­po­radas em vários esta­dos do país e foi até Por­tu­gal.

Para o dire­tor Luiz Antônio Pilar, con­tar a história da artista é mais que necessário. “O musi­cal tem a força que a Leci Brandão tem”, disse à Agên­cia Brasil.

Ele relem­bra que a sug­estão para um espetácu­lo sobre Leci par­tiu da irmã da artista, Iara, durante um encon­tro com a família Brandão. Luiz Antônio Pilar preparou o pro­je­to e entrou em uma dis­pu­ta por finan­cia­men­to: “inscrevi o pro­je­to e gan­hei o edi­tal em primeiro lugar. Fui em bus­ca de alguém que pudesse faz­er a dra­matur­gia e con­videi o Leo [Leonar­do] Bruno.”

Des­de a estreia, o espetácu­lo acu­mu­la pre­mi­ações. Em março deste ano, Pilar venceu a 34ª edição do prêmio Shell como mel­hor dire­tor. Além dis­so, pelo seu tra­bal­ho na peça, rece­beu o diplo­ma Helonei­da Stu­dart [jor­nal­ista e ex-dep­uta­da estad­ual], da Comis­são de Cul­tura da Assem­bleia Leg­isla­ti­va do Esta­do do Rio de Janeiro (Alerj).

“É um priv­ilé­gio a gente hom­e­nagear uma pes­soa em vida. Quan­do pen­sei no espetácu­lo, não pen­sei em faz­er uma efeméride pelos 80 anos. Emb­o­ra con­sidere o con­ceito efeméride impor­tante, para a comu­nidade pre­ta eu evi­to, porque a gente é muito restri­to a tem­po, espaço e tema”, disse, com­ple­tan­do que foi uma coin­cidên­cia ter estrea­do o espetácu­lo per­to da artista Leci com­ple­tar 80 anos.

Antes do musi­cal as tra­jetórias de Luiz Antônio e Leci já tin­ham se encon­tra­do. Ele foi o respon­sáv­el por uma par­tic­i­pação da artista como atriz na nov­ela Xica da Sil­va, na TV Manchete, em 1996. Assis­tente do dire­tor Wal­ter Avanci­ni na pro­dução, ele sug­eriu o nome de Leci para faz­er uma líder de quilom­bo. “Des­de aí ela brin­ca­va que eu a intro­duzi na tele­visão como atriz”.

» Clique aqui, e acesse as matérias da Agên­cia Brasil por ocasião dos 80 anos de Leci Brandão

Trajetória

A escol­ha de Leonar­do Bruno para faz­er a dra­matur­gia tam­bém não foi por aca­so. Ele já tin­ha uma exten­sa pesquisa sobre Leci. Den­tre os livros de sua auto­ria, está o Can­to das Rain­has, no qual Leonar­do Bruno tra­ta da car­reira de can­toras como Alcione, Beth Car­val­ho, Clara Nunes, Dona Ivone Lara, Elza Soares e de Leci. Jor­nal­ista e comen­tarista de des­files de esco­las de sam­ba, Leo rece­beu a mis­são com respeito:

“A história da Leci é fasci­nante. Essa mul­her que nasceu em Madureira nos anos 40, fil­ha de uma ser­vente de esco­las. Uma cri­ança com per­spec­ti­vas de vida, naque­la época, muito restri­tas. Começou a cur­sar uma fac­ul­dade de letras, mas tin­ha um tal­en­to musi­cal que vin­ha com ela des­de cedo e vai para um cam­in­ho nat­ur­al naque­le momen­to, de pro­gra­mas de calouros e fes­ti­vais de colé­gios e uni­ver­sitários. Aí ela começa a ver que aque­le tal­en­to era muito maior do que qual­quer cam­in­ho que pode­ria ten­tar tril­har como car­reira. Começa a gan­har pro­gra­mas e vencer fes­ti­vais” con­tou à Agên­cia Brasil.

E foi nesse cam­in­ho musi­cal que Leci se tornou a primeira mul­her a entrar na ala de com­pos­i­tores da esco­la de sam­ba Estação Primeira de Mangueira. Fre­quen­ta­do­ra do mor­ro, ela entra no ambi­ente dom­i­na­do por home­ns. Esse momen­to do espetácu­lo é um dos que ressaltam os traços de pio­neiris­mo de Leci Brandão.

“Foi assim que em 1972 ela se tor­na a primeira mul­her a entrar na ala de com­pos­i­tores da Mangueira e isso é muito impor­tante para a car­reira dela. É uma notí­cia que corre a cidade e ela começa a gan­har esse recon­hec­i­men­to. Em 1974, Car­to­la, que já a con­hecia do Mor­ro da Mangueira, a con­vi­da para par­tic­i­par de um pro­gra­ma da TV Cul­tura chama­do Ensaio, muito impor­tante na época, e ela fica con­heci­da no Brasil inteiro. Logo em segui­da é chama­da para gravar o primeiro dis­co. Ali ela engrena a car­reira dela”, con­ta Leonar­do Bruno.

Temas sociais

O jor­nal­ista con­ta que, tam­bém nes­ta época, em pleno perío­do da ditadu­ra, Leci pas­sa a com­por músi­cas com letras de cun­ho políti­co.

“A obra de Leci nos cin­co dis­cos que lança entre ’75 e ’80, são dis­cos que falam sobre negri­tude, sobre o lugar da mul­her na sociedade, que fala do públi­co LGBT. Na época prati­ca­mente não tin­ha isso nas músi­cas, e a Leci fez várias voltadas ao públi­co gay, inclu­sive a Ombro Ami­go que entrou em tril­ha sono­ra de nov­ela na Globo [Espel­ho Mági­co] e fez muito suces­so.”

Segun­do Bruno, a tra­jetória da artista tam­bém é mar­ca­da pelos temas que abor­da em suas com­posições, rev­e­lando, nova­mente, o caráter van­guardista e de ineditismo:

“A Leci fala da questão indí­ge­na e de todas as questões que, de dez anos para cá, a gente está falan­do muito na sociedade. Ela fazia músi­ca sobre isso nos anos ’70. Fala que o sam­bista tem que ser val­oriza­do na sociedade. É uma obra muito forte. Ela chegou com um impacto muito forte no cenário da músi­ca. Essa cam­in­ha­da a gente mostra no musi­cal e com um repertório mar­avil­hoso.”

A relação entre Leci e sua mãe, dona Lecy, assim como a reli­giosi­dade da artista são temas cen­trais abor­da­dos por Leonar­do Bruno, no musi­cal Na Pal­ma da Mão.

“O musi­cal parte dessa relação entre mãe e fil­ha, que é uma relação muito impor­tante para a Leci e acho que o públi­co aca­ba se iden­ti­f­i­can­do um pouco com essa mãe que faz tudo para a fil­ha con­seguir um lugar no mudo. Uma mãe que tem mui­ta difi­cul­dade, que tra­bal­ha­va como ser­vente de esco­la públi­ca, mas fez tudo para colo­car a fil­ha no cam­in­ho do estu­do e de um futuro mel­hor. O públi­co sente tam­bém como a Leci recebe esse car­in­ho da mãe e ten­ta o tem­po todo ret­ribuir. Leci pau­ta a vida dela por ten­tar dar esse orgul­ho para a mãe”, acen­tu­ou.

Em relação à reli­giosi­dade, o autor da peça rela­ciona cin­co histórias de Ogum e Ian­sã com eta­pas da vida da artista, que é fil­ha dess­es orixás.

“Foram os dois cam­in­hos que encon­trei para escr­ev­er a peça. Primeiro, a relação dela com a mãe e segun­do, essa devoção dela aos orixás que são muito defin­i­tivos de como ela enx­er­ga o mun­do. Dos anos 80 para cá, em todos os dis­cos dela tem uma faixa can­tan­do um pon­to para um orixá, uma enti­dade. Na car­reira, ela tem uma iden­ti­dade muito forte com as enti­dades da umban­da e do can­domblé. Achei que era algo que dev­e­ria nortear muito nos­so espetácu­lo”, afir­mou.

“É um espetácu­lo musi­cal­mente muito forte porque o repertório da Leci é muito lin­do”

Um fato mar­cante une a car­reira de Leci à sua reli­giosi­dade. Após ter pedi­do demis­são da gravado­ra que a impediu de incluir no dis­co a músi­ca Zé do Caroço, que fala de um líder comu­nitário do Mor­ro do Pau da Ban­deira, na zona norte do Rio, ela ficou cin­co anos sem gravar. Muito triste e quase em depressão, con­ver­san­do sobre o assun­to com a mãe, foi acon­sel­ha­da a procu­rar o Cabo­clo Seu Rei das Ervas, em um ter­reiro de São Gonça­lo, na região met­ro­pol­i­tana do Rio.

A enti­dade disse que ela voltaria a gravar, mas antes faria uma viagem ao exte­ri­or. Ela via­jou para Ango­la e ao retornar ao Brasil reto­mou a car­reira.

“Quan­do eu voltei rece­bi real­mente um con­vite da gravado­ra Copaca­bana e na últi­ma faixa do LP eu colo­quei a saudação ao Seu Rei das Ervas. Fui a São Gonça­lo de novo para apre­sen­tar para ele o que eu tin­ha feito por gratidão” disse Leci em entre­vista exclu­si­va à Agên­cia Brasil.

A reação da artista ao ver o tra­bal­ho no pal­co, deixou o autor com certeza da aprovação de Leci à for­ma como a história dela é con­ta­da no musi­cal. Ela esta­va pre­sente na estreia em Copaca­bana e já assis­tiu a peça em out­ras ocasiões.

“Quan­do ter­mi­nou o espetácu­lo [na estreia] a Leci subiu no pal­co pegou o micro­fone e ficou falan­do 23 min­u­tos. Ela esta­va tão emo­ciona­da, tão mobi­liza­da, tão mex­i­da, aque­la coisa da emoção que a pes­soa desan­da a falar. Leci choran­do no pal­co, a gente choran­do na plateia, o elen­co choran­do. Foi uma das maiores emoções da min­ha vida. A pro­va de que gos­tou foi que quan­do a gente estre­ou em São Paulo ela foi e voltou várias vezes”, obser­vou Leonar­do Bruno, acres­cen­tan­do que no últi­mo dia de apre­sen­tação em São Paulo, Leci lev­ou obje­tos pes­soais para pre­sen­tear o elen­co.

Elenco

Rio de Janeiro (RJ) 11/09/2024 - Cena do musical Leci Brandão - Na Palma da Mão, em exibição no Teatro Ipanema Rubens Corrêa. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Repro­dução: Cena do musi­cal Leci Brandão — Na Pal­ma da Mão, no pal­co Ser­gio Kauff­mann, Tay O’Hara e Verôni­ca Bom­fim — Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Tay O´Hanna inter­pre­ta Leci no musi­cal e con­ta que o espe­cial na história da artista é que ela sem­pre foi “com a cara e a cor­agem” em tudo que se propôs a faz­er:

“Essa gar­ra e essa cor­agem. Leci é uma força de vida. A relevân­cia dela em relação ao que é. É uma pes­soa de 80 anos, mas que sem­pre se propôs a estar per­to da juven­tude, de saber o que esta­va acon­te­cen­do em relação a tudo”, con­tou à reportagem.

Tay, que é uma pes­soa trans não binária e pref­ere ter a refer­ên­cia de lin­guagem neu­tra ou no mas­culi­no, desta­cou a importân­cia de Leci sem­pre lev­an­tar temas que muitas vezes se tornaram lutas con­tra o pre­con­ceito e o racis­mo. Ele tam­bém elo­giou o tra­bal­ho de direção de Luiz Antônio Pilar.

“O Pilar é um dire­tor de anos e uma refer­ên­cia para a gente, tan­to no teatro, como no cin­e­ma. Vê-lo gan­har ess­es prêmios tão mere­ci­dos pela sua genial­i­dade e por jun­tar um elen­co para ficar tan­to tem­po como esta­mos, é um méri­to dele e nos­so tam­bém que con­seguimos cap­tar o que está na cabeça dele”, con­cluiu Tay.

Benção

Dona Lecy, mãe da can­to­ra, é rep­re­sen­ta­da des­de pela atriz Verôni­ca Bon­fim, que se emo­ciona ao falar de sua par­tic­i­pação no musi­cal. Toda vez que vai entrar no pal­co, ela faz questão de fir­mar o pen­sa­men­to em Dona Lecy e pedir a bênção para a sua apre­sen­tação. Tra­ta-se de mais uma rep­re­sen­tação do respeito do elen­co à artista hom­e­nagea­da.

“Ten­ho mui­ta certeza de que Dona Lacy me abençoou des­de o iní­cio. Toda vez que entro em cena peço licença a ela e peço para ela me abençoar e me cuidar. Não teve um dia ness­es dois anos que antes de pis­ar em cena eu não ten­ha pedi­do licença a ela e para ela entrar comi­go.”

Verôni­ca con­ta que é uma hon­ra inter­pre­tar a mãe de Leci Brandão, mul­her que for­jou tudo que a fil­ha é. “Eu me inspirei na min­ha mãe para faz­er dona Lecy e quan­do Leci Brandão foi nos assi­s­tir e chorou e veio me pedir bênção e falou para mim ‘min­ha fil­ha eu chor­ei o espetácu­lo inteiro porque vi min­ha mãe’, eu ali gan­hei um Oscar! Para mim foi o maior praz­er que pode­ria gan­har na min­ha vida. Eu esta­va com medo dela não aprovar e quan­do ela falou isso eu falei: ufa!”.

Processo criativo

O ator Ser­gio Kauff­mann inter­pre­ta todos os per­son­agens mas­culi­nos da vida de Leci, e rev­ela que o tra­bal­ho dos atores começou como um proces­so cria­ti­vo. A par­tir do tex­to, eles tiver­am a opor­tu­nidade de cri­ar seus per­son­agens com diver­sas colab­o­rações.

“Quan­do a gente chegou já tin­ha delin­ea­do uma dra­matur­gia pen­sa­da pelo Leonar­do Bruno”, con­ta o ator, que com­ple­men­ta: “a gente fica­va revi­ran­do as músi­cas impro­visan­do as cenas e muito do que a gente foi con­stru­in­do foi entran­do nesse novo for­ma­to de dra­matur­gia”.

Entre os papéis mas­culi­nos que Kauff­mann rep­re­sen­ta está o de Exu que aparece logo na aber­tu­ra do musi­cal. “Para mim foi muito espe­cial porque eu faço o Zé do Caroço, o Exu e tem uma relação famil­iar com a reli­giosi­dade afro-brasileira. Ven­ho de uma comu­nidade de ter­reiro da min­ha avó e ser um Exu con­tan­do aque­la história faz me reconec­tar com as exper­iên­cias que tive na casa da min­ha avó, que está ati­va até hoje na Vila da Pen­ha”, rela­tou.

Rio de Janeiro (RJ) 11/09/2024 - Cena do musical Leci Brandão - Na Palma da Mão, em exibição no Teatro Ipanema Rubens Corrêa. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Repro­dução: A atriz Verôni­ca Bom­fim (de verde) inter­pre­ta a mãe de Leci, Dona Lecy. Ser­gio Kauff­mann inter­pre­ta todos os per­son­agens mas­culi­nos e Tai O’Hara inter­pre­ta Leci Brandão — Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Para o ator, ao lon­go da tem­po­ra­da o elen­co enten­deu que a história de Leci Brandão vai muito além do que ela viveu.

“Mui­ta gente sai do espetácu­lo falan­do ‘caram­ba eu vi a min­ha história ali tam­bém e a história da min­ha avó, da min­ha tia e de diver­sas out­ras pes­soas negras’, então, para mim, foi muito espe­cial por con­ta dis­so. A gente está saudan­do uma mes­tra, mas ao mes­mo tem­po a gente está colo­can­do a nos­sa vivên­cia e a nos­sa história. Faz­er des­de o iní­cio deu margem para a gente pen­sar nesse lugar do quan­to a gente tam­bém colo­ca a nos­sa história ali.”

“Ela é uma pes­soa visionária, muito humana e muito conec­ta­da com dire­itos humanos e em muitas camadas. Se debruçan­do na história dela parece que vai fazen­do sen­ti­do ver que hoje ela tem uma vida como dep­uta­da enga­ja­da politi­ca­mente, mas já esta­va em uma luta con­stante”, diz Kauff­mann.

Ser­gio Kauff­mann lem­bra do dia em que Leci esta­va pre­sente em uma apre­sen­tação do musi­cal, no Itaú Cul­tur­al em São Paulo. “No final ela levan­tou para agrade­cer e falou que que­ria man­dar um abraço para as pes­soas que estavam encar­cer­adas. Eu tam­bém pen­so muito nes­sas pes­soas, já can­tei em prisões e aqui­lo me mar­cou muito. Ela esta­va assistin­do o espetácu­lo e lem­brou de pes­soas que ten­tam sobre­viv­er em encar­ce­ra­men­to, porque em algum momen­to conec­tou com a agen­da dela. Isso me emo­cio­nou muito”, rev­el­ou.

“Ela está real­mente conec­ta­da com as questões históri­c­as, políti­cas, os dile­mas soci­ais de uma maneira muito ampli­a­da para além do sam­ba dela, do com­pro­mis­so do sam­ba que é uma luta e tam­bém na luta políti­ca. É uma artista admiráv­el e com­ple­ta, muito coer­ente”, com­ple­tou.

O ator lem­brou da frase que repro­duz uma fala de Leci Brandão e sim­boliza bem o com­por­ta­men­to dela ao lon­go da vida.

“Faz­er da espa­da, escu­do, baque­ta e tam­borim. Ela real­mente faz da luta dela, da espa­da, escu­do, baque­ta e tam­borim. O sam­ba é a luta pri­mor­dial dela. Tudo que está fazen­do ago­ra como par­la­men­tar nos últi­mos anos ness­es mandatos é uma con­se­quên­cia quase que nat­ur­al de uma pes­soa com­pro­mis­sa­da com os dile­mas soci­ais.”

Edição: Denise Griesinger

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