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Myanmar: autoridades tentam conter protestos com balas de borracha

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© Reuters/Direitos Reser­va­dos (Repro­du­ção)

Tensão aumenta no 4º dia de protestos contra golpe de Estado


Publi­ca­do em 09/02/2021 — 07:37 Por RTP — Naypyi­daw (Myan­mar)

RTP - Rádio e Televisão de Portugal

Canhões de água, balas de bor­ra­cha e gás lacri­mo­gê­neo: a ten­são con­ti­nua a aumen­tar hoje (9) em Myan­mar, no quar­to dia de gran­des mani­fes­ta­ções em todo o país con­tra o gol­pe de Esta­do de 1º de feve­rei­ro.

Em Naypyi­daw, a capi­tal, a polí­cia dis­pa­rou balas de bor­ra­cha con­tra mani­fes­tan­tes, de acor­do com tes­te­mu­nhas.

Antes, a polí­cia tinha recor­ri­do a canhões de água con­tra um peque­no gru­po que se recu­sa­va a dis­per­sar, duran­te um blo­queio de estra­da das for­ças de segu­ran­ça.

Em Man­da­lay, a polí­cia uti­li­zou gás lacri­mo­gê­neo “con­tra mani­fes­tan­tes que agi­ta­vam ban­dei­ras da Liga Naci­o­nal para a Demo­cra­cia [LND]”, par­ti­do de Aung San Suu Kyi, a pre­si­den­te elei­ta em novem­bro, dis­se um mora­dor à agên­cia de notí­ci­as Fran­ce-Pres­se.

O movi­men­to de deso­be­di­ên­cia civil em Myan­mar con­tra a jun­ta mili­tar que tomou o poder pros­se­gue hoje em todo o país, ape­sar da lei mar­ci­al decre­ta­da na vés­pe­ra, uma ten­ta­ti­va dos mili­ta­res de evi­tar pro­tes­tos.

Milha­res de pes­so­as con­se­gui­ram con­tor­nar os dis­po­si­ti­vos e estão con­cen­tra­das em zonas for­te­men­te pro­te­gi­das pela polí­cia.

Nes­sa segun­da-fei­ra (8), a jun­ta mili­tar impôs a lei mar­ci­al em vári­as cida­des e dis­tri­tos de Ran­gum, em res­pos­ta às mani­fes­ta­ções, e proi­biu aglo­me­ra­ção de mais de cin­co pes­so­as. Decre­tou ain­da o reco­lher obri­ga­tó­rio notur­no, entre outras medi­das.

O anún­cio veio depois de os mili­ta­res, por meio do canal de tele­vi­são esta­tal MRTV, terem ame­a­ça­do tomar medi­das con­tra os mani­fes­tan­tes, que acu­sa­ram de pre­ju­di­car esta­bi­li­da­de, segu­ran­ça e o Esta­do de Direi­to no país.

Ontem, no pri­mei­ro dis­cur­so à nação, Min Aung Hlaing ape­lou aos bir­ma­ne­ses para se man­te­rem “uni­dos como um país” e olhar “para os fatos e não para as emo­ções”, ao mes­mo tem­po que jus­ti­fi­cou o gol­pe mili­tar com uma ale­ga­da frau­de elei­to­ral nas elei­ções de novem­bro.

Deze­nas de milha­res de pes­so­as ocu­pa­ram as ruas do país des­de sába­do (6) para pro­tes­tar con­tra a toma­da do poder pelo Exér­ci­to — que já gover­nou Myan­mar com mão de fer­ro entre 1962 e 2011 -, e exi­gir a liber­ta­ção dos líde­res demo­crá­ti­cos deti­dos, incluin­do a Prê­mio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.

Pelo menos 170 pes­so­as foram deti­das, a gran­de mai­o­ria polí­ti­cos e mem­bros da LND, par­ti­do gover­nan­te, e de Suu Kyi, incluin­do 18 que já foram liber­ta­dos.

No gover­no des­de 2016, a LND ven­ceu cla­ra­men­te as elei­ções gerais de novem­bro, mas os mili­ta­res afir­ma­ram que esses resul­ta­dos foram mani­pu­la­dos.

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